Workshop Online de Escrita para Blogues – Aula Nº3

Olá! Bem-vindo, querido leitor, aqui vamos nós para o terceiro desafio do Workshop Online de Escrita para Blogues do Viaje Comigo. Se o primeiro exercício começou por tentar ajudar a desbloquear a escrita, o segundo continuou esse processo mas acrescentou já algumas dicas para quem quer apostar num blogue. O resultado das dicas fez surgir dezenas de textos pessoais, da autoria dos participantes do workshop, e que agora estão publicados no Viaje Comigo. E que orgulho tenho nesses vossos textos! Agora, é tempo de avançarmos para novos desafios. Estás preparado?

21 Exercícios para desbloqueio da escrita

Primeiro, poderás ler este novo texto – 21 Exercícios para desbloqueio de escrita – com exercícios práticos para trabalhares o que mais te bloqueia a escrita. Qual será o que vais fazer, como desafio, para escreveres o texto desta semana?

E QUAL VAI SER O TERCEIRO DESAFIO DO

WORKSHOP ONLINE DE ESCRITA PARA BLOGUES

DO VIAJE COMIGO? LÊ MAIS ABAIXO:

Esta semana, continuamos o desbloqueio da escrita – por isso, mantenham sempre presentes as dicas da Aula 1 e da Aula 2 – vamos continuar a trabalhar as palavras-chaves e os títulos, adaptados para o online (que expliquei na Aula 2), mas o tema vai ser bastante diferente. Vamos lá puxar pela memória, pelos sentidos e pela criatividade.

Todas as semanas, o processo do workshop é o mesmo e tem 7 PASSOS IMPORTANTES:

1 – À terça-feira é lançado o desafio/exercício aqui no site e enviado por e-mail a quem se inscreveu.
1.1 – Este exercício, que está publicado no final deste texto, deverá ser enviado até esta sexta-feira, de manhã (11h00 hora de Portugal), dia 08 de maio de 2020, por e-mail.
1.2 – Deverás colocar no Assunto: Texto da Aula 3 do Workshop de Escrita

2 – Com o exercício, deverás enviar (num documento Word):
2.1 – Texto e título (texto com 2 mil caracteres no máximo e título com 60 caracteres no máximo)
2.3 – As tuas maiores dificuldades: o que te custou mais quando começaste a escrever esse texto.
2.2 – Quanto tempo demoraste a escrever o texto? Quanto tempo lhe dedicaste entre o momento em que escreveste, releste e enviaste?
2.4 – Escolhe uma palavra desta lista, tal como o fizemos no exercício 2, e deves dizer qual a palavra que escolheste.
2.5 – Assina o texto, como desejas que seja publicado.

3 – Deves enviar tudo para o e-mail workshops@viajecomigo.com

4 – Sexta-feira, 08 de maio de 2020, às 21h00, começo o direto no canal do YouTube do Viaje Comigo (cliquem aqui), a falar de como podem ultrapassar as dificuldades, com base no que me enviaram, e a dar mais dicas práticas sobre escrever para blogues. Podes participar com comentários em direto.

5 – Tens, depois, sábado e domingo para releres e reorganizares de novo o texto, com base nas dicas que vos dei.

6 – Até domingo à noite, dia 10 de maio de 2020, deverás enviar novamente para o e-mail o texto revisto e finalizado; pronto para publicação aqui no Viaje Comigo.

7 – O texto será publicado na segunda-feira no Viaje Comigo – como os da aula 1 e os da aula 2.

Todas as semanas, dou-vos como sugestão um fundo musical, que seja inspiracional, para escreverem. Por isso, deixo aqui, também, uma música para escreverem o próximo texto:

3º EXERCÍCIO DO WORKSHOP ONLINE DE ESCRITA PARA BLOGUES:

1 – Tema: Vamos escrever sobre comida! De que gostam? Onde comeram a melhor comida, e a pior? A que soube? Lembram-se dos cheiros, dos ingredientes, das especiarias, etc.; dos cozinheiros?; foram vocês que cozinharam?; veio parar-vos à mesa?; viram outros a cozinhar? Vamos deixar os leitores ficarem com água na boca!

Escrevam. Parem. Vão reler depois. Escrevem de novo. Relêem no dia seguinte. Enviam.

2 – Acrescentem sempre alguns detalhes pessoais. As descrições têm de ser bem trabalhadas nesta semana.

3 – Usem uma das palavras do meu desafio Uma palavra nova por dia, durante um mês – leiam aqui*

3 – Não devem escrever mais do que 2000 caracteres (incluindo os espaços – no word têm a contagem de caracteres). Mais uma vez, o facto de não poderem escrever livremente, e terem letras contadas, vai obrigar-vos a serem mais criativos, quando tiverem de ser concisos. Cumpram o limite de caracteres!

4 – Lembrem-se que o primeiro parágrafo tem de ter as palavras-chave – é a introdução. A partir do segundo será o desenvolvimento da história e o terceiro terá de ter uma conclusão. Caprichem na conclusão. Pronto, caprichem em tudo 😀

5 – Não se esqueçam do título: deverá ser criativo e não deve exceder as 60 letras (com espaços incluídos)

Fico ansiosamente a aguardar pelos vossos novos textos (workshops@viajecomigo.com)

O meu exemplo:
“Sabores da infância”

“Há todo um ensinamento nos pratos que provámos na infância, seja por gostarmos ou não gostarmos deles. Mas, a gastronomia portuguesa é rica e fica-nos no ADN desde crianças. Consegue ainda recordar-se dos pratos que mais gostava em criança? E dos bolos? Aquele bolo de iogurte que acompanhava o chá da tarde de domingo…
Hoje, acordei com uma recordação gastronómica. Era eu miúda, à volta dos 10 anos, e a minha avó materna mandava-me aos recados. Miúda pequena, lá ia eu, com o dinheiro no porta-moedas, ao talho da Dona Tininha. Subia a rua, ao fazer uns 250 metros, e parecia sempre uma avenida com 250 Km. Pelo caminho, dizia bom dia ao senhor do mini-mercado e ao da retrosaria. Este último, ponto assíduo da minha avó, deixava-me deslumbrada pelo tira-e-mete das caixas de botões, naquelas enormes estantes de parede. Sonhei em trabalhar numa retrosaria, só por causa dessa organização subliminar num mundo de botões.
Mas, confesso-vos, a visita que mais me desperta memórias gastronómicas é a do talho. Quando lá ia, em recado para a minha avó, entrava e aguardava a minha vez de olhos pregados na enorme faca que a Dona Tininha brandia – como se fosse a espada de Excalibur – e com a qual cortava os chouriços que estavam pendurados.
E eu adorava ir lá. “O que vai ser minha querida?”, perguntava-me a Dona Tininha, com tom maternal. O cheiro dos enchidos sempre foi (e é) a minha perdição. Acho que a Dona Tininha será a responsável por eu ter aprendido a diferença entre a chouriça de sangue e a morcela, mas foram os cozinhados da minha avó materna que me fizeram apaixonar pela gastronomia portuguesa. O arroz com os enchidos ou a massa a lavrador, que sabiam sempre a… casa.
Agora, sempre que compro os enchidos e faço esses cozinhados, é como se fizesse uma viagem no tempo até à casa da minha avó materna. Que saudades tenho dos cozinhados dela. E do bolo de iogurte! Esqueci-me de vos falar dele. Fica para uma outra história.”

Autor: Susana Ribeiro

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