Visitar a cidade real de Loches, França

A viagem de Tours até à cidade real de Loches é de cerca de uma hora. Uma viagem bonita de fazer, numa estrada ladeada por campos verdes e casas tradicionais. Chegámos a Loches em dia de mercado (num sábado de manhã), por isso, o centro da cidade estava mais animado do que o habitual.

Fazer uma visita a esta vila – sempre com atividades e eventos o ano inteiro – é fazer uma viagem a mil anos de história. Loches é um local muito pitoresco, com comércio tradicional vivo, e muita vida nas suas ruas históricas. Tem também muitos cafés e restaurantes espalhados por todo o centro histórico.

Loches é uma vila medieval com 7 mil habitantes e foi mencionada pela primeira vez no século VI. Durante muitos séculos, três séculos para ser mais exato, acolheu os Condes de Anjou, sucessores ao trono de Inglaterra, que tornaram esta vila num local fortificado.

A cidade foi invadida em 1205 pelo rei francês Philippe Auguste e o seu sucessor, St. Louis, adquiriu a cidade em 1249 e, desde aí até à Revolução Francesa, Loches ficou como cidade real. Vários reis ficaram aqui a viver: Charles VII, Louis XI e François I. O crescimento da vila levou a que muita gente viesse morar aqui e, durante o século XVI, foram construídas muitas casas senhoriais.

Apesar das muitas mudanças, Loches mantém muitos exemplos arquitetónicos das épocas medieval e renascentista. Desde 2000, que Loches faz parte da rede de vilas e áreas de interesse artístico e histórico.

Pelas ruas estreitas e repletas de história de Loches vai encontrando locais a descobrir melhor. O Jardin Saint Louis tem vista panorâmica e um jardim com esplanada. A entrada é livre mas, diz num aviso, não pode fazer piqueniques.

Pela porta real, na entrada para a zona muralhada, e com acesso, à fortaleza medieval está uma homenagem a Joanna d’Arc – foi aqui que ela se reuniu com o herdeiro à coroa Carlos, em 1429, (ainda delfim nessa altura e que viria a ser Carlos VII) e o convenceu a ir até Reims, para ser coroado Rei na catedral.

O QUE VISITAR:

– Logis Royal: château ou “alojamentos” reais construídos entre o fim do século XIV e final do século XV. Três mulheres marcaram a história deste local: Joanna d’Arc, Agnès Sorel e Ana da Bretanha. No interior, pode encontrar exposições temporárias e ainda outras permanente relativas à história do local e das personagens históricas que por aqui passaram.

– Jardim público com vista para o Logis Royal (ou Royal Apartments). Tem um parque infantil, um lago, coreto, e é um sítio muito bonito.

– A Porta des Cordeliers: é a mais recente de quatro portas que protegiam o interior da vila. Foi construída em 1498. Ganhou o nome de Cordeliers, que é o mesmo nome do convento ali ao lado.

– Moinho: vestígio da atividade industrial dos inícios do século XIX. Desde 2004 serve de quartos para alugar a turistas.

– Torre de Saint-Antoine: torre sineira construída no século XVI. Chamava as pessoas para os serviços religiosos na antiga igreja.

O QUE VISITAR:

– Centro Alfred de Vigny, construído em 1910.

– Palácio da Justiça, construído em 1866.

– Igreja de Saint-Antoine: construída em 1812. Na Galeria Antonine está uma exposição permanente com quadros e estátuas muito importantes de Caravaggio, numa coleção de um conde e antigo embaixador francês, Philippe de Béthume, que conheceu o artista em Roma. Visite a exposição “Les Caravage de Phillipe de Béthume”.

– Porta de Picois: uma porta defensiva da vila que sobreviveu até aos dias de hoje.

– Igreja de St Ours: antiga Collégiale Norte-Dame, foi fundada no século X e construída nos séculos XI e XII. No seu interior está a tumba de Agnés Sorel, a amante preferida do Rei Carlos VII.

O QUE VISITAR:

– Câmara Municipal (em francês, Hôtel de Ville), datada de 1519

– Chancellerie: construída no século XV e alterada nos séculos XVI e XVII. A fachada teve inspiração nos trabalhos de Michelangelo. Acolhe o centro de interpretação da arquitetura e património

– Museu Lansyer: com uma centena de quadros, desenhos e estudos do artista Emmanuel Lansyer

– Torre de Menagem/ Fortaleza medieval: construída entre 1010 e 1035 é uma das fortalezas mais antigas da Europa, que ainda estão de pé. Tem 36 metros de altura e tem no seu interior outros edifícios defensivos. Foi usada como prisão até 1926 e tem em exposição vários locais de cativeiro, que podem ser visitados. A visita à fortaleza pode durar cerca de uma hora e meia e pode visitar as galerias subterrâneas com salas da inquisição, etc Preço: 8,50€ para visitar este local e o Logis Royal.

O QUE FAZER EM LOCHES

– Visitar o centro histórico com as aulas lojas de artigos vintage, livrarias e cafés/bares, restaurantes, etc
– Jardins para conhecer
– Passeios pedestres
– Passeios de bicicleta na ciclovia
– Canoagem
– Spas
– Golfe
– Parque Aquático de Loches

– MERCADO: todos as quartas-feiras e sábados, de manhã, há um mercado que anima a cidade. As bancas são montadas em várias ruas com a venda de produtos regionais: queijos e enchidos, até ao artesanato e flores mas também produtos frevos e biológicos. Pode ler mais sobre o mercado e ver as nossas imagens clicando aqui. Para saber mais sobre o mercado clique aqui

Para mais informação

– Visite o Posto de Turismo de Loches

– Há um pequeno comboio que faz o percurso na vila – 6€/adulto. Há visitas guiadas com passes, que combinam as visitas aos castelos, e que assim ficam com entradas mais baratas.

– Tem uma aplicação para iPhone com informação sobre Loches e sobre o que deve visitar. Veja no Posto de Turismo local porque encontra muita informação útil.

É também no posto de turismo que vai perceber que a ação de marketing turístico é forte e há pouco tempo foi lançado o mote “I Loches You” usado em muito merchandising.

– Mais viagens em França no Viaje Comigo.