O complexo de Angkor (Wat) é a fusão perfeita entre a natureza e a espiritualidade. Imagine um local de cerca de 400 quilómetros quadrados, com vários templos e monumentos hinduístas e budistas. que se fundem harmoniosamente com a floresta, rio e canais artificiais. Localiza-se a norte da cidade de Siem Reap, no Camboja.
Susana Ribeiro em Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Bilhetes e entrada: pode comprar na hora, mas é aconselhado comprar com antecedência. Fui num tour e o bilhete já estava confirmado, mas tivemos de o pagar à parte. Se por um lado penso que é bastante caro, depois de ver a enormidade do que visitamos, e do que é necessário manter, percebo o valor. O bilhete tem vários pontos de segurança e um deles é ter a nossa foto, tirada no momento da compra. Como fui para Angkor Wat para ver o nascer do sol, a fotografia ficou espetacular como devem imaginar… de madrugada e com poucas horas de sono. 🙂
Para visitar Angkor Wat, os turistas precisam comprar um passe para o Parque Arqueológico de Angkor, que dá acesso a todos os templos e estruturas no complexo. Os passes podem ser comprados por um dia, três dias ou uma semana. A maioria das pessoas opta pelo passe de três dias para ter tempo suficiente para explorar todo o complexo. Eu só fui um dia e já foi bastante completa a visita que fiz.
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Nascer do sol em Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Custou um pouco o tour ter começado tão cedo! Chegamos lá às 5h e o nascer do sol era perto das 6… com a chegada de outros turistas percebi também o porquê. Quem chega fica mais à frente do lago, e as imagens, para tirar ao reflexo e ao nascer do sol, são melhores na primeira fila. Quem chega mais tarde e tenta passar à frente leva uma grande reprimenda. Não se metam com pessoas que acabaram de acordar e ainda nem há luz do sol 😀
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O complexo de Angkor foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO, em 1992. É considerada a maior estrutura religiosa já construída e um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo. A sua construção data dos séculos IX a XIII, época aurea do império Khmer.
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Ao entrar no complexo, a primeira coisa que se vê é o enorme portão de entrada, com as suas esculturas em pedra de guerreiros e deuses, que dão uma ideia da grandiosidade e importância do lugar. Depois, à medida que se caminha pelos caminhos e pelas ruínas, é possível ver o quão engenhosos foram os arquitetos Khmer, com seus terraços, torres e galerias que são um verdadeiro labirinto.
A grande atração é o Templo de Angkor Wat, o maior e melhor preservado templo dos que integram o Complexo. É considerado o ponto máximo do estilo clássico da arquitetura Khmer. Contextualizando um pouco, Angkor Wat foi a sede do império Khmer, que reinou entre os séculos IX e XV. Este império estendia-se pelo Camboja, Myanmar e Laos.
Com o passar do tempo, as disputas pela monarquia, os ataques vindos dos tailandeses e vietnamitas, o solo pobre em nutrientes e a falta de recursos hídricos, levaram ao colapso deste grande império.
No entanto, muitos dos seus templos e monumentos permaneceram e são hoje um ponto obrigatório para quem visita o Camboja.
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Existem várias maneiras de conhecer o complexo, seja de bicicleta, mota ou tuk tuk. Sendo uma grande extensão, repleta de história, sugiro que o faça com um guia.
Uma curiosidade acerca da construção destes templos assenta na antiga crença (textos sânscritos e khmers) de que os templos deviam ser organizados de modo a estarem em harmonia com o universo, ou seja, deveriam ser construídos de acordo com o sol e a lua nascentes, além de simbolizar as sequências temporais recorrentes dos dias, meses e anos.
O eixo central destes templos deveria também ser alinhado com os planetas, ligando assim a estrutura ao cosmos para que os templos se tornassem centros espirituais, políticos, cosmológicos, astronómicos e geofísicos. Incrível, não é?
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Com o abandono dos templos, depois do colapso da civilização Khmer, apenas um continuou a ser habitado por monges budistas, o grande templo de Angkor Wat. É considerado uma das obras mais incríveis da humanidade, repleto de baixos-relevos, onde é reconstituído o imaginário hindu (ao longo do século XIV o hinduísmo foi progressivamente dando lugar ao budismo).
Ao contrário da maioria dos templos do Complexo de Angkor, Angkor Wat está orientado para o oeste simbolizando o pôr do sol e a morte. Acredita-se que foi construído para ser o mausoléu do rei Suryavarman II.
Num fosso de mais de 5 km de comprimento e numa parede exterior de 3,6 km de comprimento, encontram-se três galerias retangulares, cada uma erguida acima da seguinte.
No centro do templo erguem-se cinco torres altas, que representam montanhas. A maior parte das paredes interiores estão decoradas com relevos que narram histórias dos livros clássicos hindus: Ramayana e Mahabharata.
Uma das características mais notáveis de Angkor Wat é a sua torre central, que se eleva a uma altura de mais de 65 metros. A torre é cercada por quatro torres menores, cada uma com mais de 40 metros de altura. As torres representam o Monte Meru, um pico sagrado na mitologia hindu.
Destaco também o templo Ta Prohm, que permanece ainda hoje envolvido por várias raízes de árvores, conferindo ainda mais exotismo e mística ao local.
Ta Prohm -Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Outra atividade inesquecível é ver o nascer ou o pôr do sol em Angkor Wat. Do alto dos 60 metros do Phnom Bakeng, um antigo templo hindu de Angkor Wat, vai ter uma vista de cortar a respiração. Contudo, sugiro que planeie bem para conseguir chegar cedo, uma vez que esta experiência é muito concorrida.
Existem também outras formas de apreciar o Complexo do alto, como por exemplo a partir das visitas turísticas de balão de ar quente, ou helicóptero.
Por falar em experiências que ficam na memória, já alguma vez recebeu uma bênção de um monge budista? Em Angkor Wat, pode dar uma pequena doação e um monge fará uma bênção num pequeno ritual característico.
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Algumas dicas para visitar Angkor Wat:
- Respeite os locais em que pode ao não entrar, pisar ou tocar;
- Vista-se respeitosamente, cobrindo os ombros e os joelhos:
- Se quiser fumar, comer ou beber, faça-o nas zonas destinadas a esse fim;
- Acorde cedo para tentar evitar as enormes filas para ver o nascer do sol, por exemplo;
- Proteja-se do calor e dos mosquitos;
- Faça a visita com um guia, já que Angkor Wat tem muita história e pormenores que certamente gostará de conhecer.
Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
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Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
Chegada ao nascer do sol Angkor Wat – Siem Reap – Camboja © Viaje Comigo
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