Nas Caldas da Rainha, as Termas da Caldas já foram apelidadas de Hospital Termal Rainha D. Leonor. Conta a História que um dia, por passagem por esta zona, a rainha parou para ver uns habitantes a banharem-se numa água quente e mal cheirosa… anos mais tarde, criou o hospital termal, que ganhou o seu nome. Guia / Roteiro para visitar as Caldas da Rainha.
É tido como o mais antigo hospital termal em funcionamento no mundo! E continua em funcionamento com tratamentos ligados às vias respiratórias e questões reumáticas e músculo-esqueléticas. Tratamentos: Banhos de Imersão Simples e de Bolha de Ar; Duche Maniluvio; Duche Pediluvio; Duche Vichy; Duche Nasal ou Irrigação Nasal; Pulverização Faringea; Nebulização individual; e Aerossóis Simples e Sónicos.
Também é possível visitar as instalações como os chafarizes e a Piscina da Rainha. E comprar os sabonetes termais (com água das termas) e artesanais inspirados em cheiros das Caldas da Rainha. Muito cheirosos! E a embalagem é linda, feita pela Mariana Sampaio; e os sabonetes foram feitos pela Poção Mágica.
Segundo a lenda, um certo dia, ia a Rainha D. Leonor (1481-1525), esposa de D. João II, de Óbidos para a Batalha, quando passou por um local onde as pessoas se banhavam numas águas quentes. Primeiro não deu grande importância, mas mais à frente (onde é hoje a localidade de Tornada e que ficou com esse nome porque a Rainha tornou a voltar atrás) decidiu voltar para falar com os habitantes, que lhe disseram que as águas tinham poderes curativos.
D. Leonor teria na época uma doença – imagina-se, porque não está escrito tacitamente em lado nenhum – e por isso decidiu também banhar-se nas águas. Certamente terá ficado curada porque, no ano seguinte, em 1485, mandou construir o hospital, dando uma ordem: que todos (incluindo o povo) pudessem usufruir das termas. Ainda hoje isso está consagrado.
O Hospital Termal ficou concluído em 1488 e recebeu o nome de Nossa Senhora do Pópulo (porque era para o povo), nome que ficou para a Igreja que está ao seu lado (Igreja Matriz). Ao lado está também o Parque D. Carlos I, onde os pacientes faziam passeios de recuperação, entre tratamentos.
O Hospital sofreu várias alterações ao longo das História tendo sido, também, local de aquartelamento de soldados na Guerra Peninsular, no século XIX.
Em 1656, o Lóio Mestre Padre Jorge de São Paulo escreveu o “Livro da Fundação deste Hospital” e é por ele que se conhece parte da História do local. Os doentes, quando chegavam, eram examinados pelo médico, e eram procuradas as características de doenças que eram tratáveis pelas águas das termas.
Além dos xaropes que eram receitados aos pacientes, também tinham de confessar e comungar. Era-lhes dada roupa como roupão e chinelos. A cura, que era de 24 dias, estava dividida em três fases: os banhos sempre em três dias seguidos, vezes três vezes, perfazendo nove banhos; pelo meio havia o dia de descanso.
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