Telavive é uma cidade moderna e animada. A minha viagem a Israel incluiu a passagem em Jerusalém, Nazaré e Telavive (ou Tel Aviv)- ainda dei um salto à Jordânia, para conhecer Petra, Jerash e o deserto de Wadi Rum. Em Israel, as cidades são todas muitos diferentes, e Telavive assume-se cosmopolita, moderna e até vanguardista. Andei por quarteirões cheios de lojas bonitas, galerias e arte, fui à praia, fui sair à noite – e que noite divertida tem Telavive! – e descobri uma cidade de espírito descontraído.
Numa bonita tarde de agosto, na paia, havia um barulho de raquetes de ténis de praia. Eram às dezenas… (ou centenas) ou que aproveitavam um dia de sol na cidade. E só por isso, Telavive demarca-se pelo grande contraste com a ancestralidade de Jerusalém e de Nazaré. O pôr do sol na praia é algo inesquecível. A água está quente. Crianças correm e banham-se. Um homem enterra a cadeira entre a areia e a água e simplesmente desfruta. Telavive é cool!
O incrível bairro Neve Tzedek
O bairro Neve Tzedek foi dos lugares que mais gostei em Telavive, a par das praias – e Jaffa, claro! Este bairro foi renovado – fica ao lado de Jaffa – e apresenta lojas muito bonitas (de designers, artistas, etc.) e galerias de arte; e cafés e restaurantes onde podemos entrar para experimentar a comida israelita, mas também a gastronomia internacional. Parei para provar o conhecido gelado Anita – são mesmo muito bons!
A avenida (Boulevard Rotzschild) que faço a pé até ao meu hostel, está cheia de restaurantes e esplanadas. Os quiosques, no meio da avenida, na parte ajardinada, estão com filas. É agosto, está calor, e toda a gente quer gelados e bebidas frescas. E também passear pela avenida na sombra das árvores. Na rua Nachalat Binyamin encontrei uma casa de açaí gelado que foi a minha salvação, quando está muito calor e não apetece comer nada.
A Boulevard Rotzschild é repleta de restaurantes e esplanadas. Todas variadas, abarcando diferentes gostos e apetites. Há também street food israelita e também muitos espaços com iogurtes gelados. Mais acima, no 110 da Allenby Street, está a Grande Sinagoga de Telavive, que mesmo só o exterior merece já uma fotografia. Foi construída em 1925 e a sua dimensão, dizem, “refletem o desejo da cidade de ser um centro espiritual”.
O dress code de Telavive não é rigoroso. Vejo muitos homens em tronco nu (também estava muito calor!), mulheres de vestidos e calções curtos, com tops… pelo que percebi só não vale andar de biquini na rua. E mesmo com calor é incrível a quantidade de bicicletas e trotinetas, que sobem e descem estas ruas e avenidas!
Na avenida Allenby encontramos também de tudo: comércio, restaurantes e muitas casas de câmbio – que dizem não ter comissão. Eu cambiei junto da Torre de Jaffa e paguei comissão!
Como só estive dois dias em Telavive – e dois dias muito quentes – o meu passeio passou pelas praias, passeio a pé pelo centro e pelas praias. A beira-mar é mesmo um local que deve ir. Existem muitos hotéis, com restaurantes e esplanadas, música com DJs ao final da tarde, para assistir ao pôr do sol, com estilo.
Na praia, de vez em quando, da torre de controlo, ouve-se um aviso. Não entendo o que dizem, mas será para as pessoas não se afastarem ou não nadarem longe. Isto porque existem cartazes a dizer que nadar aqui é proibido, pelo menos nesta parte que visitei. Há ginásios ao ar livre, e quando o sol já não está tão quente há dezenas de pessoas a correrem no calçadão. Há também aulas de surf e SUP e aluguer de material para quem quer apenas praticar.
VISITAR JAFFA
Fui visitar Jaffa (ou Jafa), considerada uma das mais antigas cidades portuárias do mundo. Desde 1950 que Jaffa faz parte de Telavive e tem tours grátis para descobrir o centro histórico, cheio de histórias. Sabiam que o nome Jaffa em hebraico significa “bela”?
É uma cidade importante para o Cristianismo. É um porto natural ao qual estão ligadas várias lendas e histórias. Uma delas é do profeta Jonas que, segundo a Bíblia, saiu daqui para Társis, no seu barco, e foi engolido por um peixe gigante (uns dizem que foi uma baleia…). Leia mais sobre o que visitar, aqui.
ALOJAMENTO: ONDE DORMIR EM TELAVIVE
Quando visitei Telavive, fiquei alojada no Abraham Hostel Tel Aviv, que fica bem localizado, a cerca de 20 minutos a pé da praia e junto das principais avenidas, rodeado de lojas, bares e restaurantes. Só ao longe se consegue perceber quão grande é este acolhedor hostel, que tem tanto quartos privados como dormitórios, dando assim a possibilidade de termos a dormida a preços bastante acessíveis… numa cidade que tem uma vida incrível. Leia mais.
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VIAJAR SOZINHA EM TELAVIVE
Sinceramente, achei Telavive muito seguro para uma mulher sozinha. É completamente normal e tranquilo. Nunca fui abordada de forma brusca, nem se meteram comigo. No máximo, disseram-me na praia: “podes fotografar-me à vontade” e perguntavam-me de onde era. A maior parte, desatava a falar comigo em hebreu (hebraico), a julgar que era israelita! Muito tranquilo, como já disse.
Telavive também mostra tolerância. Pelo que vi, há bandeiras LGBTQIA+ em muitos sítios e existe um desfile de milhares anualmente. À primeira vista, esta é uma cidade livre de preconceito. Vista-se como quer, namore com quem quiser… nós não temos nada a ver com isso! Fácil, não é? Não era tudo mais fácil e haveria mais paz se usássemos isso para tudo em todo o lado?
SHABAT
Em Israel, Telavive é muito provavelmente a única cidade que mantém os cafés e restaurantes em funcionamento. Mas, lembre-se que os transportes públicos páram todos aos sábados (e a maior parte já na sexta à noite) – assim como tudo fecha em quase todo o país. Os táxis privados funcionam – normalmente são árabes os condutores. Aliás, o Shabat começa a partir do pôr-do-sol de sexta e vai até o pôr-do-sol de sábado. Evite as deslocações nestes dias e noutros feriados em que também pára tudo.
Atenção: tenha em conta que com o Shabat – dia de descanso é o sábado e tudo fecha – muita coisa fecha mas, mesmo ao sábado, existem alguns (poucos!) lugares abertos e há sempre aquelas lojas que vendem snacks e bebidas – normalmente os proprietários são de outras religiões, que não judeus.
NOITE EM TELAVIVE
Numa das noites, em Telavive, fui só dar uma volta junto ao meu hostel e na outra noite a diversão foi no rooftop do próprio hostel. Quando saí à noite deu para perceber a agitação e a diversão da cidade. Bares diversos e discotecas fazem de Telavive uma cidade perfeita para quem é mais noctívago e gosta de se divertir à noite.
Onde procurar para sair: a beira-mar e as ruas HaYarkon, Dizengoff, King George, Ibn Gabirol e também a Rothschild Avenue. O quarteirão Florentine é também um local de diversão e a rua Carlebach com espaços para dançar.
AS PRAIAS DE TELAVIVE
São 16 as praias de cidade, em Telavive, e cada uma à sua maneira atrai diferentes pessoas, desde o casual hippie até ao Rivieira chique. Não é por acaso que lhe chamam a Miami Beach do Mediterrâneo.
São praias de areia, águas quentes e ótimo clima, onde também pode praticar desportos aquáticos, como vela, remo, mergulho, surf, SUP, beach volley, etc. Mas, o mais normal é ouvir o som de centenas de raquetes de frescobol (matkot) na praia. Durante o dia e noite há muita gente simplesmente a passear no calçadão.
Algumas praias a destacar: Gordon Beach; Frishman Beach; Hilton Beach; Gay Beach; e Maravi Beach, é a última praia antes de chegar a Jaffa e tem mais ondas.
MERCADOS DE TELAVIVE
Tem mesmo de ir ao muito famoso Mercado Carmel (Shuk HaCarmel) ao ar livre: além de poder comprar frutas e legume, tem também pratos já feitos como o tradicional hummus ou falafel, e as doces baklava.
ONDE COMER EM TELAVIVE
Digamos que Telavive é uma cidade feita para foodies. Quem gosta de comer vai conseguir experimentar aqui a cozinha israelita, mas também a internacional uma vez que há aqui cerca de 4500 (!) espaços de restauração.
É considerada um dos destinos de excelência em culinária. Esqueça as simples falafel (ou não esqueça mas também dê atenção a outras coisas) e perca-se nas criações de cozinheiros reconhecidos internacionalmente.
Passe pelas ruas Ibn Gvirol, Ben Yehuda ou pelas ruas do mercado Carmel e escolha entre carnes, peixes, legumes, saboreados dentro do pão pita, por exemplo. Bom apetite!
Como chegar ao hostel, em Telavive? Cheguei ao aeroporto e fui para o exterior. Já ia com as dicas que o próprio hostel tinha enviado no e-mail da reserva: apanhei o bus 445 e, em pouco mais de 30 minutos, estava a 3 minutos a pé do hostel. Fácil mas porque perguntei ao simpático do motorista e ainda tive a orientação de um outro simpático israelita. Estava sem internet e não tinha mapa para me guiar.