Apesar da instabilidade política e de ter estado tanto tempo fechado ao turismo, o Irão (antiga Pérsia) é uma jóia do Médio Oriente que ainda está longe de ter multidões a visitar. Mas está pronta a ser descoberta. Acerca do Irão fala-se principalmente de ser a grande reserva do chamado “ouro negro” (petróleo) e dos conflitos territoriais que têm acontecido ao longo dos tempos. Contudo, a sua história oferece-nos paisagens deslumbrantes, com monumentos milenares e uma cultura riquíssima. Este país da Ásia Ocidental pode orgulhar-se de ter 23 locais classificados como Património Mundial pela UNESCO.
A capital, Teerão, é a maior cidade do país, além de seu principal centro financeiro, económico e cultural (o Irão tem, ainda atualmente, uma grande diversidade étnica), com pontos turísticos como o Palácio do Golestão (século XVIII) e a Torre Milad. Além da diversidade cultural e patrimonial, também pode encontrar uma paisagem pautada por um pouco de tudo: deserto, montanhas, planícies, rios e mar: é banhado pelo mar Cáspio e pelo golfo Pérsico.
A norte, o Irão tem fronteiras a norte com Arménia, Azerbaijão e Turquemenistão; através do Mar Cáspio, com o Cazaquistão e a Rússia; a leste com Afeganistão e Paquistão; ao sul com o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã; a oeste com o Iraque; e a noroeste com a Turquia.
História do Irão
Este país do Médio Oriente tem como legado ter sido um dos primeiros grandes impérios da Antiguidade, nesse tempo, conhecido como Pérsia.
Originou-se com a formação do reino e Elam, tendo depois anexado vários impérios, atingindo o seu esplendor durante o Império Aquemedina, em 550 antes de Cristo. A Pérsia era a grande protagonista da chamada idade de Ouro Islâmica, tendo demonstrado grandes avanços nas Artes e nas Ciências.
No século XVIII, sob a regência de Nader Xá, o Irão era um dos estados mais poderosos e modernos da época. Entretanto, já em meados do século XIX, o Irão perdeu vários territórios para o Império Russo, e o Reino Unido também causou a separação de partes do país no leste e sudeste. A agitação popular culminou na Revolução Constitucional de 1906, que estabeleceu uma monarquia constitucional e a primeira legislatura.
Em 1979, deu-se uma nova revolução que levou à instauração da República Islâmica, na altura com a liderança política e espiritual do Ayatollah Khomeini.
Estes são apenas alguns marcos da História da Pérsia/Irão, contados de forma muito resumida, havendo muito mais para contar sobre este território que acolhe ruínas de Persépolis, a capital do império, fundada por Dário I no século VI A.C.
Curiosidades sobre o Irão
- O povo iraniano destaca-se pela sua simpatia e hospitalidade. São muito comunicativos com o olhar e o sorriso, mesmo que não percebam a sua língua.
- Nowruz (a véspera de Ano Novo que acontece no dia 20 ou 21 de março) – Esta festividade é tão importante que foi inscrita na lista da UNESCO de obras-primas do Património Oral e Intangível da Humanidade em 2009, descrito como o Ano Novo Persa. Para o celebrar, os iranianos têm vários rituais antecipatórios, tais como Khaneh-tekani (limpeza da casa), plantação de cereais, o Chahar-shanbe souri (Festival do Fogo), o Sizdah-bedar (Dia Nacional de Piquenique), entre outros. E não se admire se vir um Haji Firouz, uma personagem do folclore iraniano, com o rosto coberto de fuligem e vestido de roupas vermelhas brilhantes e um chapéu de feltro, que durante o Nowruz passa pelas ruas a dançar e a tocar pandeireta.
- Shab-e Yalda ou Noite de Nascimento (Shab-e Chelleh ou noite dos quarenta dias de Inverno) – Neste dia que se festeja a 20 ou 21 de dezembro, o povo iraniano celebra reunindo-se com os seus familiares para recitar poesia e comer fruta, principalmente frutos vermelhos e frutos secos.
- O traje tradicional iraniano tende a variar por região, território e até por aldeias, já que o país alberga muitas etnias e línguas diferentes.
Alguns pontos a visitar no Irão
A lista de pontos interessantes para visitar no Irão é extensa, mas selecionámos apenas alguns:
Na capital, não vai faltar o que visitar, desde do Palácio (Kākh-e) Golestān de Teerão, o Museu Nacional do Irão (Mūze-ye Irān-e Bāstān), até ao Bazaar de Tajrish e Mesquita de (Imamzadeh) Saleh. Havendo muito mais para explorar.
Fora da capital, há também várias cidades com muitos pontos a visitar, tais como; Pasargada ou Persépolis (cidades arqueológicas classificadas como Património da Humanidade pela UNESCO); Shiraz (uma das maiores cidades do Irão); ou Hormozgan, localizada no sul do país, oferece várias atrações naturais e históricas.
Clima no Irão
O Irão tem um clima continental e é conhecido por ter 11 dos 13 regimes climatéricos do mundo. A Norte, no Inverno, as temperaturas podem chegar aos 0°c. Já a Oeste, é frequente atingir temperaturas abaixo de zero. Por outro lado, no Verão, (a Norte do país) raramente as temperaturas ultrapassam os 29°c, porém, se se deslocar para Sul e para as planícies costeiras, os verões podem chegar a quase quarenta graus. Assim, acreditamos que as melhores estações para visitar o Irão são a Primavera e o Outono.
Gastronomia do Irão
Se há país em que o pão é protagonista de uma refeição (além de Portugal), esse país é o Irão, com pelo menos 4 qualidades distintas – lavash, barbari, sangak e taftun.
A gastronomia iraniana tem influências das cozinhas das regiões vizinhas, Cáucaso, Turquia, Grécia, Centro-Ásia e Rússia. São utilizadas várias ervas aromáticas, arroz, e frutos secos. Aliás, vai encontrar vários pratos iranianos com combinações de arroz com carne, vegetais e nozes. Muitos desses pratos são acompanhados com uma variedade de saladas, ervas frescas, queijo e iogurte.
Um dos pratos mais típicos, para além do arroz iraniano, é certamente o Kebab (espetadas grandes de carne, cozinhadas de um modo próprio). Podem ser feitas de vários tipos de carne, exceto de porco, que é proibido no Irão.
Sugiro que prove também o Aash-e Reshteh (caldo espesso preparado com feijões, vegetais especiais, massa (Reshteh) e soro de leite); ou o Dizi (prato típico iraniano, cozinhado em potes de pedra e confecionado com carne de borrego, tomate e ervilhas). A Zulbia e Bamieh são doces (muito doces!) também muito tradicionais.
Para beber, não deixe de saborear os chás iranianos e o Dough (bebida à base de iogurte e menta).
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Capital: Teerão
Área: 1 648 195 km²
Fronteiras: Turcomenistão, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Turquia, Azerbaijão e Arménia
População: 87 024 725 habitantes (dados de 2019)
Moeda: Rial iraniano. Euros e dólares também são aceitos. No Irão os cartões de crédito e/ou débito (Visa, Mastercard ou outros) não podem ser utilizados, mas pode comprar este tipo de cartões (temporários) no aeroporto. Leve dinheiro!
Clima: Clima continental, com as quatro estações bem definidas. O mês mais quente é julho (22/37°c) e o mais frio Janeiro (-3/7°c).
Língua Oficial: Persa
Religião: Islamismo
Sistema político: República Islâmica.
Horário: + 3,5 horas que em Portugal. Mais 6,5 horas que em São Paulo.
Visto: É necessário visto, tanto para cidadãos portugueses, como brasileiros.
Vacinas: Não é obrigatória nenhuma vacina específica para este destino.
Contactos úteis:
Embaixada de Portugal em Teerão
– Endereço: 16, Rouzbeh Alley, Hedayat St., Darrous, Teerão
– Email: teerao@mne.pt
– Tlf: (+98 21) 2258-2760
Telefone de emergência consular – +98 990 578 2617
Bandeira:
A atual bandeira foi adotada em 1980, logo após a Revolução Islâmica. É composta pela cor verde (que simboliza a religião Islâmica e a prosperidade), branca (simboliza a Paz) e vermelha (representa aqueles que morreram pelo país). O símbolo no centro representa a palavra “Allah”, que significa Deus. A bandeira tem também uma frase impressa – “La’ ilaha’ illa l-lah”, que se traduz por: “Não há nenhum deus além de Deus”.