Talvez porque adoramos navegar, um dos momentos altos da viagem que fizemos à Tunísia foi passar (e passear) de barco, partindo de Djerba para a chamada Ilha dos Flamingos, mas também conhecida como península de Ras R’mal.
Ao longe, e à medida que nos aproximamos da ilha, conseguimos ver todo o seu comprimento. Ainda não chegamos lá e já estamos apaixonados pelos vários tons de verde e azul que pintam as águas normas. A Ilha dos Flamingos tem cerca de cinco quilómetros de comprimento, aproximadamente 250 metros de largura média e ocupa 18,56 km².
Porque é península?
Está ligada, através de um istmo de areia (Bin Bahrin) à ilha de Djerba, mas que fica inundado nas marés altas, e isso faz com que Ras R´Mal se transforme numa ilha.
Esse cabo separa o golfo de Gabès da laguna Bhar Mayet (também chamada Bhar Sghi) um local onde vários pássaros fazem migram e fazem ninhos.
Mas, apesar de se chamar Ilha dos Flamingos, na verdade, não vimos um único flamingo. Dizem-nos que as aves só voltam a este ilha em setembro e, aí sim, deve ser um espetáculo ainda maior. Ainda assim, esta é uma área de grande interesse ornitológico o ano inteiro.
Na época alta, a pequena ilha recebe diariamente dezenas de turistas que vão nos barcos que partem do porto de pesca de Djerba. Os barcos podem ser temáticos ou não. No nosso caso fomos num navio de (amigáveis, divertidos e bonacheirões) piratas que também nos serviram depois o almoço já na península.
Os barcos-piratas são os poucos barcos autorizados a trazerem turistas para a península. Os programas são geralmente de meio-dia, e no final – depois de uns mergulhos na praia, passeios no areal e de provar a comida tradicional tunisina – o regresso é feito. Ninguém fica no areal!
O nosso passeio partiu de Djerba e a animação começou logo no arranque. Depois, o passeio é feito tranquilamente em direção ao largo do golfo, cruzando-nos com os barcos de vêm das pescarias. Aconselhamos que, mesmo na altura mais quente, leve um agasalho porque o vento poderá estar frio e no barco sente-se ainda mais essa frescura.
Ao chegar à ilha toda a gente põe os pés na transparente água para testar a sua temperatura. Quente! Que maravilha. Atravessamos a ilha para, do outro lado do areal, onde estão os tapa-sol e as espreguiçadeiras, podermos relaxar, mergulhar e aproveitar o sol.
Pelo caminho, encontramos dois dromedários e os seus respetivos donos. Apresentam-nos:
– Este é o Calimero – apontam para o dromedário amarelado
– E este é o Michael Jackson. Sabem porquê?
– Não… porquê?
Diz-nos de sorriso maroto:
– Porque é branco… e sabe cantar!
Entretanto, diz algo imperceptível ao dromedário que solta um som estridente… como se se estivesse a esforçar por cantar. Não quisemos aproveitar o passeio com os dromedários e continuámos a caminhada até ao mar.
Já com hora marcada está o almoço preparado pelos nosso piratas. Enquanto os turistas vão a mergulhos estão eles a assarem peixe (uma espécie de sardinhas) e a preparar a salada tunisina, cuscuz e o brick tunisino, com ovo e especiarias. E a praia puxa pelo apetite!
Mais animação musical, durante a refeição, e a maré começa a subir… pelo menos connosco subiu…
Em poucos minutos, estava a água já a chegar ao local das mesas e bancos do almoço. Era hora de dizermos adeus à Ilha dos Flamingos.
Todos os hotéis e resorts têm informação e preços atualizados sobre estes passeios, e os preços não diferem muito. À volta de 20€/pessoa.
O que levar:
– Toalha de praia
– Chapéu
– Protetor solar
– Chinelos de praia
– Roupa interior para trocar com o biquini ou calção de ainda estiver molhado no regresso.
O VIAJE COMIGO viajou a convite do Operador Turístico Travelers, com o apoio da Tunisair e do Turismo Nacional da Tunísia.
Saiba mais sobre a Tunísia, no Viaje Comigo. Leia aqui.