Em Marraquexe, Marrocos, a Djemma El Fna é uma só praça mas transforma-se em várias e diferentes. Como? Em primeiro lugar, é importante referir que esta praça está classificada como Património Mundial da UNESCO, como uma “obra-prima de Herança Oral e Intangível para a Humanidade”. E é fácil de perceber porquê. Muitas vidas e histórias cabem neste espaço, ao ar livre, que tem uma aparência e ambiente de dia e uma totalmente diferente à noite!
E depois, deve o leitor também saber também, que todos os dias a praça se transforma, do dia para a noite. Antes do sol se pôr há uma nova movimentação e novas coisas para ver e fazer, com barracas de diferentes a vender outras comidas e artigos. Aproveite para visitar os terraços dos cafés e restaurantes, que envolvem a praça, pois é daí que se tem a melhor vista para a Djemma El Fna. No entanto, é estar lá no meio que se consegue ter a percepção do que chamo de “caos organizado”, em dezenas de apresentações musicais, encantadores de serpentes, henna, sumos de laranja (e outras frutas), etc.
A PRAÇA DE DIA
Durante o dia estão montadas, na praça Djemma El Fna, as bancas de sumos de laranja (e de outras frutas) a preços muito baixos, pelo menos para o que estamos habituados na Europa… Sumo de laranja natural é caro em todo o lado menos em Marraquexe. Tem também bancas de frutos secos e ervanários.
Além destas bancas, estão na praça Djemaa El Fna os encantadores de serpentes e os treinadores de macacos (de quem eu fugia porque acho horrível terem os macacos presos e sujeitos sabe-se lá ao quê), leitores de sina e engraxadores de sapatos.
Também aqui estão os míticos aguadeiros. Com as suas roupas típicas, vermelhas, e coloridas, os chapéus grandes, e o barulho do sinos para chamarem a atenção. Existia a tradição de venderem água a quem por aqui passava. Os copos de latão são para muçulmanos e os de metal branco para os de outras religiões. É tradicional, mas os cafés em redor vendem água engarrafada. E há muito pouca gente a beber de lá.
Lembre-se sempre que eles são todos artistas de rua. Este é o seu trabalho. Tirar fotos sem eles verem… sem pagar, não é bem visto. E se o apanharem são capazes de irem atrás de si, para cobrarem a foto feita com a imagem deles. O mesmo se aplica para as atuações a noite: grupos musicais, contadores de histórias ou “dançarinos” de dança do ventre.
A PRAÇA DE NOITE
De noite, a praça Djemma El Fna muda totalmente. Ainda o sol não se pôs e montam-se as bancas de restaurantes, com muito fumo a sair dos seus cozinhados. Todos os dias montam e desmontam! São dezenas e ocupam toda a praça – costumo experimentar a que diz nº1, da Aicha (das poucas mulheres que se encontram à frente de um negócio).
A louça vai sendo lavada na mesma água, por isso, ou é dos primeiros a comer ou prefira comer com as mãos e em guardanapos. Assim, como beber das próprias garrafas ou latas. Copos é melhor não! 😀
Antes de escolher um dos sítios – basicamente os preços estão afixados e são semelhantes em todos – pode ver qual o agrada mais: há desde espetadas de carnes, cabeça de cordeiro que dizem que é ótimo e até caracóis. Nem precisa de falar árabe, apenas apontar para o que quer comer, mas eles todos sabem falar quase todas as línguas e captam a atenção com isso. Escolha sempre coisas que estão bem cozinhadas, especialmente se tiver estômago mais sensível.
À noite, há também histórias contadas pelos mais velhos, músicos, encantadores de serpentes e dançarinos e performers, que substituem os espectáculo televisivos. Aqui, o espetáculo está diariamente na rua, ou neste caso na praça Djemma El Fna.
Estão também as senhoras que pintam as mãos das turistas com tatuagens de tinta Hena, que chega a durar uma semana.
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Como vos disse acima, não é bem visto que se tirem fotografias ou façam vídeos desses artistas de rua, sem pagar. É o trabalho e o ganha-pão deles. Podem logo dar no início e assim definem vocês o valor a dar (1 € por exemplo) do que depois eles virem a pedir e pedem sempre muito mais. Quem tem animais pede sempre mais, suponho que é para cuidar deles e alimentá-los. Suponho…
De todas as tradições penso que a do macacos estará para acabar em breve. Pois nota-se que há cada vez menos gente a tirar fotos com eles. Quanto menos dinheiro fizerem… vão procurar outra atividade. Assim espero.
E se o chamarem para dançar, vá! Divirta-se! Conviva com os locais. A maior parte também adora essa interação. É natural que depois lhe peçam uma moeda, mas aí pode pedir aos amigos para fazerem fotos e vídeos. No final, dá uma gorjeta.
A qualquer hora do dia são centenas as motas que passam pela praça Djemma El Fna e parece que vão bater a qualquer momento. Mas está tudo controlado 😀
E se se perguntarem… ah, mas isto está assim porque é fim de semana! Não. É sempre assim (em algumas datas um pouco mais). A praça e as ruas em seu redor estão sempre assim cheias, e sobretudo à noite! A cidade é quente e, por isso, é à noite que se sai de casa. Seja para se divertir na praça, com as atuações, seja para fazer compras nas lojas, que ficam abertas quase até à meia-noite ou mais tarde ainda.
É também aqui perto que estão estacionadas as caleches – carroças com cavalos que – que fazem passeios dentro e em redor da Medina de Marraquexe. Estipule, logo no início do passeio, o preço que vai pagar, para evitar surpresas no final.
Dei uma volta à Medina, numa caleche, e também fora das muralhas, passando em frente a um dos palácios presidenciais e nas portas que dão entrada nesta parte histórica. O passeio vale mesmo a pena, principalmente se estiver cansado de muito caminhar, ou se estiver muito calor para passear a pé por esses locais mais distantes.