Em Marrocos, fui visitar Ifrane – conhecida por ser uma estância de neve – no mês de junho, por isso… não havia neve. Mas, quem disse que este local só é bom para ser visitado quando tem neve? Ifrane transformou-se o paraíso para quem quer desfrutar do ambiente dos montes e da natureza, com paisagens espetaculares e… pasmem-se: hotéis de topo!
Em Ifrane, fui almoçar a um hotel espetacular: o Michlifen Resort & Golf (a cerca de 65 Km de Fez). Já me tenho surpreendido com muitos resorts e riads de Marrocos, mas este foi mesmo uma verdadeira surpresa, como se tivesse sido transportada para outro local. Primeiro, porque o ambiente em redor faz-nos lembrar que estamos na Suíça, ou algo do género, e depois a própria arquitetura do edifício nos traz essa mesma memória, parecendo um chalé nas montanhas. Nas traseiras tem um lago, piscina e diz ser o hotel com o maior Spa de África… não sei se é verdade, mas foi o que me disseram lá. A comida é excelente, por isso, se não quiserem/puderem ficar alojados, podem só ir almoçar lá, durante um dia de passeio em Ifrane (que foi o que fiz). Não é barato – uma salada custava 20€, só para terem uma ideia – mas é mesmo bom e o espaço muito agradável.
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A cidade de Ifrane fica nas montanhas do Médio Atlas, a 1700 metros de altitude. No centro da cidade, tem inúmeras esplanadas e restaurantes, principalmente junto do mercado. Este é um local turístico de Marrocos, portanto, está habituado a receber mais viajantes e tem preços simpáticos nesses restaurantes.
Também no centro, tem uma conhecida estátua do Leão que foi deixada pelos franceses, uma vez que Ifrane foi fundada (em 1929) durante o protectorado francês. Assim, se explica melhor o facto de ter este aspeto das estâncias de neve europeias (em certa medida) e parecer uma aldeia dos Alpes! E é por isso que até lhe chamam a “pequena Suíça”.
Depois do almoço, a caminho do Parque Nacional de Ifrane
paramos num miradouro, em Azrou, com vista para os montes verdes. Estas paisagens são tudo o que nos surpreende em Marrocos e, por vezes, parece que estou a olhar para alguns montes de Portugal. Aqui estão umas lojinhas de souvenirs: mal saio do carro me tentam vender pedras de fósseis, colares, brincos, etc.
No Parque Nacional de Ifrane, uma das curiosidades são os cedros do Atlas (de Gouraud) que são uma espécie protegida e património nacional. Os mais antigos deixaram-nos expostos, mesmo já sem folhagem, só para mostrarem a magnificência deles. São espécies endémicas, que crescem entre os 1600 e os 2400 metros de altitude, e conseguem ter entre 30 a 30 metros de altura.
O parque tem lojas de recordações, vários locais de piqueniques – quando lá estive estava uma fogueira no chão, com o vapor a sair da tagine que uma família estava a cozinhar – e até uma espécie de restaurantes no meio das árvores – com tudo o que é preciso: mesas, bancos, louça, etc. E estão lá os cavalos para quem quiser dar uma volta pelo parque.
Aqui, no parque, estão também muitos macacos. E atenção que eles são ladrões. Ri-me muito com um que levou a água do nosso guia. O homem estendeu-lhe a garrafa de água de plástico e ele foi logo buscar, desapertou com mestria a tampa e abriu e bebeu… tal e qual como se fosse um de nós. Ri-me tanto! Ainda por cima porque tinha pouca água e ele ficou a olhar muitas vezes para o fundo da garrafa, para ver se tinha mais! E com isso, até há vendedores de amendoins, só para os visitantes darem aos macacos!
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