Vindima na Casa Cadaval - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo Vindima na Casa Cadaval - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo
Publicado em Setembro 5, 2018

Apresento-vos Fernão Pires, a mais expressiva casta dos vinhos do Tejo

Portugal [ Santarém/ Vinhos ]

Na semana passada, fui passar um dia a Santarém, para ficar a conhecer melhor a casta Fernão Pires, a mais expressiva casta dos vinhos do Tejo. Durante um dia, fiquei a conhecer melhor a região vitivinícola do Tejo, fiz vindima, pisei as uvas, provei os vinhos – de vários produtores locais – degustei os petiscos locais, provei um sorvete feito de uvas e fiz um passeio de barco no rio Tejo. Se quiser também se pode juntar às vindimas da Casa Cadaval. Vejam o vídeo com todas as atividades, deste dia especial, em Santarém:

SORVETE DE FERNÃO PIRES, COM A PASCOALINI GELADARIA

E antes que o verão acabe – e as uvas locais também – prove o novo sorvete artesanal da geladaria Pascoalini, feito com uvas da casta Fernão Pires. O sorvete tem o sabor da uva e ainda se sentem os pedacinhos da grainha, deixados propositadamente, para que se sinta o verdadeiro sabor da fruta. É um sorvete de uva, com cerca de 35% de Fernão Pires do Tejo, misturado com água, limão, açúcar e dextrose.

O sorvete “Fernão Pires do Tejo” já está à venda nas lojas da Pascoalini, em Santarém, Lisboa e Almeirim, e também nas suas motos de street food. É uma edição especial, dada a sazonalidade do produto que lhe dá origem. Por essa razão, estará disponível apenas na época das vindimas, ou seja, durante os meses de setembro e outubro.

Lojas Geladaria Pascoalini
Lisboa: Rua da Palmeira, 2
Santarém: Avenida Andaluz, 19A
Almeirim: Mercado Municipal de Almeirim

Sorvete de Fernão Pires - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Sorvete de Fernão Pires – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

CASTAS NA REGIÃO: DESTAQUE PARA FERNÃO PIRES

Principais Castas Tintas
Touriga Nacional, Trincadeira, Castelão, Alicante Bouschet, Syrah, Cabernet Sauvignon e Aragonês.

Principais Castas Brancas
Fernão Pires, Arinto, Verdelho, Alvarinho, Chardonnay e Sauvignon Blanc.

De facto, Fernão Pires é a casta mais expressiva da Região Vitivinícola do Tejo, sendo amplamente utilizada na produção de vinho branco, a solo ou em lotes.
No copo apresenta-se jovem, de aroma frutado e floral, tem uma acidez média que permite a distinção dos vinhos pela sua frescura. É extremamente versátil já que está presente na composição de vinhos brancos, frisantes e licorosos, e nas colheitas tardias desta região vitivinícola.

Fernão Pires é uma casta autóctone portuguesa, conhecida também como Maria Gomes, Gaeiro e Molinho, noutras regiões.
– É a casta branca mais cultivada em Portugal.
– Apresenta maior incidência nas Regiões do Tejo e da Bairrada.
– 7% da área de vinha nacional :: cerca de 13.700 hectares.
– Representa 30% do encepamento da região: 3.750 hectares, num total de 12.500 hectares de vinha.
– Na reestruturação das vinhas do Tejo foi a casta mais plantada: 350ha, num total de 1500 hectares.

Vindima na Casa Cadaval - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Vindima na Casa Cadaval – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Vindima na Casa Cadaval - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Vindima na Casa Cadaval – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Pisa de uvas e Vindima na Casa Cadaval - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Pisa de uvas na Casa Cadaval – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

A COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL DO TEJO

Surgiu em novembro de 2008, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) – tendo sucedido à Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo – que acompanha a produção e o comércio do setor vitivinícola da região e representa mais de 80 associados, entre adegas cooperativas, produtores e engarrafadores, empresas vinificadoras e engarrafadores da região.

“A sua competência consiste em controlar o cumprimento das regras e a certificação dos vinhos brancos, rosés, tintos, espumantes, licorosos e vinagres produzidos na região com direito a Denominação de Origem do Tejo (DO do Tejo) e a Indicação Geográfica Tejo (IG Tejo). Todos os vinhos certificados pela CVR Tejo têm o selo de garantia ‘Tejo’ no rótulo”, explica a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, presidida por Luís de Castro.

Vindima na Casa Cadaval - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Vindima na Casa Cadaval – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

HISTÓRIA DA REGIÃO DO TEJO

Esta região vitivinícola, situada em redor do rio Tejo, tem uma longa história na arte de produzir vinho. Tão longa que pode remontar a 2000 a.C., quando os Tartessos iniciaram a plantação da vinha junto às margens do Tejo.
Algo só interrompido, em 1765, com uma ordem imposta por Marquês de Pombal, que fazia desaparecer as vinhas dos campos locais.

As fronteiras da região são delimitadas por Tomar, Ferreira do Zêzere, Sardoal e Mação, a norte; Abrantes, Chamusca, Alpiarça e Almeirim, a este; Torres Novas, Alcanena, Rio Maior, Cartaxo e Azambuja, a oeste; e Coruche e Benavente, a sul.

Passeio de barco - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

O TEJO VITIVINÍCOLA EM NÚMEROS

Área de vinha: 12.500 hectares
Área registada como ‘DO do Tejo’: 2.500 hectares
Área registada como ‘IG Tejo’: 5.000 hectares
Produção anual: 60.000.000 de litros (produção média de 3.000/ha)
DO do Tejo: Rendimento máximo limitado a 8.000 litros/ha para vinho tinto e 9.000 litros/ha para vinho branco
IG Tejo: Rendimento máximo limitado a 22.500 litros/ha para vinho tinto e branco
Crescimento da certificação de vinhos entre 2016/2017: 10,9%
Crescimento nas vendas em volume no mercado nacional entre 2016/2017: 14,3%
Crescimento nas vendas em valor no mercado nacional entre 2016/2017: 17,7%
Exportação
Peso das exportações nas vendas em 2017: 33%
Mercados estratégicos: Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos da América, Polónia e Reino Unido
Crescimento das exportações para os 6 mercados estratégicos 2016/2017: 20,3%

Passeio de barco no Tejo - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco no Tejo – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

VINHOS DA PROVA COM CASTA FERNÃO PIRES (realizaram-se na Adega da Casa Cadaval)

– Padre Pedro branco 2017 – Casa Cadaval
– Nana branco 2017 – Quinta da Lapa
– Falua 2 Castas branco 2017 – Falua
– Lagoalva Talhão 1 branco 2017 – Quinta da Lagoalva
– Quinta S. João Batista Reserva branco 2017 – Enoport
– Bridão Reserva branco 2015 – Adega do Cartaxo
– Casal Branco branco 2017 – Quinta do Casal Branco
– Varandas branco 2017 – Adega de Almeirim
– 1836 Grande Reserva branco 2016 – Companhia das Lezírias
– Quinta da Alorna Colheita Tardia branco 2015 – Quinta da Alorna

Vinhos da Região Vitivinícola do Tejo em prova. Foto © Gonçalo Villaverde

Vinhos da Região Vitivinícola do Tejo em prova. Foto © Gonçalo Villaverde

CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO

Clima
É moderado, com temperaturas médias que variam entre os 15 e os 16,5.°C.
O valor da insolação é de aproximadamente 2800 horas por ano e a precipitação média regular ronda os 750 mm, sobretudo na região de Tomar, a norte, e em Coruche, localizada a sul.

Zonas de Produção de Vinho – Três Terroirs Distintos: Bairro, Campo (ou Lezíria) e Charneca.

– Bairro
Localizado na margem direita do rio, imediatamente a seguir dos solos férteis de aluvião, entre o vale do Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Serra de Candeeiros, a norte, e Serra de Montejunto, a este, nesta zona prevalecem os solos argilo-calcários (onde as montanhas são alternadas pelas planícies predominância da vinha e do olival) e os solos xistosos (a norte, numa pequena área localizada perto de Tomar). É o solo preferencial para vinhos tintos.

– Campo
Também conhecido como a “Lezíria do Tejo”, é a área da região afetada por inundações periódicas das águas do Tejo responsáveis pela elevada fertilidade do solo das extensas planícies circundantes, onde predomina a produção de vinho branco, sobretudo os que são feitos a partir da casta rainha desta região, a Fernão Pires, o vinho rosé, frisante, licoroso, espumante e colheita tardia.

– Charneca
Situada a sul do Tejo, na margem esquerda do rio, é dominada pelos solos arenosos e menos férteis, fator esse que, ao estar associado a temperaturas mais elevadas do que nas outras duas zonas desta região vitivinícola, acelera a maturação da uva. Aqui são colhidas as uvas utilizadas na produção de vinho branco, tinto, rosé, espumante, licoroso e colheita tardia.

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

Almoço no restaurante Escaroupim, Salvaterra de Magos © Viaje Comigo

OS VINHOS NA REGIÃO DO TEJO

Os vinhos da região do Tejo revelam-se equilibrados com aromas frutados.

Brancos: São caracterizados pela cor citrina, de aroma frutado, sobretudo de fruta tropical e pêssego, combinado por aromas florais, o que denota fineza na boca.

Tintos: De cor granada, enquanto jovens, a qual com o tempo evolui para rubi, denota taninos equilibrados e arredondados, com uma complexidade de aromas intensa, de onde sobressai o sabor a frutos vermelhos.
Ha ainda o vinho rosé, o frisante (é menos gaseificados do que espumante e pode ser mais ou menos doce), o espumante, o licoroso e a colheita tardia.

Área Geográfica: Inclui o concelho de Azambuja, no distrito de Lisboa, e o distrito de Santarém, à excepção do concelho de Ourém.

Passeio de barco - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco no Tejo - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco no Tejo – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco - Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

Passeio de barco – Região Vitivinícola do Tejo © Viaje Comigo

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