Em Zagora, Marrocos, a caminho do deserto profundo, há uma placa que merece a atenção (e paragem) de quase todos os turistas a caminho do Sahara. A pintura mantém viva a história económica da região, já que marca um local preciso que avisava (os comerciantes) que faltavam 52 dias para chegar a Tombouctou, no Mali.
A travessia das caravanas era feita (pelo menos até por volta de 1930) por este local – terra de povos nómadas – com dromedários e a troca de bens era feita pelo caminho e no destino. Trocavam-se roupas, jóias, especiarias, metais preciosos, etc
Esta estrada é testemunho do papel estratégico que representava a região do Draa, durante o século XVI, como etapa para as caravanas comerciais entre Marrocos e a África Subsariana.
Os prósperos intercâmbios comerciais, entre o Draa e Tombouctou, alargaram-se e fizeram de Marrocos um intermediário comercial entre África e a Europa. Entretanto, as dinastias que reinavam em Marrocos empenhavam-se em garantir a segurança das caravanas comerciais.
Esta situação converteu a região do Draa num centro de comércio, que recolhia os direitos financeiros gerados, e que teve um papel muito importante no desenvolvimento desta região.

52 dias para Tombouctou – Zagora © Viaje Comigo