Foi um dos passeios que mais gostei no Atacama, no Chile: o passeio ao Vale da Lua (Valle de la Luna) e ao Vale da Morte (Valle de la Muerte). É preciso ver além, no deserto, onde pensamos que não há vida… é que lá há uma imensa transformação, dia após dia. Na areia, nas pedras, no sal… há vida em todo o lado.
E é impossível não se fazer esta comparação: parece a Lua! Ainda que nunca tenha estado em nenhum outro planeta, ou estrela… é que este vale é famoso por ter um aspeto parecido com o da superfície lunar, uma vez que tem afloramentos salinos que, por vezes, parecem neve a cobrir o chão castanho avermelhado.
Este é um tour incrível que começa a deixar-nos de boca aberta mal avistámos a primeira duna gigante – a acumulação de areia, com a ajuda dos ventos, tornou esta uma “senhora” duna, de tamanho considerável. Vamos subir um monte, percorrer uma pequena cordilheira e ficar rodeados de montes de areia e pedra, olhando o Atacama em todo o seu esplendor. Não é por caso que este local, o Valle de la Luna, está classificado como Monumento Natural e Santuário da Natureza.
Mesmo com muita gente a visitar o local, há um silêncio que nos rodeia. Aproveito para me sentar nas rochas, no topo da duna, e fiquei simplesmente a apreciar aquela vista, que mistura o sal e as pedras avermelhadas, e a natureza em nosso redor. É deslumbrante! Ainda por cima, visitei este local quando estava a cair uma grande chuvada e trovoada ali perto… o céu carregado deu-lhe um ambiente ainda mais dramático e natural. E acho que as fotografias conseguem refletir isso!
O meu passeio foi feito com a agência Fui Gostei Trips, que me levou, com acompanhamento de guia, primeiro ao Vale da Lua. Depois, descemos e fizemos uma paragem nas “Três Marias”.
Ora, é fácil perceber, ao olhar para estas rochas, que se assemelham a três mulheres em posições distintas. Formadas com a erosão das rochas, e do sal, estima-se que a idade destes penedos seja de um milhão de anos… antiguinhas, não são? E não é por isso de estranhar que quando vemos a rocha que se assemelha à cabeça de um dinossauro – mesmo ao lado das Três Marias – provoque sempre imensas gargalhadas nos visitantes.
De seguida, fizemos uma paragem muito especial. Caminhámos e sentámo-nos junto de paredes de pedra com sal, que mais parecia que tinham vidros incrustados. Em silêncio, com o guia, ficámos simplesmente a ouvir os “cliques” e estalidos que as pedras fazem… como se tivessem vida própria.
E, ali perto, estão os resquícios de máquinas do que foi outrora a exploração das Minas de Sal. Ainda lá estão a provar o que foi um negócio e um trabalho muito importante nesta região e estão ali, abandonadas, como se toda a gente tivesse saído à pressa daquele local.
Uma curiosidade advém da palavra salário, que vem da antiguidade. O sal era algo tão importante – uma espécie de ouro da época – que muitas vezes eram feitos pagamentos com sal, em troca de outros produtos ou do próprio trabalho.
Entramos na carrinha, para fazermos uma outra paragem antes de visitarmos o Vale da Morte. O Mirador “Pedra do Coiote”, com a pedra saída faz mesmo lembrar o cenário do coiote dos desenhos animados! Beep Beep!
Em tempos, este era o local preferido, de quem aqui passava, para fotografias espetaculares. Por uma questão de segurança, já não é possível ir até ao ponto extremo do rochedo, mas a vista continua a ser do outro mundo. E muita gente se reúne neste local para assistir ao pôr-do-sol.
A última paragem deste tour foi no Vale da Morte, onde estava muito vento e frio. Fiz as fotografias, para me recordar que local cinematográfico é este, e fui aproveitar o lanche que nos preparam junto da carrinha: comemos um wraps fantásticos, com guacamole, e bebemos vinho chileno. Um brinde ao pôr do sol e um final de dia lindo! Perfeito!
Tours que fiz no Atacama:
– Vale da Lua e Vale da Morte
– Tour nas Piedras Rojas e Lagunas Altiplânicas
– De bicicleta pela Quebrada Chulacao
– O frio e o quente do Geyser El Tatio
– Flutuar na Lagoa Cejar
– As cores incríveis do Vale do Arco-Íris, no Atacama
– Porque devem ir às Lagunas Escondidas de Baltinache
– Flutuar na Lagoa Cejar
– Passeio de Balão no deserto do Atacama