Castelo Rodrigo - Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo Ciclo 12 em Rede - Aldeias em Festa - Castelo Rodrigo © Viaje Comigo
Publicado em Setembro 16, 2019

Festa e sabores de Castelo Rodrigo

Centro/ Portugal [ Aldeias Históricas de Portugal/ Castelo Rodrigo ]

O Ciclo “12 em Rede – Aldeias em Festa” passou pela Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, de 6 a 8 de setembro de 2019, com o tema “Cristóvão de Moura – Herói ou Vilão”. Foram três dias de gastronomia, encenações, provas, visitas, concertos e muita animação.

Encenação no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Encenação no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Veja o vídeo do evento com sabores de Castelo Rodrigo:

Toda a animação tinha entrada livre e durante todo o ciclo houve teatro, performances, visitas guiadas, jogos em família, música e concertos, workshops de gastronomia que, além de animarem esta que é uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal, deram a conhecer ingredientes e receitas desta região.

Flor de Escalhão - Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Flor de Escalhão – Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Durante a festa de Castelo Rodrigo, entre encenações e provas gastronómicas, o chef Álvaro Costa preparou uma refeição que espelha a gastronomia da região, com um prato de peixe, um de carne e uma sobremesa tradicional. Primeiro, foram servidas as migas de peixes do rio Côa, com barbo e carpa, e depois a feijoada de javali e enchidos da região. Para a sobremesa, as famosas Flores de Escalhão “com toppings de caramelo e licorosos da adega” de Castelo Rodrigo. “É uma forma de homenagearmos este belo território e esta forma de estar à mesa dos figueirenses”.

Feijoada de Javali - Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Feijoada de Javali – Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Feijoada de Javali - Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Feijoada de Javali – Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Durante o evento, também se podiam provar os bolinhos de amêndoa, de figo e avelã com amêndoa e ainda as amêndoas com diferentes sabores, desde torradas com chocolate, café, com gengibre, sementes de sésamo ou sal, caril ou ervas aromáticas.

Alheiras com Amêndoa - Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Alheiras com Amêndoa – Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Amêndoas - Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Amêndoas – Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Música no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Música no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Recentemente foi feito um levantamento da “Gastronomia Identitária das Aldeias Históricas de Portugal”, onde se conseguiu recolher as receitas que a população indicou como as mais identitárias da aldeia de Castelo Rodrigo. As informações que constam aqui abaixo são desse mesmo estudo:

“A população da região de Castelo Rodrigo sempre conheceu dificuldades na sua sobrevivência. Começando pela agricultura, referem os registos históricos que esta era pobre devido aos solos e ao clima muito duro, de Invernos frios cheios de geadas e Verões muito quentes e secos”.

“Nos terrenos xistosos e graníticos a par de um clima rigoroso, a agricultura é beneficiada. A pequena agricultura, com destaque para as hortas nas várias freguesias do concelho, permite a subsistência das populações. Apesar das dificuldades, Figueira de Castelo Rodrigo foi o mais importante centro de produção cerealífera do distrito da Guarda, sendo então considerado o celeiro da Beira”.

Castelo Rodrigo - Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Susana em Castelo Rodrigo – Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Visitas guiadas no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Visitas guiadas no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

“Mesmo castanheiros, pinheiros, sobreiros, choupos, freixos e mais algumas espécies em pequeno número. Salienta-se ainda a presença de algumas árvores de fruto como a figueira, macieira, pereira e pessegueiro, espalhadas pelas vinhas, de onde saem frutas de qualidade. Há ainda a oliveira e a amendoeira, uma das mais importantes riquezas do concelho. Na região de Barca de Alva, para além dos olivais nos socalcos, há muitos laranjais junto às margens do Douro e Águeda”.

“Em pleno Inverno florescem as amendoeiras, embelezando os campos e encostas de tons rosa e branco, apresentando paisagens únicas que merecem uma visita ao território.
Com o predomínio do minifúndio e a emigração, a agricultura e pecuária entraram em declínio, contudo ainda se produzem os cereais, fundamentalmente para forragens e alimentação dos gados, além das produções atrás referidas. A produção de mel é também muito importante na região, pois a sua composição assenta em floração silvestre: rosmaninho, alecrim e esteva”.

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo - Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo – Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

“Na agricultura de subsistência a produção de feijão frade, designado por “carrapato”. O “carrapato”, apanhado no final do Verão, e depois das vagens terem sido “peladas” e colocadas ao sol, em cima de panos, para acabarem de abrir, são malhados e limpos com a ajuda do vento e de um crivo. A criação de gado ovino e bovino tem uma significativa importância na produção de leite e de carne, a par da produção de lã (gado ovino)”.

“O leite de ovelha permite a produção de queijo de excelente qualidade, que infelizmente deixou de ser laborado no concelho, sendo recolhido por empresas queijeiras de outros concelhos, nomeadamente da serra da Estrela. O Concelho é, por natureza, uma zona privilegiada de caça, realizando-se regularmente montarias ao javali. As espécies mais comuns são o coelho, a lebre, a perdiz, o tordo, a rola e o pombo, sendo também já sinalizada a presença de corços, que ainda não podem ser abatidos.
Os recursos hídricos são cruciais para o desenvolvimento agrícola e pecuário do concelho que fica marginado pelos rios Côa, Águeda e Douro e atravessado pela ribeira de Aguiar. Com estes recursos a região é um óptimo local para a prática da pesca de espécies como o barbo, a boga, a enguia, o robalo e a truta”.

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo - Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo – Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

PRODUTOS EM DESTAQUE

Azeitona e azeite

“A produção de azeitona e azeite tem uma importância muito significativa na economia da região, pois há muitos hectares de olival e a qualidade é de excelência. Os custos associados ao cultivo e apanha são muito elevados, pois os terrenos são de relevo em declive e socalcos, em particular nas encostas dos rios que delimitam o concelho, pelo que a apanha se faz com a família, os amigos e os vizinhos – torna jeira”.

“As tarefas que envolvem a apanha da azeitona são praticamente as mesmas de antigamente: a ripa de azeitona para conserva; a vareja, a limpa e a prensagem nos lagares para a extração do azeite de finíssima qualidade. Os lagares tradicionais cujas mós eram movidas pela força animal ou pela força motriz da água – as azenhas – junto às ribeiras já se não encontram em laboração, sendo substituídos por lagares de linha directa com outras condições higiene-sanitárias e mais rentáveis”.

Cereais

“A produção dos cereais, em particular de trigo e de centeio, que tinha expressão significativa nas freguesias de Castelo Rodrigo, Escalhão, Figueira de Castelo Rodrigo, Mata de Lobos, Almofala, Vermiosa, Vilar Torpim e Vilar de Amargo, diminuiu drasticamente. Atualmente a produção resume-se ao cultivo de cevada, aveia e milho para alimentação dos gados”.

Amêndoa

“O microclima, a par dos solos xistosos de Barca de Alva e das encostas do rio Côa, potenciou o cultivo da amendoeira, favorecendo a criação de produtos de qualidade com características únicas. Nos meses de Fevereiro e Março, quando as amendoeiras florescem, as encostas parecem salpicadas de neve.
As amêndoas da região entram no circuito comercial, quer seja com casca quer seja em miolo, de diferentes variedades apresentadas separadamente. O seu aspecto tem que ser saudável: “inteiras, sãs, limpas, com cor, odor e sabor característicos, sem insectos, ácaros ou bolores”.
Existem três variedades principais no Douro: casanova (flores rosa-claro e grandes); parada (flores médias de pétalas brancas com base rosada) e verdeal (flores brancas com pétalas compridas e largas).
As amêndoas têm diversos tipos de utilização: a indústria de confeitaria absorve grande parte da produção (bombons, chocolates, nougats, torrão, bolos etc.). A amêndoa é também usada como aperitivo, podendo ser consumida em bruto, pelada, doce, salgada ou com azeitonas. Também os licores, as farinhas, os óleos (produtos cosméticos hidratantes e farmacêuticos, que permitem alívio de dores de ouvidos, o combate de frieiras, e que evitam a descamação da pele), são apenas algumas das outras aplicações da amêndoa”.

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo - Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo – Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Vinho

“A altitude é a palavra-chave que melhor define as características dos vinhos que aqui se pro- duzem, ou seja, vinhos brancos frescos, minerais e de grande exuberância aromática e vinhos tintos complexos, igualmente frescos e com aromas a especiarias e frutos vermelhos, resultan- tes de altitudes que variam entre os 300 e os 700 metros. Uma surpresa agradável para quem desconhece o que por aqui se produz.

Foi por volta do século XII que os monges de Cister habitaram o Mosteiro de Santa Maria de Aguiar e com o seu saber, iniciaram na região a cultura da vinha e a produção do vinho.

O clima continental é caracterizado por invernos agrestes e verões secos e quentes e grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite, potenciadas pela existência de barreiras naturais (montanhas) que protegem de ventos marítimos atenuantes das temperaturas. Nas zonas interiores a frescura noturna é um alívio para as uvas na sua fase final de maturação, que coincide com os meses quentes de verão; o arrefecimento noturno vai prolongar a maturação, equilibrar a acidez e conferir o carácter fresco e aromático aos vinhos da região.

Vinhos no Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Vinhos no Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Se o vinho é um reflexo da sua região de origem, é claro que não é somente afetado pelo clima local, mas também pelo solo onde as suas uvas foram cultivadas.
Um solo rochoso vai absorver calor durante o dia e conservar a temperatura à noite, contribuindo para uma boa maturação das uvas. Assim, solos de xisto, granito e cascalho, como os que existem na região da Beira Interior, são os mais propícios à produção de vinhos com carácter mineral. A agricultura que se pratica no território adaptou-se à orografia dos solos de planalto, sendo que as cotas de altitude se estendem desde o rio Douro, em Barca de Alva, com 142 m de altitude até aos 977 m da serra da Marofa.

As castas brancas predominantes na região são a Síria, Fonte Cal, Malvasia Fina, Rabo de Ovelha e Arinto e, nas castas tintas, a Rufete, Mourisco, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Delas sai o vinho, protegido pela lei que lhe deu a denominação de Região De- marcada da Beira Interior, Sub-Região de Castelo Rodrigo, com a produção de Vinho de Excelência.

Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Pinking – Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Há várias quintas particulares que também comercializam vinho e receberam prémios pela sua qualidade. A freguesia de Escalhão também tem uma área integrada na Região Demarcada do Douro, sendo os vinhos encaminhados para a Casa do Douro, onde atingem melhores preços. Para além das castas usadas, há aquelas que são recomendadas para esta região.

A presença de vestígios, como lagares cavados na rocha, é a confirmação da cultura da vinha e do vinho na época da ocupação romana. Na época medieval há também muitos registos em documentos que referem este tipo de produção (nas terras leonesas de Riba-Côa, Castelo Rodrigo, Almendra, Castelo Melhor).
De destacar ainda um fenómeno recente mas muito particular e interessante: O Vinho Pinking.
O Pinking teve origem num trabalho de investigação de mestrado em Enologia, tem pedido de patente registada e foi lançado pela Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo a 7 de julho de 2017. O que se pensou inicialmente ser um “defeito” de produção, afinal deu origem a uma “nova categoria de vinho única no mundo”.

Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Provas na Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Vinhos da Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo © Viaje Comigo

Mais produtos em destaque:
• Amêndoa
• Pão de Escalhão
• Amêndoa
• Borrego da Marofa
• Enchidos
• Doce de Figo
• Azeite
• Mirtilo
• Mel
• Vinho Pinking
Há ainda a produção de Vinho DOP e IGP já documentado e reconhecido.

Ervas Aromáticas

• Rosmaninho (Arçã, Aranha, tomelo, tomilho burro, tomilho branco)
• Hipericão (erva-de-são-joão, Mifurada, Piricão)
• Erva-peixeira (Alecrim-do-rio, Hortelã-crespa, hortelã da ribeira, Hortelã-dos-campos, Hortelã-dos-pântanos, Menta-peixeira)
• Espargos (Corruda-menor, Aspárago-Silvestre-menor, Espargo)
• Alecrim (Romeiro, Rosmaninho, Alecrim-de-jardim)
• Funcho (Fiolho, fiolhó, Funcho amargo, Funcho bravo, Erva doce)
• Erva-de-são-roberto (São Roberto, Chá de São Roberto, Erva-roberta)
• Norça (Hedra, Briónia)
• Carqueja (Carqueija, Flor de carqueija, Querqueijeira)
• Erva-cidreira (Melissa, Limonete, chá-de-França)

Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Confecção do almoço comunitário, no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Confecção do almoço comunitário, no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

PRATOS EM DESTAQUE

Entradas
• Bolinhos de Polvo ou Polvo Frito
• Bolinhos de Bacalhau
• Postinhas (Pataniscas) de Bacalhau
• Punheta de Bacalhau
• Peixinhos do Rio em Cebolada
• Chouriça Assada
• Chouriça d’Ossos com Grelos
• Morcela Doce de Escalhão
• Torresmos de Matança (Redanho)
• Buchos (de Porco Recheados);
• Queijos de Ovelha e Cabra
• Morcelas
• Farinheiras e Fumeiros
• Queijo Fresco de Ovelha Churra c/ Mel
• Orelha Grelhada na Brasa
• Torradinhas de Unto
• Torradinhas de Azeite
• Torta de Espargos Selvagens
• Azeitonas Curtidas das Súcias – Azeitonas talhadas

Caldos
• Caldo de Cozido de Porco
• Caldo de Couves
• Caldo de Feijões c/ Hortaliça
• Caldo de Chícharos ou Feijão Frade
• Caldo de Cornos ou Cornizóis
• Caldo de Gravanços
• Caldo de Nabiças
• Caldo de Feijão-verde
• Canja de Perdiz
• Sopa das Ladeiras
• Migas d’Alho
• Migas de Peixe do Rio
• Migas de Tomate
• Migas de Bacalhau à Pastora
• Migas do Caldeiro de Cobre

Saladas
• Salada de Chícharos
• Salada de Azedas c/ Laranja
• Salada do que Há
• Salada de Merujes
• Salada de Beldroegas
• Salada de Agrião
• Salada de Laranja Peixes
• Polvo em Salmoura na Lareira
• Lagarada de Bacalhau ou Tibornada
• Carpa Assada à Beira Rio
• Sardinha no Pão Nosso
• Barbo na Brasa
• Bogas com Batata
• Escalo em Cebolada

Carnes
• Borrego Assado à Antiga
• Vitela à Santos
• Arroz de Lebre
• Coelho na Panela de Ferro
• Perdiz estufada do Monte
• Perdiz com Lombarda
• Javali das Arribas
• Fritada de Tordos
• Arroz de ‘Borracho’ (pombo)
• Almôndegas de Lebre
• Arroz de Espigos com Fumeiro (chouriças de osso e carne, farinheiro, morcela)

Restaurante Arco-Íris em Figueira de Castelo Rodrigo - Portugal © Viaje Comigo

Prato de borrego na grelha – Restaurante Arco-Íris em Figueira de Castelo Rodrigo – Portugal © Viaje Comigo

Ciclo 12 em Rede - Aldeias em Festa - Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Ciclo 12 em Rede – Aldeias em Festa – Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Doçaria
• Tarte de Gravanços
• Bolo de Ovos
• Requeijão c/ doce de Abóbora e Amêndoa
• Aletria e Arroz Doce
• Pudim e Gelado de Azeite

Bolas e Pão
• Bola doce
• Bola de Sardinha
• Bola de Bacalhau
• Bola de Carne
• Bola de Azeite
• Bola Morta ou Tosca
• Pão Grande em Forno de Lenha (Pão de Escalhão)
• Molete ou papo-seco

Exemplo de Boas Práticas:
Bolachas artesanais “Enamoradas”, entretanto, extinto, mas que se revela um importante exemplo de interpretação e inspiração nos produtos endógenos de Castelo Rodrigo. Sabores que foram trabalha- dos e comercializados:
• Amêndoa;
• Mel e Sal;
• Amêndoa e Queijo de Ovelha
• Noz e Queijo de Ovelha
• Queijo de Ovelha e Mel
• Arroz Doce
• Tomate Especiarias e Queijo
• Farinheira e Mel
• Azeite, Alho e Salsa
• Cebola e Mel
• Vinho do Porto, Passas e Amêndoa.

PRODUTOS GASTRONÓMICOS DIFERENCIADORES
• Borrego da Marofa

PROMOÇÃO GASTRONÓMICA
– Festival do Borrego da Marofa
– Festival das Sopas e Migas de Figueira de Castelo Rodrigo
– Festa da Amendoeira em Flor

RECEITAS DA REGIÃO

Arroz de Borracho (Pombo)

Ingredientes:
1 pombo bravo, arroz, cebola, azeite

Modo de preparação
Coze-se o pombo. Desossa-se e aproveita-se a água. Faz-se um refogado com a cebola e azeite e deita-se-lhe o pombo, mexe-se bem e adiciona-se a água coada por um pano. Quando ferver, junta-se o arroz e rectificam-se os temperos. Tapa-se e coze durante alguns minutos. Retira-se, deita-se num tabuleiro e vai ao forno a alourar.

Arroz de Lebre

Ingredientes:
1 lebre, cebola, azeite, sal, vinho tinto, ervas aromáticas, água, arroz

Modo de preparação:
Faz-se um refogado com a cebola e o azeite. Deita-se a lebre, o sal, as ervas aromáticas e o vinho tinto. Quando a lebre está quase guisada, junta-se a água, tempera-se de sal e deixa-se ferver bem. Por último deita-se o arroz. Tapa-se o tacho e coze durante 15 ou 20 minutos. Serve-se malandro.

Castelo Rodrigo - Portugal © Viaje Comigo

Castelo Rodrigo – Portugal © Viaje Comigo

Arroz de grelos com fumeiro

Ingredientes:
1 k g de borrego, sal, pimenta, 1 cabeça de alhos, 1 folha de louro, 5 dl de vinho verde tinto, 1 cebola, 2 colheres de sopa de manteiga, 2 colheres de sopa de azeite, 300 g de arroz

Modo de preparação:
Corte o borrego em pedaços pequenos, tempere com sal e pimenta e deixe a marinar, de um dia para o outro, com os alhos e o louro, cortados em bocadinhos, e o vinho verde tinto.
Pique a cebola e aloure-a com a manteiga e o azeite, na panela de pressão. Escorra os pedaços de borrego da marinada e junte à cebola. Aloure-os de todos os lados. Regue com a marinada e adicione um pouco de água, de forma a cobrir a carne. Tape a panela e deixe cozer cerca de 30 minutos após levantar pressão.
Abra a panela quando a pressão já tiver escapado, rectifique o sal e acrescente água de forma a perfazer 3 vezes o volume do arroz. Assim que levantar fervura, junte o arroz, tape sem ser hermeticamente e deixe cozer, sobre lume brando durante cerca de 10 minutos.
Espere 5 minutos antes de servir.

Bola de Azeite

Ingredientes: 1 kg de farinha, 40 g de fermento de padeiro, 1 colher de sopa de sal, 10 a 12 ovos, 2,5 dl de azeite, 1 cálice de aguardente

Modo de preparação:
Dissolve-se o fermento num pouco de água tépida (1 chávena) Peneira-se a farinha com sal para um alguidar e faz-se uma cova no meio onde se deita o fermento. Mexendo em círculo, mistura-se o fermento com alguma farinha. Começam então a juntar-se os ovos, amassando. Ao décimo ovo, junta-se o azeite morno e a aguardente. Os restantes ovos só se adicionam se a massa os absorver. Considera-se que a massa está bem amassada quando se desprender do alguidar, não se agarrar às mãos e apresentar pequenas bolhas. Não deve ficar dura. Polvilha-se com um pouco de farinha, protege-se com um pano e põe-se a levedar em local temperado. Quando a massa tiver dobrado de volume, divide-se em porções. Estas quantidades dão geralmente dois bolos, que podem ser moldados em dois formatos: passam-se as mãos por azeite, moldam-se em bola e colocam-se em tabuleiros ligeiramente untados. Depois, sempre com as mãos untadas, com os dedos puxa-se a massa no cimo da bola de massa. Esta é a maneira de tender em Fornos de Algodres.
O outro modo consiste em achatar a bola de massa dando-lhe uma forma oval, dobrando-a ao meio, sem unir as beiras, deixando uma margem. Fica assim em forma de meia-lua.

Nota: A massa deve ficar bem amarela, efeito conseguido pela grande quantidade de ovos usada. A imprecisão da quantidade deve-se ao facto de no passado apenas serem usados ovos caseiros, de calibragem irregular. Esta bola é consumida na Beira Alta durante a época da Páscoa.

Bola de bacalhau

Ingredientes: Para 10 kg de trigo: 10 kg de farinha de trigo; 7 L de água; 100g de sal; 2 kg de massa velha.

Modo de preparação:
Massa: juntar os ingredientes e esperar entre 2 a 3 horas dentro das caixas de levedação; Fazer pequenos empelos (bolas) do peso desejado; Levedar em telas durante mais 1 hora e cozer entre os 200 a 220 oC entre 35 a 60 minutos, dependendo do tamanho. Será guardado dentro da caixa de levedação massa para servir de levedura para o dia seguinte.

Outra versão:
Ingredientes:
500 g de farinha; 5 g de fermento de padeiro; 1 colher de chá de sal; 100 g de margarina; 3 cebolas grandes;
5 dl de azeite; 2 boas postas de bacalhau; azeite para untar

Modo de preparação:
Peneira-se a farinha para um alguidar, junta-se o fermento de padeiro desfeito num pouco de água morna, onde se diluiu o sal, e trabalha-se tudo de modo a obter uma massa dura. Adiciona- se depois a margarina amolecida, a pouco e pouco, e amassando. Quando a massa se desprender das mãos e do alguidar e fizer bolhas, está pronta. Polvilha-se com um pouco de farinha, tapa-se com um pano e embrulha-se num cobertor. Põe-se a levedar em local temperado durante cerca de 1 hora ou até a massa dobrar de volume.

Entretanto, picam-se muito grosseiramente as cebolas e deitam-se num tacho com o azeite. Juntam-se as postas de postas de bacalhau demolhado, sem peles e sem espinhas e feitas em lascas. Deixam-se cozer até o bacalhau estar macio.
Quando a massa estiver levedada, retiram-se cerca de dois terços da porção e põe-se esta massa num tabuleiro untado com azeite. Este tabuleiro deverá medir cerca de 40 cm x 30 cm. Molham-se as mãos em azeite e começa-se a esticar a massa de modo a cobrir o fundo e as paredes do tabuleiro. Dispõe-se por cima o recheio de bacalhau e cebolas e cobre-se com a restante massa esticada. Puxam-se os lados da massa sobre a parte de cima e dobram-se as pontas unindo a massa para não deixar escapar o recheio. Unta-se toda a superfície da bola com mais azeite e leva-se a cozer em forno bem quente.
Esta bola deve ficar muito baixa, não devendo atingir mais do que 3 cm de altura.

Bola de Carne

Ingredientes:
9 ovos, 50 g de fermento de padeiro, água morna, 1 kg de farinha, 1,5 l de azeite, sal, carnes guisadas (vitela, febra, frango) ou chouriça, bacon e fiambre

Modo de preparação:
Desfaz-se o fermento na água morna com o sal. Juntam-se os ovos e misturam-se bem. Depois deita-se a farinha e o azeite quente. Amassa-se muito bem até a massa se despegar das mãos. Depois divide-se a massa em duas partes, sendo aquela que vai forrar o tabuleiro um pouco maior. Forra-se a forma e recheia-se com as carnes. Cobre-se com a restante massa e deixa-se fintar. Pincela-se por cima com gema de ovo e vai ao forno a cozer cerca de hora e meia em forno médio (180o). A meio da cozedura baixa-se o lume para 140o.

Bola de sardinha

Ingredientes:
Massa de broa de milho (q.b.), 6 Sardinhas médias, azeite (q.b.), cebola (q.b.), sal (q.b.)

Modo de preparação:
Pique a cebola para uma taça.
Junte um pouco de azeite e um pouco de sal.
Misture tudo com as mãos.
Com um pedaço de massa de broa de milho, já levedada, conforme a quantidade de bolas que se queira fazer, junte o preparado à massa e coloque as sardinhas no meio.
Tenda e coloque no forno de lenha.
Bata ligeiramente a face superior da bola com a pá do forno e deixe cozer.
Quando estiver cozida, retire do forno e sirva quente.
Nota: É costume fazer a bola de sardinha quando se coze a broa.

Porta do Sol - Castelo Rodrigo - Portugal © Viaje Comigo

Porta do Sol – Castelo Rodrigo – Portugal © Viaje Comigo

Borrego Assado no forno / na brasa

Ingredientes:
1 perna de borrego com cerca de 1,2 kg, 1 kg de batatas pequenas, 4 dentes de alho, 1 folha de louro, 1 colh. de sobremesa de colorau, 1 cebola grande, 2,5 dl de vinho branco, 1 malagueta média, 1 dl de azeite, sal

Modo de preparação:
Elimine todas as gorduras da carne, lave sob água corrente e deixe escorrer. Ponha a perna de borrego num alguidar e tempere-a com sal, os alhos pisados, a folha de louro partida em pedacinhos, o colorau, a malagueta aberta ao meio, o azeite e o vinho. Envolva bem todos os ingredientes. Deixe a marinar no frigorífico, de um dia para o outro, virando ocasionalmente.
No dia seguinte, corte a cebola às rodelas e coloque-as no fundo de uma assadeira de barro. Disponha por cima a perna de borrego e regue com a marinada. Descasque as batatas, lave-as e coloque-as na assadeira, inteiras. Leve ao forno, previamente aquecido a 160 °C, e deixe assar durante 2 horas, coberto com papel de alumínio.
Findo este tempo, retire o papel de alumínio e deixe ganhar cor, com o forno a 180 °C, durante mais 30 minutos. Sirva de imediato, com salada de alface.

Cabrito estufado

Ingredientes:
Cabrito, vinho branco, sal, louro, alho, cebola, azeite, picante, colorau

Modo de preparação:
Faz-se um refogado com a cebola e o azeite. Deita-se o cabrito temperado de sal e os restantes temperos. Cobre-se de vinho, tapa-se e deixa-se estufar. Serve-se com batatas cozidas.

Esquecidos

Modo de preparação:
Misturam-se os ovos com o açúcar e batem-se bem. Adiciona-se a farinha, o sal, o fermento e água suficiente para amassar. Seguidamente deixa-se levedar e tendem-se bolas que vão a cozer em forno de lenha. A temperatura do forno tem influência no aspecto final do produto.

Flor de Escalhão

Ingredientes:
Ovos, Farinha, Leite, Açúcar, Canela, Sal

Modo de preparação:
As flores são feitas com massa de farinha de trigo com abundância de ovo, leite e aromatizado com canela. As flores são feitas com um molde de ferro que lhes dá sua forma barroca característica. O molde é aquecido em óleo a ferver e depois embebidas na massa. De seguida a massa frita até atingir a sua cor castanho dourado e o molde é removido. Deixa-se arrefecer e, depois de alguns minutos, as flores são acabadas com açúcar polvilhado canela.

Fritada de Tordos

Modo de preparação:
Passarinhos são limpos, abertos ao meio, temperados com sal grosso e postos a repousar. Fritam-se em azeite, retiram-se e faz-se no mesmo azeite um refogado com cebola e presunto; junta-se louro, canela, pimenta e malagueta e juntam-se os tordos fritos para acabarem de cozinhar. Numa receita, cobrem-se de água, noutra de vinho branco e pedaços de limão, usados para marinar os pássaros.

Migas de peixe à Barca de Alva

Ingredientes:
Erva peixeira (apanha-se nos rios), peixe do rio (barbo), cebola, azeite, alho, batatas, pão, sal

Modo de preparação:
Coze-se o peixe e encolhem-se as espinhas. Põe-se a água no tacho, deitam-se batatas partidas miúdas. Junta-se o peixe. Faz-se um refogado com cebola, azeite, bastante alho e picante e mistura-se ao peixe. Junta-se pão desfeito e ovos batidos. Por fim junta-se a erva peixeira. Deixa- se ferver um pouco e serve-se quente.

Papas de milho

Ingredientes:
Arroz, leite, açúcar, papas de milho (sêmola)

Modo de preparação:
Deita-se o arroz em primeiro lugar em água, até abrir. Depois juntam-se as papas, bem lavadas, colher a colher e deixa-se cozer bem. Junta-se o açúcar pouco ante de retirar do lume. Deixam-se ferver bem. Se necessário junta-se mais um pouco de leite.
Nota: Serviam-se nas merendas das ceifas e outras atividades agrícolas de grupo.

Caldo de gravanços

Ingredientes:
Gravanços (grão), água, sal, batata, cebola, macarrão, azeite

Modo de preparação:
Cozia-se o gravanço com a água, o sal e a cebola. Juntavam-se as batatas aos cubos. Depois, quando o caldo estava quase pronto, juntava-se o macarrão.
Nota: Este prato era servido em ceifas e malhas.

Caldo de nabiças

Ingredientes:
Nabiça – 1 molho; Carne de porco – 250 gr; Farinha de milho – 3 colheres de sopa; Azeite – 1 fio; Sal q.b.

Modo de preparação:
Cozer a carne de porco previamente salgada. Quando estiver cozida deitam-se as nabiças cortadas às tiras fininhas e deixa-se cozer um pouco. Por fim, desfaz-se em água a farinha de milho peneirada e deita-se no caldo, deixa-se levantar fervura e temperar com sal e um fio de azeite.

Bola morta ou tosca

Ingredientes:
Meio copo de azeite, água, 1 kg de farinha, sal
Modo de preparação:
Amassa-se tudo e tende-se. Vai ao forno durante meia hora. Deve ficar branca por fora.

Bolinhos de amêndoa (carriços e almendrados)

Ingredientes:
500 g de açúcar, 500 g de miolo de amêndoa, 4 claras de ovo

Modo de preparação:
Batem-se as claras em castelo e junta-se o açúcar. Bate-se até ficar consistente. De seguida junta-se a amêndoa lascada. Polvilha-se o tabuleiro com farinha e dispõe-se a massa em montinhos. Vai ao forno.

Bolos de Ovos

Ingredientes:
10 kg de farinha, 10 dúzias de ovos, 0,5 l de azeite, aguardente a gosto, manteiga a gosto

Modo de preparação:
(bolos de quilo; por cada quilo de farinha devem-se usar 12 ovos)
Comem-se com queijo ou chouriça na Páscoa.
Partem-se os ovos para um tacho e junta-se a manteiga, meio litro de azeite e aguardente a gosto. Mexe-se tudo muito bem até desfazer os ovos. Amorna-se a mistura um pouco para a massa ficar melhor. Mistura-se um pouco de fermento caseiro com fermento de compra com sal e mexe-se. Junta-se à farinha. Junta-se o preparado dos ovos. Amassa-se até fazer bolhas. Deixa-se fintar mais de duas horas. Depois fazem-se bolas de massa, estendem-se e dobram-se o meio. Levam-se ao forno do pão a cozer cerca de meia-hora.
Nota: Com esta massa podem-se fazer bolas de presunto ou sardinhas. Basta colocar estes ingredientes nas circunferências de massa e dobrar.

Bolos de Amêndoa

Ingredientes:
1 kg de amêndoa, 1 kg de açúcar, 10 ovos, aguardente, farinha q.b.

Modo de preparação:
Pela-se a amêndoa e torra-se. Passa-se pela picadora. Batem-se os ovos e o açúcar, deita-se a amêndoa e a farinha (não deve ficar muito rijo). Tendem-se com uma colher para dentro de um tabuleiro. Os bolos vão ao forno cerca de 15 minutos (lume médio).

Biscoitos de Escalhão

Ingredientes:
40 ovos, 1 kg de açúcar, 1 l de azeite, 1 copo de aguardente, 5 kg de farinha

Modo de preparação:
Batem-se os ovos com o açúcar, muito bem batidos. Deita-se o leite e a aguardente e por fim a farinha. Depois “fingem-se” (moldam-se) com a mão, dando-se-lhes uma forma comprida. Vão ao forno durante meia hora.

Nota: A forma de “fingir” é o segredo. Nem todas as pessoas conseguem fazer estes biscoitos bem feitos. Devem ficar baixinhos e com o exterior muito branco.

Aletria

Ingredientes utilizados:
Ovos, água, açúcar, aletria, uma pitada de sal, casca de limão, manteiga e canela.

Modo de preparação:
Numa caçarola, colocar a água q.b., a manteiga, o sal e a casca de limão. Levar ao lume até ferver. Juntar a aletria “desmanchada” e deixar cozer. Depois de cozida, juntar o açúcar e deixar ferver. Separar as gemas da clara, bater as gemas e juntá-las ao preparado anterior, mexendo sempre. Depois de levantar fervura, deixar cozer durante, cerca de dois minutos. Retira-se do lume, retirando-se, também, a casca do limão, coloca-se em travessa funda e deixa-se arrefecer. Polvilha-se com canela a gosto.

Saber fazer: Os ovos devem ser, de preferência, caseiros, as claras devem ser bem separadas das gemas e estas devem ser bem batidas, antes de se juntarem ao preparado. O açúcar pode juntar-se em frio, ou, conforme o enunciado na receita

Vista para Figueira de Castelo Rodrigo - Portugal © Viaje Comigo

Vista para Figueira de Castelo Rodrigo – Portugal © Viaje Comigo

Palácio de Cristóvão de Moura - Castelo Rodrigo - Portugal © Viaje Comigo

Palácio de Cristóvão de Moura – Castelo Rodrigo – Portugal © Viaje Comigo

Arroz doce

Ingredientes utilizados:
Ovos, de preferência caseiros, água, açúcar, arroz, uma pitada de sal, casca de limão e manteiga.

Modo de preparação:
Numa caçarola, colocar a água, a manteiga, o sal e a casca de limão. Levar ao lume a ferver. Juntar o arroz e deixar cozer. Depois de cozido o arroz, juntar o açúcar e deixar ferver. Separar as gemas da clara, bater as gemas e juntá-las ao preparado anterior, mexendo sempre. Depois de levantar fervura, deixar cozer durante cerca de dois minutos. Retira-se do lume, retira-se a casca do limão e coloca-se em travessa funda e deixa-se arrefecer. Polvilha-se com canela a gosto. Saber fazer: Os ovos devem ser, de preferência, caseiros, as claras devem ser bem retiradas das gemas e estas devem ser bem batidas, antes de se juntarem ao preparado. Atualmente, utiliza-se o arroz “carolino”.

Súplicas

Ingredientes:
1 kg de açúcar, 18 ovos, farinha q.b.

Modo de preparação:
Batem-se os ovos com o açúcar e depois junta-se a farinha até a massa ficar boa para moldar. Fazem-se à colher para uma lata ou tabuleiro de alumínio e vai ao forno com lume médio.

Teatro no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Teatro no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

A festa só acaba em dezembro!

O ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa 2019” só termina em dezembro! Depois de Castelo Rodrigo, a festa vai até Castelo Mendo, nos dias 27 e 28 de setembro; Trancoso, de 11 a 13 de outubro; Idanha-a-Velha, de 1 a 3 de novembro; Monsanto, de 8 a 10 de novembro; Almeida, nos dias 29 e 30 de novembro; e Belmonte, de 27 a 30 de dezembro.

Sobre a Rede das Aldeias Históricas de Portugal

Perdidas entre montes e vales da verdejante paisagem do interior de Portugal, repletas de lendas e castelos, sabores e tradições, há 12 singelas aldeias onde apetece perdermo-nos, para nunca mais nos encontrarmos. Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso: as Aldeias Históricas de Portugal, um destino que são 12, são paraísos escondidos que nos levam numa viagem ao tempo de reis e rainhas, épicas e infinitas batalhas que escreveram a História como a conhecemos hoje.

Viajar até às Aldeias Históricas de Portugal é, assim, descobrir a História de um país de temerários conquistadores, através das pedras das suas calçadas e das suas frondosas muralhas e castelos, orgulhosa e imponentemente erguidos. É, ainda, a garantia de momentos inesquecíveis de lazer, aventura e descoberta, temperados com os inigualáveis aromas e sabores da região, que compõem a sua típica gastronomia. No território das Aldeias Históricas de Portugal há um sem fim de trilhos para caminhadas e percursos de bicicleta e BTT – como a Grande Rota 22 (GR), a maior rota de Walking & Cycling em Portugal, com cerca de 600 km.

As Aldeias Históricas de Portugal são o primeiro destino em rede – à escala mundial –, e o primeiro destino nacional a receber a certificação BIOSPHERE DESTINATION.

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo - Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

Susana Ribeiro em Castelo Rodrigo – Aldeia Histórica Portugal © Viaje Comigo

©Aldeias Históricas Portugal

©Aldeias Históricas Portugal

Música no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

Música no âmbito do Ciclo 12 em Rede em Castelo Rodrigo © Aldeias Históricas de Portugal

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