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Publicado em Maio 4, 2020

Se pudesse voltar ao passado… o exercício da aula 2 do Workshop Online de Escrita para Blogues

Workshop de Escrita

6 – DE MIM, PARA MIM

Querida Adriana,

Escrevo para te dizer que estou bem. Sim, é isso mesmo… está tudo bem e não tinhas razões nenhumas para te preocupar. Eu sei que nem sempre é fácil, mas prepara-te porque nem sempre vai ser. Muitas vezes vais achar que o mundo conspira contra ti, tal e qual como fazes agora, e que a sorte nem sempre está do teu lado. Mas esquece isso. A vida é bonita, sabes? Trabalha por ela e mantém-te a sonhadora que sempre foste, vai ajudar! Luta sempre pelo desiderato e acredita, acima de tudo, em ti e nas tuas capacidades.

Esquece os amores não correspondidos, as amizades falhadas e as brigas escusadas. Tudo isso faz parte, mas nada disso vale a pena. Aproveita para estares com quem gostas e para lhes dizeres a importância que têm para ti. Nunca é demais, acredita.
Por aqui enfrentamos uma pandemia, nada com que te tenhas de preocupar (por enquanto). Em períodos como este temos tempo suficiente para pensar e ponderar as nossas ações. Tempo para fazer uma retrospetiva da vida e lembro-me sempre de ti. O que já fizeste e não te orgulhas, o que tentaste fazer e não alcançaste. Mas nem tudo é mau e tu sabes disso.

Continua a querer ser sempre melhor do que foste ontem e não tenhas medo de arriscar. A vida muda, mas mantém-te fiel à pessoa que sempre foste. Uma garantia te dou: mais orgulhosa não podia estar. E não te preocupes, vou estar sempre aqui.
Um beijinho grande,
Adriana Cunha

Autor: Adriana Cunha

7 – A SABEDORIA DOS DIAS DE HOJE

Acho que todos nós, de vez em quando, provocados por situações mais ou menos boas – normalmente as menos boas ganham sempre vantagem –, somos atacados por pensamentos que nos levam a refletir se alteraríamos alguma coisa nas nossas vidas se pudéssemos voltar atrás no tempo. Normalmente estas ideias prendem-se mais com as coisas que dizemos (ou não), o trabalho, a família ou amigos, mas existem tantas outras que metemos em perspetiva ou que nos arrependemos ou pensamos “se eu tivesse feito desta forma!”. Claro que cada pessoa é diferente e não pensamos/julgamos todos de igual modo. Há pessoas que se calhar não ligam tanto ao passado ou ao que podiam, ou não, ter feito. A mim, de vez em quando, assolam-me esses pensamentos.

Confesso que o ano de 2019, pelos mais variados motivos que não interessam agora para aqui, me trouxeram n vezes essa reflexão. “Se soubesse isto quando tinha 20 anos, as coisas teriam sido diferentes”, foi um pensamento que me assolou muitas vezes em 2019. Mas será que teriam mesmo? Acho que muitas vezes pensamos que a sabedoria dos dias de hoje nos traria vantagens em mais novos, mas nem sempre é assim. Acho que o facto de envelhecermos e termos cometido erros ou termos feito as coisas de outra forma, faz com que hoje em dia também olhemos para as coisas de maneira diferente. Faz-nos ver com quem realmente pudemos contar (e continuamos a poder), quem deu os melhores conselhos, quem ajudou quando houve necessidade, quem esteve sempre lá quando foi essencial. Também nos faz olhar para o quanto crescemos (e aprendemos, na maioria das vezes) com os erros, com as coisas menos boas, com as decisões melhores ou piores.

Mas, não nos podemos esquecer que foram as vicissitudes da vida que nos trouxeram até aos dias que correm, que nos fizeram ser quem somos e a estar onde estamos. Acho que se pudesse dar um conselho à minha pessoa de há 20 anos apenas diria: arrisca mais, luta mais pelo que queres e não tenhas medo. E tu? Que conselho davas a ti próprio?

Autor: Dália Cavaco

8 – VOLTAR AO PASSADO? O EU DO FUTURO DIZ “NÃO, OBRIGADA!”

“Ai se eu soubesse o que sei hoje” ou “Se eu pudesse voltar atrás, fazia muitas coisas
diferentes na minha vida”. Quem nunca disse estas duas frases? A ideia se pudermos voltar
ao passado e mudarmos as nossas ações ou, na melhor das hipóteses, a possibilidade de
darmos conselhos a nós próprios sobre as nossas escolhas, alertando para as
repercussões futuras, pode parecer tentadora. É-nos quase inata esta curiosidade de
querermos saber o que nos vai acontecer. É-nos quase impossível não projetarmos na
nossa cabeça diferentes caminhos e possibilidades num momento em que achamos que
algo não nos corre bem.

“E se eu tivesse feito diferente?” Como seria a minha vida agora se eu tivesse tido a
possibilidade de entrar numa espécie de conto de Charles Dickens e ter um “fantasma” do
futuro que me mostrou cada possibilidade, cada consequência das minhas decisões?
Acredito que poderia ser melhor em alguns aspetos. Tenho, contudo, a certeza que me iria
impedir de viver, no sentido mais lato da palavra. Faz parte do processo tentar, errar,
insistir, acertar, voltar a errar, acertar de novo. A coragem de arriscar, a criatividade de fazer

diferente e a resiliência de nos mantermos em pé mesmo quando fazemos asneira, só se
adquirem com os “altos e baixos”. Isto de se viver só é verdadeiramente giro porque não há
certezas de absolutamente nada!
Se, em algum momento, desse por mim a viajar no tempo e a falar com o meu “mini me”,
acho que só lhe poderia dizer “vai lá e arrasa!”. Mais do que isto não faria grande sentido,
não só porque ia estar privada de experimentar tanta coisa, como, e talvez o principal
motivo, porque eu detesto que me digam o que devo ou não fazer, mesmo que sejam dicas
de um futuro eu.

Autor: Maria Correia

9 – VOLTEI AO PASSADO E FALEI COMIGO (SEM HIPNOSE)

Hoje, voltei ao passado, sem hipnose. Através da escrita dei conselhos a mim mesma, em criança. Falámos da vida, de sonhos, e de vários tipos de alimentação. Vou recuar aos meus sete anos e falar diretamente para mim. Não se sintam excluídos.

Cati, filha, tu luta pelos teus sonhos. Vamos conseguir! Vamos viajar (muito!), vamos
ter um emprego que gostamos (dentro do possível do nosso metro e meio) e até vamos ter um blogue (fraquinho, mas vamos ter!). Agora, a chave do teu futuro é a alimentação. Atenta agora ao que te digo. Alimenta mais os teus sonhos e essa tua temeridade que vamos manter, sempre. Desafia. Desafia-te a ti e desafia a vida. Só temos esta, faz com que valha a pena. Por favor, diminui esses danoninhos que não resultam! Não te fazem crescer para cima, só para os lados. Não vamos mesmo ter altura para ser militar nem assistente de bordo, ao menos que sejamos magras. Médio magras. Vá, o que importa é ser feliz!

Hoje, olho para trás e não me arrependo de nada. A criança a quem dei conselhos, hoje está orgulhosa. Luta todos os dias pelo que a faz feliz. Tem mil sonhos e não desiste de nenhum. Quer manter sempre a temeridade de querer sempre mais e desafiar a vida. Quer deitar-se exaurida de felicidade, sempre. E consegue. Com a certeza que não se arrepende de nada. Nem do que fez, nem do que não fez. Ah, mas caramba, aqueles danoninhos a mais!

Autor: Ana Catarina Santana

10 – ENTÃO E SE PUDÉSSEMOS VOLTAR ATRÁS?

Várias vezes esta ideia me vem à cabeça. E se pudéssemos regressar ao passado. O que faríamos e diríamos a nós próprios? Mudaríamos alguma coisa no nosso caminho? Tornaríamos as coisas diferentes? Daríamos mais tempo às pessoas que entretanto já partiram, ao sabermos quando é que elas nos deixariam?

Passado. O pensamento é constante. E se naquele dia que me decidi por Ciências Socias, tivesse seguido Artes? Onde estaria eu hoje? Mais feliz? Realizada? Com carreira? Seria a decoradora de interiores que tanto anseio ser em vez de agente de viagem? O que poderia dizer àquela miúda de 15 anos? Segue o teu coração e não o conselho dos teus pais?

E naquele dia de Fevereiro de 2001: diria àquela pessoa com ainda mais força, que a amava? Para não ir trabalhar? Para ficar em casa e aproveitar a folga, já que o dinheiro não é tudo?

Torna se complicado pensarmos em tantos “se’s”… Nós somos o caminho que escolhemos. Tenham sido boas ou más decisões. O que nós somos hoje é o resultado de tudo. Bem ou mal.

Autor: KP

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