Aberto desde setembro de 2013, o Museu do Futebol Clube do Porto tem um espaço com sete mil metros quadrados, divididos em 27 áreas temáticas, com toda a história e prémios do clube expostos.
Antes mesmo de entrar no Museu do Futebol Clube do Porto, tem a loja do clube (onde está o carro oferecido a Madjer, em 1987) , um restaurante/café e uma peça de arte que se destaca, a Valquíria Dragão, da autoria de Joana Vasconcelos. Em redor da instalação artística estão cerca de 300 taças ganhas pelas modalidades do clube.
Pode comprar as entradas online para visitar o Museu e o Estádio do FC Porto – garantindo o seu lugar e poupando tempo.
Uns passos mais adiante – e ainda sem entrar no dito museu – estão várias estátuas (em tamanho real) de treinadores e atletas do clube. Mais impressionante é que as roupas são verdadeiras e foram banhadas para perdurarem – parecem de plástico. Todas estas estátuas estão de costas voltadas para a entrada, mostrando (e até apontando, como a de Villas-Boas) para a que é a entrada do museu.
Como já foi referido, o museu está dividido em 27 espaços. Começa por contar a história de como surgiu o Futebol Clube do Porto e dos seus fundadores. O primeiro presidente foi António Nicolau d’Almeida e, além de material informativo, que pode ler para saber mais, há uma mesa onde está uma estátua do fundador, com uma cadeira vazia. A cadeira é para os visitantes se sentarem e poderem tirar uma fotografia com o fundador, como se estivesse ano ano de 1893.
Na história da presidência do Futebol Clube do Porto, segue-se José Monteiro de Costa que vai institucionalizar o clube, com o primeiro livro de sócios, por exemplo, e as suas irmãs foram as primeiras sócias (do sexo feminino) do clube.
A história do emblema tem também o seu espaço – o azul e branco é inspiração da antiga bandeira da monarquia e o monograma é de 1908 – assim como o hino do clube.
Vai entrar depois numa área onde estão fachadas de casas, com montras, onde se mostra o antes de 1974, ou seja, a época antes da revolução portuguesa – incluindo um lápis azul gigante, que significa a censura.
Os jogos, os campeonatos, as taças mais memoráveis estão aqui expostas. Por cima da sua cabeça estarão várias lâmpadas, em formato de cravos, como se estivesse a fazer o caminho até à Revolução de 25 de abril de 1974.
Eis que chega a um open space, com algumas secções começando com uma parede dedicada aos presidentes do clube, a mesa de tomada de posse e ainda um ecrã interativo, onde pode clicar e ficar a saber mais sobre a vida dos presidentes, com textos, fotografias e vídeos.
Em frente está o espaço “Nós”. “Nós os adeptos”, explicam-nos. E este local é-lhes dedicado de forma mais direta. E é onde, no centro, está em destaque a que é “a maior taça do mundo”. Pesa 250 quilos e tem 2,80 metros de altura.
O troféu foi oferecido pelos próprios adeptos, depois de o FCP ter jogado contra o Arsenal – que era considerado o melhor clube do mundo, na época, em 1948 – e ter ganho. Os sócios reuniram-se, juntaram dinheiro, e decidiram homenagear o plantel com este troféu. Aqui estão expostos cartões de sócios – antigos e novos – incluindo os do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa.
Aqui ao lado, estão as maiores taças do futebol. As das competições nacionais e internacionais nos espaços “Constelação do Dragão” e “Brilho Universal”, respetivamente.
Aliás, nas primeiras, se olhar para o teto, vai ver a constelação reproduzida com luzes. Num outro ecrã interativo pode ver os golos dos jogos marcantes, informações das taças, celebrações e mais informação pormenorizada.
No espaço “Brilho Universal” estão as taças internacionais. Por cima, em vários ecrãs, passam imagens de jogos, mas também da própria cidade do Porto.
Em cada jogo internacional – e junto de cada taça – estão vitrines com a bola, documentos e camisolas de jogo, entre outros objetos. E, mal nos aproximámos dessa vitrine, começámos a ouvir o relato do jogo. Campeões Europeus, Liga dos Campeões, Intercontinental, Taça UEFA, Taça das Taças e Liga Europa. Todas estão aqui expostas.
Neste museu vai encontrar uma parte dedicada ao atual presidente e ao seu percurso, desde 1982. Há ainda um outro espaço onde Jorge Nuno Pinto da Costa clube está presente… ou parece que está. Numa sala, o presidente azul e branco fala sobre diversos temas – basta que clique no tema que quer que fale – sendo a sua imagem projetada.
As modalidades que existiram, assim como as que ainda existem, têm o seu local especial. Mesmo ao lado está o autocarro azul e branco, que é um dos destaques do museu. Pode entrar e sentar-se ao lado das estátuas de antigos jogadores como Jardel, Fernando Couto ou Jorge Costa, por exemplo.
Há ainda uma outra parte dedicada aos treinadores e a jogadores que passaram pelo Futebol Clube do Porto. Com ecrãs interativos pode ficar a saber tudo sobre o percurso desses atletas, golos marcados, presenças em jogos, etc.
No piso superior, subindo umas escadas rolantes, está o 11 do Futebol Clube do Porto que foi selecionado pelos adeptos. Hulk, André (pai de André André), João Pinto, Branco e Vitor Baía, são alguns dos eleitos para fazer este 11 que está em cima de um relvado, em estátuas de branco (estas não estão em tamanho real).
A visita continua, a mostrar os primeiros estádios do FCP, com maquetas, datas e fotografias. Incluindo um poema, “Aleluia” de Pedro Homem de Mello, que estava numa parede do antigo estádio das Antas e que foi levado para aqui, tal e qual como estava.
Neste piso superior estão vídeos de personalidades a falarem do clube – onde estão as tarjas das duas claques do FCP – e um outro vídeo que pode ser visto no anfiteatro – espaço que é feito com uma parte da bancada do antigo estádio das Antas.
Outro local que se destaca neste museu é a réplica do antigo balneário do FCP, com uma estátua de José Maria Pedroto, e onde está o quadro com a técnica que José Mourinho usou na final de Sevilha e o quadro motivacional de André Villas-Boas, no Estádio da Luz, em 2011. Num burburinho, ouvem-se os cânticos das claques, tal como seria no balneário de verdade.
Se, até agora, só se falou do passado, chega-se até ao local do presente, ou pelo menos, dos mais recentes anos do Futebol Clube do Porto. Há ainda uma parte dedicada às manchetes e primeiras páginas nos jornais e revistas – com um quiosque à antiga e uma estátua de um ardina – e depois seguido pelos relatos na rádio e a evolução das transmissões dos jogos nas televisões, desde a imagem a preto e branco até aos ecrãs modernos.
Antes da saída, pode ver a estátua de Madjer a dar o toque de calcanhar que o celebrizou para sempre, na final de Viena, onde venceram, a 27 de maio de 1987, o Bayern de Munique, sagrando-se pela primeira vez Campeões da Europa.
Aqui, está também uma baliza que veio de Dublin, numa grande viagem por mar e terra, para o Porto. É a baliza sul da Arena de Dublin, onde a 18 de maio de 2011, Falcão marcou o golo e o FC Porto ganhou por 1-0. Foi na Final da Liga Europa 2010/11, contra o Sporting de Braga.
No Museu há também salas e auditórios para eventos e a Terra do Dragão dedicado ao serviço educativo, para atividades e eventos para os mais novos. Boas viagens!
INFORMAÇÃO
Museu Futebol Clube do Porto, Estádio do Dragão
Morada: Via Futebol Clube do Porto, Porto
Telefone: +351 225 570 418
Preços: 12€ (público)/8€ (sócios)/adulto; 10€(público)/6€ (sócio)/maiores de 64 anos; 8€(público)/5€(sócio)/crianças dos 5 aos 16; até aos 4 anos: grátis (preços especiais para combinados do Tour Museu + Estádio)
Site
Estimado tempo de visita: 1h30, no mínimo (mas reserve sempre, pelo menos, 2 horas)