O que visitar em Jerusalém

Jerusalém, a capital de Israel, fica num planalto nas montanhas da Judeia e é conhecida no mundo inteiro por ser uma Cidade Santa para os judeus, cristãos e muçulmanos. Para judeus e muçulmanos é um local de adoração, pois segundo as suas religiões foi aqui que Maomé ascendeu ao céu.

Está desde sempre ligada ao judaísmo pois segundo a tradição bíblica, o Rei Davi ocupou-a vencendo os jebuseus determinando que seria a capital do Reino de Israel, e seu filho (Rei Salomão) mandou edificar o Primeiro Templo. Estes acontecimentos, ainda no I milênio a.C, solidificaram a importância desta cidade para os judeus.

É uma das cidades mais ancestrais do mundo, com a zona mais antiga – considerada Património Mundial da Unesco – a remeter ao IV milénio a.C.
A Cidade Antiga, está muralhada desde 1538 (durante o regime de Solimão O Magnifico) pois sofreu inúmeros ataques que levaram essa zona praticamente à destruição total.

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Jerusalém sempre foi um local de diversidade e paz, onde diferentes religiões conviviam em harmonia. Porém, há cerca de 100 anos começou a ser alvo de graves disputas entre israelitas e palestinianos. Ambos reclamam Jerusalém como sua capital e isso trouxe enormes conflitos entre as duas entidades.

A Guerra dos Seis Dias, em 1967, a Primeira Intifada, de 1987 a 1993 e a Segunda Intifada de 2000 a 2005 causaram muitas mortes e um clima de guerra instalado. Pelo meio, várias tentativas de paz falharam. Agora, muros e check-points refletem um conflito que, para já, parece não ter solução, sendo a Faixa de Gaza e West Bank (Cisjordânia) os pontos mais perigosos e, como turista, a evitar.

A cidade está dividida, desde o início do século XIX, em quatro bairros: judeu, arménio, cristão e muçulmano. A Cidade Antiga é um museu de história com vida e é nesta zona que encontra o Muro das Lamentações (Western Wall ou Wailing Wall). A parte moderna foi crescendo rapidamente em seu redor.

Jerusalém é uma das cidades mais antigas do mundo, nascida há cerca de cinco mil anos. Localiza-se num planalto nas montanhas da Judeia entre o Mediterrâneo e o mar Morto. É considerada capital de Israel, embora, esta seja uma questão ambígua, uma vez que a Palestina também reclama Jerusalém como sua capital, num conflito que se estende por décadas.

Uma coisa é inquestionável, Jerusalém é repleta de história, principalmente religiosa, e prolífera em locais e monumentos considerados sagrados, que não encontrará em mais nenhum local do mundo. Há quem diga mesmo que “Jerusalém é um museu a céu aberto”! Saiba aqui que locais não pode deixar de visitar, não só na Cidade Velha, mas também na parte moderna de Jerusalém.

Fiz o Free Tour para visitar a Cidade Antiga, numa “viagem” de história de 5 mil anos! Partiu da porta de Jaffa – costumam encontrar-se todos os guias lá, por isso, vá perguntando até perceber qual será o seu. tem de se inscrever antecipadamente. È um Tour Gratuito mas toda a gente dá, no mínimo, 5 ou 10 euros, e há quem dê mais. E Vale esse dinheiro, porque os guias explicam tudo muito bem.

A primeira paragem é no Santo Sepulcro, Via Dolorosa, Muro das Lamentações, Monte do Templo e Domo da Rocha (com uma fila gigante de espera, ao sol) – passamos duas seguranças. Há fonte e água disponíveis, hidrate-se! Passamos por diversos quarteirões e bairros e almoçamos pelo meio, com indicação do guia e encontramo-nos depois. A visita poderá começar de manhã e terminar antes de almoço (a grátis) ou pelas 3 da tarde (a que é a pagar). Depois disso, decidi ir ao outro lado: Monte das Oliveiras, uma acentuada subida. Mas que vale a pena, pela vista!

Jerusalém, a Cidade Santa

Jerusalém é considerada sagrada pelas três principais religiões abraâmicas — judaísmo, cristianismo e islamismo.
Segundo as escrituras, o rei Davi conquistou a cidade aos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel. Anos depois, o seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo (onde se encontra o Muro das Lamentações), destinado a guardar a grande Arca da Aliança. Isto é de grande importância simbólica para o povo judeu.

Por outro lado, para os cristãos, Jerusalém é a cidade santa por ter acolhido Jesus e os seus discípulos em vários locais e por ter sido lá que ele viveu e foi crucificado.
Para os islâmicos, esta é a terceira cidade mais sagrada do mundo (depois de Meca e Medina). De acordo com o Alcorão, foi em Jerusalém que o profeta Maomé fez sua viagem noturna, quando teria ascendido aos céus e falado com Deus.

Labirintos e mistura de culturas

A cidade de Jerusalém é composta por ruas labirínticas, sem grande (ou nenhum!) planeamento, o que reforça ainda mais a mística da cidade. Atualmente, a parte velha da cidade é subdividida por quatro bairros: arménio, cristão, judeu e muçulmano.

Em 1981, a Cidade Antiga tornou-se Património da Humanidade e desde 1982 está na lista de patrimónios em perigo, uma vez que a parte nova e moderna da cidade está a expandir-se demasiado.

Existem vários locais específicos, distribuídos pelos quatros bairros, que deve mesmo visitar. No entanto, vale também muito a pena apenas passear por cada um dos bairros, observando a dinâmica e sentindo o ambiente de cada um.

Dicas para Viajar para Jerusalém

– Sendo uma cidade fortemente ligada à religião, convém ter em conta quando a visita e ter atenção aos feriados religiosos. Nessas alturas, há uma enchente de turistas o que torna a cidade mais confusa e com os serviços mais escassos. Se for com o intuito de conhecer a cidade, evite Natal, Semana Santa e o Ano Novo Judaico, por exemplo.

– Tenha atenção em que estação visita a cidade! Como está numa zona montanhosa, no verão o clima é seco e com temperaturas amenas. Contudo, no inverno, conte com chuva, frio e até pode nevar.

– Chegando pelo Aeroporto Internacional Ben Gurion são 57km até ao centro de Jerusalém. Pode alugar um carro ou apanhar o comboio, que demora cerca de 40 minutos.

– Tenha sempre atenção ao código de conduta e vestuário em certos locais. É uma cidade Santa, venerada por inúmeras religiões, por isso, aconselham sempre cuidados e alguma modéstia no que se veste

– Os controlos de segurança, nos aeroportos ou redes de transportes, são bastante apertados. Seja paciente e colabore e, sobretudo, vá com mais tempo, porque demoram bastante!

DOIS SEGREDOS PARA TER VISTA PANORÂMICA SOBRE A CIDADE

– Centro Notre Dame de Jerusalém: vista panorâmica sobre a cidade no terraço do telhado. Tem um restaurante também junto ao telhado, com uma vista bonita sobre o Monte do Templo e Monte das Oliveiras.

– Schwester Bernadette Terasse: um terraço com vista sobre a Cidade Antiga de Jerusalem, com uma esplanada muito bonita e um salão de chá.

O que visitar em Jerusalém?

O que visitar na Cidade Velha, em Jerusalém

• Portas de acesso à cidade de Jerusalém

São oito as portas de acesso à Cidade Velha de Jerusalém. É interessante visitar e conhecer a história de cada uma delas:

– Porta Jaffa– Esta é considerada a porta principal, nomeadamente para quem vem do centro da cidade. É um dos 6 portões originais, em pedra, construídos pelo sultão turco Suleiman, o Magnífico, no século XVI. Era a entrada dos peregrinos judeus e cristãos que desembarcavam no porto de Jaffa, daí o nome. É a entrada direta para os bairros cristãos e judeus e mercado Souk árabe do bairro muçulmano. 

– Porta Nova – Esta porta não fazia parte da muralha e foi construída, posteriormente, para dar acesso ao bairro cristão.

– Porta Damasco – A porta Damasco fica no norte da Muralha e é a maior e mais majestosa das oito. Também dá acesso ao bairro muçulmano.

– Porta Herodes – Trata-se de uma porta baixa e estreita, também conhecida como “Porta das flores”, devido à decoração floral no cimo da torre. Através desta porta, diz-se, ter sido o caminho para chegar à casa de Herodes, onde Pôncio Pilatos enviou Jesus.

– Porta Leões – O nome deve-se ao casal de leões esculpidos nas laterais. Esta porta fica em frente ao Monte das Oliveiras.

– Porta Dourada – Também conhecida como “Porta da Misericórdia”, é a mais antiga e a única que está bloqueada. Segundo a tradição judaica, a Porta Dourada apenas voltará a ser aberta quando o Messias chegar e ele entrará na cidade através dela.

– Porta do Lixo – Era através desta porta que saiam os resíduos da cidade. Hoje em dia é uma das portas mais movimentadas, já que comunica diretamente com o Muro das Lamentações e com o Monte do Templo.

– Porta Sião – A porta de Sião permite o acesso aos bairros judeu e arménio. É muito reverenciada pelos muçulmanos, por acreditarem que perto desse local se encontra o túmulo do profeta.

– Muro das Lamentações

É o local mais sagrado do judaísmo, sito perto do antigo Templo de Jerusalém. Hoje em dia, muitos visitantes. de diferentes credos, fazem as suas preces deixando depois os seus pedidos num pedaço de papel nas ranhuras do muro.

É um dos locais mais sagrados para o judaísmo, porque é o único vestígio do antigo Templo de Herodes, erguido por Herodes. Este local continua a receber muitos fiéis que vão depositar as suas preces no muro.

Curiosamente, o Muro das Lamentações também tem um significado especial para os muçulmanos, que acreditam que foi nele que Maomé, na sua jornada noturna, teria amarrado o ser mitológico: Al-Buraq.

O muro está dividido em duas secções, uma área para os homens e outra para as mulheres, está aberto todos os dias, exceto quando há cerimónias militares na praça. Fiquei algum tempo do lado das mulheres, a atentar nos rituais: rezam, colocam as mãos e a testa colados ao muro. E não viram as costas ao muro. Depois de colocarem o papel, na ranhura, saem a caminhar às arrecuas.

Pode ainda visitar os Túneis do Muro das Lamentações e explorar as profundezas do muro. Para isso, um guia saberá orientá-lo por toda a extensão, enquanto lhe explica a história.

– Parque Arqueológico de Jerusalém

Perto do Muro das lamentações, pode visitar um dos sítios arqueológicos mais importantes do país. Aqui encontra as ruínas do Primeiro e Segundo Templo de Jerusalém e os vestígios do Palácio Umayyad, bem perto do Muro das Lamentações.

Aqui tem também o Centro Davidson, um museu de tecnologia de ponta que revela como viviam as inúmeras religiões que por aqui passaram como também revela, virtualmente, o Segundo Templo de Jerusalém.

– Santo Sepulcro e Via Sacra

O Santo Sepulcro, ou Igreja da Ressurreição, é o local mais sagrado para os cristãos pois aqui terá sido onde Jesus foi crucificado, enterrado e ressuscitado.
Depois de visitar a Igreja, pode percorrer a Via Sacra, o caminho que Jesus percorreu com a cruz às costas, desde a sua condenação até onde pereceu. São 600 metros assinalados com 14 paragens, cada uma explicando o que se sucedeu naquele local especifico. Pode ver fotografias e saber mais sobre este local, neste link.

– O Monte do Templo (ou Esplanada das Mesquitas)

O Monte do Templo, também conhecido como Esplanada das Mesquitas, ou “Nobre Santuário”, é adorado pelos judeus, muçulmanos e cristãos, tornando-se num dos locais mais cobiçados do mundo.

O Domo da Rocha destaca-se pela massiva cúpula dourada, que se vê ao longe, e pela deslumbrante arquitetura. Segundo a crença islâmica, foi construída sobre a rocha de onde Maomé ascendeu aos céus e, por isso mesmo, é um dos locais mais sagrados para os muçulmanos.
A entrada na mesquita só é permitida a muçulmanos, mas poderá aceder à ponte nas proximidades e circular pelos arredores

Aqui, pode ver mais fotografias saber mais sobre o Monte do Templo e a Domo da Rocha.

– Monte das Oliveiras

O Monte das Oliveiras tem uma vista incrível sobre o centro histórico de Jerusalém. É um local emblemático por ser um dos lugares onde Jesus esteve com os seus discípulos.

O Monte das Oliveiras situa-se a leste da Cidade Velha de Jerusalém. Deve o seu nome ao facto de, antigamente, ser uma zona coberta por oliveiras. No Cristianismo é um dos locais sagrados por ter sido aqui que Jesus passou a palavra aos seus fiéis. Ao subir o monte, vai encontrar alguns locais curiosos como Jardim de Getsêmani. Saiba mais aqui.

– Sinagoga Hurva

Esta é uma das sinagogas mais impactantes que poderá visitar no mundo. Além da sua beleza arquitetónica, é muito interessante conhecer a sua história. Este monumento, que se encontra no bairro judeu, foi destruído duas vezes e reconstruído três. A primeira em 1700, incendiada pelos árabes; em 1948 foi destruída novamente na guerra árabe-israelense; finalmente, em 2010, foi construída a Sinagora Hurva, com a recuperando a beleza das antecessoras.

– A Abadia da Dormição e a Sala da Última Ceia

A atração da Igreja da Dormição em Jerusalém é a cripta circular onde se encontra a escultura da Virgem adormecida. Acredita-se que foi neste local, que a Virgem Maria foi sepultada. Aqui, teria sido também o sítio da “Última Ceia” de Jesus com os seus apóstolos.

– Monte Sião

Para além de encontrar a Abadia da Dormição, já referida, poderá encontrar também a Basílica de São Pedro Gallicantu. Nesta basílica, conta-se, ter sido o local onde Pedro negou Jesus.

– Túmulo de Oskar Schindler

Para quem conhece a história, leu o livro ou viu o filme, de certo que sentirá interesse em visitar o tumulo deste homem que salvou tantos judeus, durante o holocausto.

– VIA DOLOROSA

É chamada também de “Via Sacra”.  Este foi o caminho percorrido por Jesus, desde a sua sentença até à crucificação. São 600 metros, com 14 paragens ( cada uma representa um momento diferente: por exemplo, as três quedas de Jesus; o encontro com sua mãe Maria; o momento em que as suas vestes foram retiradas para levar Jesus para a cruz); ou o local onde terá colocado a sua mão na parede… Este caminho é percorrido anualmente por milhares de peregrinos. A Via Dolorosa começa perto da Porta dos Leões e termina no Santo Sepulcro.

– Torre de Davi

Da fortaleza do Rei Davi ficou o museu e o sitio arqueológico que inclui a Torre Davi, com uma fabulosa vista panorâmica sobre a cidade. Mais informações

Parte Moderna de Jerusalém

A Cidade Velha, composta pelos seus quatro bairros e monumentos religiosos, é, sem dúvida, a grande atração para quem visita Jerusalém. No entanto, mesmo a parte moderna da cidade tem locais muitos interessantes para serem visitados.

– Museu de Israel

Na parte nova da cidade está o Museu de Israel, o maior e mais relevante museu do país, que tem no seu espólio o Santuário do Livro, onde estão os famosos Pergaminhos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos da Bíblia. O museu está parcelado em três grandes temáticas: Arqueologia, Arte e Vida Judaica e Belas Artes.
No exterior, são muitas as esculturas contemporâneas e ainda a maquete da Cidade Velha de Jerusalém.

Também me encantei com as esculturas espalhadas pelo jardim do museu. Não deixe de visitar a maquete de Jerusalém no período do Segundo Templo – as pequenas construções são perfeitas!

– Museu Yad Vashem ou Museu do Holocausto

Este museu conta, desde 2005, a história das vitimas do Holocausto e da história do povo judeu. É o maior museu do Holocausto do mundo e transmite os terríficos eventos através de documentos, vídeos, fotos e objetos pessoais para homenagear todos aqueles que foram perseguidos.

MERCADOS, LOJAS E NOITE

– Mercado tradicional (Mahane Yehuda) e centro comercial moderno (Mamilla)

Poderá também visitar o mercado “Mahane Yehuda” – o principal mercado de alimentos em Jerusalém. Aqui poderá também apreciar algumas especialidades da gastronomia Israelita. Veja mais fotografias e saiba o que pode experimentar neste mercado, aqui.

Se gosta de centros comerciais, o Mamilla é interessante pelos seus 610 metros de comprimento.

– Ben Yehuda

Esta rua é o centro da parte moderna da cidade de Jerusalém. Repleta de lojas, cafés, restaurantes. É também aqui que poderá conhecer a vida noturna da cidade.

– German Colony

Apesar de fugir um pouco ao circuito turístico, pode também achar interessante visitar esta comunidade onde vivem vários estrangeiros e as construções são de inspiração alemã. Na rua principal, Emek Refaim, encontra vários restaurantes, butiques sofisticadas e cafés.

– The First Station
Na parte mais moderna da cidade encontra esta antiga estação ferroviária, toda ela reformada para acolher lojas, bares e vários festivais. É um local cheio de energia, com jovens locais e bastantes eventos. Saiba mais, aqui.

Onde dormir em Jerusalém?

Fiquei alojada, em Jerusalém, no Abraham Hostels, que é um edifício grande onde se pode dormir tanto em dormitórios como em quartos privados. Eu experimentei ambos e, logo na primeira noite, decidi também experimentar um jantar indiano, no terraço do hotel.

A localização é ótima, porque conseguimos ir aos principais pontos de interesse da cidade a pé. Para experienciar os tours nesta região é só marcar na receção. Leia mais.

Informações úteis e dicas sobre Viajar para Israel