Num dos tours que fiz em Israel, fui até Ramallah, na Cisjordânia, considerada a capital administrativa da Palestina. O nome da cidade é quase sempre associado a conflitos entre israelitas e palestinianos, mas eu encontrei uma cidade com uma vida igual às outras, cheia de gente simpática, mas… limitada por um muro. Políticas à parte, no tour vamos conhecer o melhor de West Bank, que envolve também a passagem por Belém e Jericó.
Foi no Tour Best of West Bank, a partir de Jerusalém que fui até Ramallah, palavra que significa “Monte de Deus” e é o centro da Cisjordânia, que fica a cerca de 15 Km a norte de Jerusalém. E apesar de a Cidade Santa ser considerada a capital do Estado da Palestina, Ramallah é também vista como a capital da Autoridade Nacional Palestiniana, ou seja, onde funcionam serviços e representações diplomáticas.
Fui fazer o tour Best of West Bank, a partir de Jerusalém e uma das paragens do passeio foi em Ramallah. Não estivemos muito tempo por lá… cerca de duas horas – porque o tour passava por muitos locais – mas deu para passearmos pelo centro e vermos a vida do mercado tradicional. Não havia muitos turistas por ali, mas as pessoas na rua não se importavam nada que lhes tirássemos fotografias – pedia sempre autorização – e perguntavam de onde éramos, sendo que o grupo do tour tinha gente de todos os cantos do mundo.
Mas, a primeira paragem em Ramallah foi no mausoléu de Yasser Arafat, onde está o seu túmulo e tem um museu (mas não tínhamos tempo para o visitar) que pode ser visitado por quem tenha mais tempo. São 75 metros do portão ao túmulo… como os 75 anos que tinha quando morreu.
É possível visitar Ramallah indo de transporte público também, em vez de um tour – se perguntar no seu hotel dão-lhe as indicações. Vai ter controlo de passaporte e provavelmente algumas questões dos guardas, mas é algo que acontece diariamente, por isso, estão habituados.
Ah! Deixem-me dizer-vos que o guia que nos leva até ao primeiro posto de controlo (checkpoint) de saída de território Israelita é substituído por um palestiniano e é aí que entra o nosso guia a bordo. Saímos depois do autocarro turístico, para caminharmos no centro de Ramallah e vêem-se ao longe as torres enormes da Mesquita. Começámos a caminhar e vemos cadeias de restaurantes internacionais e norte-americanos, como KFC, por exemplo, e ruas e mais ruas de muito comércio.
Mais à frente, exploramos o mercado, que é uma agitação só. Há bancas de frutas e legumes, gomas e doces, roupas, artigos para casa e brinquedos, etc. Há de tudo um pouco. E fomos parando nas bancas e o guia – entre dezenas de cumprimentos, porque ele conhece toda a gente – foi comprando algumas frutas para o grupo provar.
E as provas dos produtos locais não páram no mercado! Atravessámos a rua, junto da rotunda onde a bandeira da Palestina está hasteada (chamam-lhe Praça Arafat), e entrámos numa confeitaria/padaria. O guia faz questão em nos levar à produção de bolos, nas traseiras (tive as imagens do pasteleiros a fazer os bolos no Instagram, mas alguém denunciou os vídeos como “sensíveis” e não ficaram publicados…). Saem dezenas de bolos daqui todos os dias (dizem-me que 100 a 150 bolos diariamente). Provámos uns frescos croissants recheados, com doce de ovos, morango e chocolate. Eram mesmo bons!
Os palestinianos aprenderam a ser muito cómicos com as suas limitações e, se ficar atento às lojas, há imensas imitações como o Stars & Bucks Café (em vez de Starbucks) e a Zara, numa pequena loja de beira de estrada. Gostaria de um dia voltar a Ramallah e ficar lá alguns dias.
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Tour Best of West Bank a partir de Jerusalém