A Guiné-Bissau é um pequeno país localizado na costa oeste da África, conhecido pela sua história de luta pela independência e pela complexa trajetória política desde então. O país faz fronteira com a Guiné (Conacri), o Senegal e com o Oceano Atlântico, e tem uma área de 36 125km².
O tesouro da Guiné-Bissau reflete-se nas suas praias e natureza luxuriante e também na cultura vibrante, musical, e gastronómica, de influências africanas e portuguesas.
HISTÓRIA DA GUINÉ-BISSAU
Antes da chegada dos europeus, a região que hoje é a Guiné-Bissau era habitada por várias etnias, incluindo os balantas, mandingas e fulanis. No século XV, os portugueses começaram a estabelecer postos comerciais na região, tornando a Guiné-Bissau parte do império colonial português. Aqui era feito o comércio de escravos, ouro, marfim e especiarias.
No final no século XVII o monopólio dos Portugueses terminou com a chegada dos Ingleses, Holandeses e Franceses. Nos séculos seguintes, os territórios da “Guiné Portuguesa” tornaram-se propriedade francesa e inglesa. Posteriormente, na Conferência de Berlim, fez-se o acordo franco-português e em 1897, a Guiné-Bissau transformou-se numa colónia autónoma de Portugal.
Na década de 1950, surgiram movimentos de libertação, sendo o mais proeminente o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Amílcar Cabral. O PAIGC iniciou uma guerra de guerrilha contra os colonizadores portugueses. Após anos de luta, a Guiné-Bissau finalmente conquistou a sua independência de Portugal, em 24 de setembro de 1973, tornando-se a República da Guiné-Bissau.
Após a independência, a Guiné-Bissau enfrentou uma série de desafios, incluindo conflitos internos, golpes de Estado e instabilidade política. A falta de estabilidade política afetou o desenvolvimento do país.
Atualmente, a Guiné-Bissau permanece um país em desenvolvimento, com desafios económicos e políticos significativos. As eleições democráticas continuam a ser realizadas, mas a estabilidade política é frágil. A economia é baseada principalmente na agricultura e na pesca.
LOCAIS A VISITAR NA GUINÉ-BISSAU
Oportunidade para relaxar na praia e aventurar-se na natureza, é o que não vai faltar na Giné-Bissau. Veja os seguintes pontos a visitar:
• Cidade de Bissau
A capital do país, Bissau, oferece uma visão da vida urbana na Guiné-Bissau. Visite o Mercado Bandim para experimentar a vida quotidiana e a cultura local. A cidade também tem alguns museus interessantes, como o Museu Etnográfico Nacional.
• Ilha de Bubaque
Esta é uma das ilhas do arquipélago dos Bijagós, conhecido pelas suas praias intocadas, vida marinha e cultura única dos povos Bijagós. O Arquipélago dos Bijagós é composto por mais de 80 ilhas e está classificado como Património Mundial da UNESCO.
• Parque Nacional de Cantanhez
Este parque é um Património Mundial da UNESCO e abriga uma rica biodiversidade, incluindo elefantes, chimpanzés e uma variedade de aves. É um ótimo lugar para observação de vida selvagem e caminhadas.
• Ilha de Bolama
A antiga capital colonial da Guiné-Bissau, Bolama, localiza-se a cerca de 5km da costa da Guiné-Bissau. A ilha de Bolama tem praias onde pode observar os corais e é um ótimo lugar para explorar a história colonial. Pode visitar também a Estação Biológica Galinhas, que abriga algumas espécies ameaçadas, como tartarugas marinhas, baleias e golfinhos.
• Oinho
Trata-se de uma pequena aldeia no meio da floresta. Lá, encontra também um lago chamado Lago Mansôa, que abriga uma importante reserva de biodiversidade. É o local ideal para fazer caminhadas, trilhas e canoagem.
CLIMA DA GUINÉ-BISSAU
Clima tropical, quente e húmido, com uma estação seca e outra húmida. A estação das chuvas estende-se de meados de maio a meados de novembro, chovendo mais em julho e agosto. As temperaturas são elevadas durante todo o ano, rondando os 30º. Os meses mais frescos são dezembro e janeiro.
GASTRONOMIA DA GUINÉ-BISSAU
A gastronomia da Guiné-Bissau reflete a diversidade cultural do país, incorporando influências africanas, portuguesas e outras. Os pratos tradicionais são frequentemente preparados com ingredientes locais, como arroz, peixe, carne, legumes e frutas. Aqui estão alguns pratos típicos da Guiné-Bissau:
• Arroz de Jollof: este é um prato de arroz muito popular na Guiné-Bissau, preparado com arroz, tomate, pimentão, cebola, óleo de palma e várias especiarias. Pode ser servido com peixe, frango ou carne.
• Caldo de Mancarra: é um guisado rico e espesso feito com folhas de amendoim (chamadas “feuilles de manioc” na língua local), carne, peixe ou frango, e temperado com especiarias. É frequentemente servido com arroz.
• Caldo de Chabéu: é um caldo feito com óleo de palma, quiabos, carne ou peixe.
• Akara: são bolinhos fritos feitos de feijão frade. Eles são crocantes por fora e macios por dentro, geralmente servidos como um lanche.
• Pitche-Patche de Ostras: trata-se de um arroz de ostras.
• Cafriela: galinha da terra ou carneiro grelhados com molho de limão, malagueta e cebola.
• Sumos típicos: sumo de cabaceira (feito com o fruto do embondeiro); sumo de veludo (fruto avermelhado, conhecido por ter algumas características medicinais) e vários sumos de frutas tropicais.
INFORMAÇÕES ÚTEIS SOBRE A GUINÉ-BISSAU
Código telefónico: +245
Embaixada de Portugal em Bissau
Endereço: Avenida Cidade de Lisboa, CP 276, Bissau
Telefones: (+245) Chancelaria 966990029; Secção Consular 966980000
Sítio Internet: https://bissau.embaixadaportugal.mne.gov.pt/;
Endereço de correio eletrónico.bissau@mne.pt
Capital: Bissau
Área: 36 125km²
População: 2 026 778 habitantes (estimativa em 2022)
Fronteiras: Faz fronteira com a Guiné a sul e a leste, com o Senegal a norte e com o Oceano Atlântico a oeste.
Moeda: Franco CFA da África Ocidental (XOF)
Clima: Clima tropical, quente e húmido, com uma estação seca e outra húmida. A estação das chuvas estende-se de meados de maio a meados de novembro, chovendo mais em julho e agosto.
Língua Oficial: Português
Religião: Islão (45%); Cristã (22%); Religiões locais (15%) – dados de 2009
Sistema político: República unitária semipresidencialista
Horário: – 1 (horário de Verão) hora que em Portugal. + 3 horas que em São Paulo.
Tomadas: As fichas e tomadas elétricas são de tipo C. A tensão padrão nas tomadas é 220 V e a frequência de voltagem é de 50 Hz.
Visto: Os cidadãos portugueses e brasileiros necessitam de visto para entrar na Guné-Bissau.
Vacinas: Aconselha-se a que tenha o boletim de vacinas atualizado e que faça uma consulta do viajante. A vacina contra a Febre Amarela é obrigatória.
BANDEIRA DA GUINÉ-BISSAU
A bandeira da Guiné-Bissau é formada por duas listas horizontais, uma amarela e outra verde e uma lista vermelha vertical com uma estrela preta no centro. A estrela representa a unidade do povo africano, o amarelo representa o sol, o verde a esperança e o vermelho o sangue derramado na luta pela independência. A bandeira foi adotada em 1973, quando o país saiu do domínio português.