Em Zanzibar, na Tanzânia, a capital do arquipélago é, sobretudo, local de passagem de muitos turistas, mas aconselho-vos a ficarem lá um tempo e a pernoitarem, se possível. Stone Town (Cidade da Pedra, na tradução, ou Cidade Antiga) é um lugar histórico e muito importante para percebermos a cultura que lá vamos encontrar. Foi terra de passagem de muitos navegadores incluindo, claro está, dos portugueses. Cidade de especiarias, antigo mercado de escravos, um forte secular e um pouco de revivalismo vivido nos edifícios históricos. Há muito para descobrir. Conhecem Stone Town?
Só passei uma tarde em Stone Town, mas percebi logo que queria ter estado lá mais tempo. Devia pernoitar e quiçá viver mais um pouco o ambiente que existe nesta cidade. A arquitetura é uma mescla de edifícios vitorianos e portas árabes – muitos deles abandonados ou a precisar de obras, mas também outros entretanto recuperados. A cidade tem potencial, se for toda ela reabilitada!
Tal como muitas outras cidades, também aqui os portugueses deixaram algumas marcas na época dos Descobrimentos e Zanzibar também pertenceu ao pontos de passagem dos barcos que transportavam mercadorias.
Reza a História que Portugal teve aqui um domínio durante dois séculos, tendo perdido esse domínio para Omã. Seguiram-se, depois, os alemães e os ingleses na administração do território. Em 1963, Zanzibar ganha a independência e, em 1964, junta-se a Tanganyika formando o país que hoje conhecemos: a Tanzânia.
A primeira visão que tive de Stone Town, foi de um mercado (Darajani Market) com muita agitação e dos vendedores de rua, com banca ou os legumes perfeitamente alinhados, estendidos sobre o chão.
Alguns dos vendedores vão “chatear” os turistas, é certo! Quem está habituado a Marrocos e Turquia, terá maior facilidade em aceitar essa “arte” de dar conversa sem achar que estão a chatear… Mas, eu que estou habituada, tive de dar uma resposta mais assertiva a um deles que não me largava e estava já a falar a 20 cm da minha cara. Mas a maior parte são simpáticos e respeitam os limites da “segurança higiénica”.
“Compra qualquer coisa para me ajudares”. “Anda lá, tens de me ajudar”. “Vens de um país rico, tens de me ajudar”. São frases que muitos dizem para conseguirem que alguém lhes compre algo. E vêm atrás de nós alguns minutos se mostrarmos o mais pequeno interesse… nem que seja só olhar para o que têm em mãos. Um deles falava português e era de Moçambique, quando soube que éramos portuguesas desistiu. Ele sabe que não somos mais um país rico… há alguns séculos, pelo menos.
Mas, sim, vêm atrás de nós para venderem especiarias ou as peças de decoração em madeira. Normalmente vai ter de negociar tudo, mesmo nas lojas. Os preços pedidos são para turistas de países ricos, por isso, mesmo para os quadros podem perguntar se o preço é fixo e fazer uma proposta que considerem justa.
Como fui para Stone Town: a partir de Matemwe. Tínhamos um contacto de um táxi que nos levou até lá e combinámos uma hora de regresso, frente ao Museu do Freddy Mercury. Como éramos muitos, numa carrinha de 9 lugares, deu cerca de 8 euros, ida e volta por pessoa. O que é caro. Consegue-se mais barato. Mas, este fez outros serviços e uns compensaram outros.
O meu primeiro ponto de visita em Stone Town, foi o Antigo Mercado de Escravos, onde está a Catedral Anglicana, datada de 1870. Podem ler tudo sobre a história dos leiões de escravos, aqui. Este é um local onde está um catedral e uma mesquita, como vizinhas.
Nas ruas há vendedores ambulantes, onde vale a pena comprar os produtos locais. Trouxe o melhor caju torrado que já comi na minha vida e devia ter trazido mais! E houve quem provasse – e gostasse – do milho assado.
Fui dar umas voltas, depois de um almoço no típico Lukmaan, mais que famoso restaurante de Stone Town, com comida 100% tradicional de Zanzibar. Tem buffet e está sempre cheio. É comer e sair. O serviço é rápido e por isso é um entra e sai de clientela, que é incrível. Ao lado, tem outros cafés, geladarias e outros restaurantes. Tem muito por onde escolher.
Fomos passear pelo Dajarani Market onde se vende de tudo um pouco, desde especiarias, a comida (carne e peixe), roupas, decorações, etc. E cada uma das lojas tem o seu próprio negócio, desde o sapateiro, à costureira, ou dos chapéus de homens (kufi), etc.
MUSEU FREDDIE MERCURY
E, depois do Mercado, terminámos o passeio junto do mar, no forte, antes de passar pela entrada do museu Freddie Mercury que (infelizmente) não tive tempo de visitar. Foi inaugurado em 2019 e está aberto todos os dias das 10h00 às 18h00. Pode ver mais do museu, aqui.
O tempo voa numa visita a Stone Town… e fiquei algum tempo na praia a fotografar o típico domingo dos habitantes de Stone Town. O pôr do sol estava fantástico.
As meninas totalmente vestidas a passearem na praia. Os meninos a jogarem à bola e a nadarem, entre os barcos que ali estavam parados. Há um frenesim de passeio domingueiro, com famílias inteiras a passearem e crianças a correrem de um lado para o outro. É a forma que mais gosto de viver o ambiente dos locais. Parar e observar, simplesmente.
ANTIGO FORTE – OLD FORT
O antigo forte, erigido pelos árabes em redor de 1700, foi feito a partir de materiais de uma capela portuguesa e pedras de uma residência próxima, que foi sitiada durante o levantamento civil de 1753 e 1784. Este local já foi prisão e lojas de reparação dos caminhos de ferro Bububu Railway
Atualmente, tem inúmeras lojas e no interior do forte, e com vista para um anfiteatro onde um trio de dançarinos ensaiava uma coreografia, quando o visitei. Tem um espaço verde, com mais lojas e vista para as torres do antigo forte de Stone Town.
PODE TAMBÉM VISITAR EM STONE TOWN:
– Visitar a Prison Island
– Fazer a Spice Tour
– Visitar a House of Wonders (Beit el-Ajaib), um palácio de um sultão, de 1883, que é um museu.
– No St Monica Hostel – que não visitei – disseram-me ser possível visitar celas dos antigos escravos.
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