Em Coimbra, foi redescoberta uma receita tradicional: o “Bacalhau à Coimbra“, que estava esquecida há algumas gerações. Este prato, que faz parte do legado gastronómico, vai passar a ter o destaque nas ementas dos principais restaurantes da cidade – uma ação fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Coimbra e a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, com o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Lugrade – Bacalhau de Coimbra.
Na apresentação do prato (a 22 de dezembro de 2022) estiveram presentes José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, Jorge Loureiro, vice-presidente da AHRESP, José Madeira, presidente da delegação de Coimbra da AHRESP, e os irmãos Vítor e Joselito Lucas, da Lugrade, entre outras individualidades.
Na ocasião, José Madeira, presidente da Delegação de Coimbra da AHRESP, realçou que “o ‘Bacalhau à Coimbra’ é um prato há muitos anos esquecido, que faz parte do nosso legado gastronómico. Queremos que volte a ser, a partir de agora, uma referência da gastronomia coimbrã e que venha reforçar a muita oferta de qualidade que há hoje em Coimbra”.
Jorge Loureiro, por seu lado, destacou o apoio dos “parceiros e patrocinadores, que permitem alavancar iniciativas como esta”. “O ‘Bacalhau à Coimbra’ é uma iniciativa da delegação de Coimbra da AHRESP, uma de muitas que realizou ao longo de 2022. Apesar do momento difícil e das nuvens cinzentas que ameaçam o setor, os empresários desta atividade demonstram, mais uma vez, que têm a resiliência necessária para superar os obstáculos. Os empresários do Turismo estão absolutamente determinados em contribuir para a recuperação nacional”, sublinhou.
Para Vítor Lucas, “este prato fará todo o sentido para a restauração da cidade. Promover o ‘Bacalhau à Coimbra’ é promover a cidade e os estabelecimentos de restauração de Coimbra vão seguramente sair a ganhar com esta recuperação”.
Pedro Machado recordou que o “turismo é um extraordinário instrumento, uma indústria que é capaz de fazer mover os territórios”. “O turismo representa em receitas um PRR todos os anos, cerca de 18 mil milhões de euros anuais. É uma verba demasiado importante para que os governos nacionais, regionais e locais não olhem para esta indústria como um poderoso instrumento de criação de riqueza e da distribuição dessa riqueza para as economias”, frisou. “A opção pela gastronomia assenta no facto de que é um produto que gera valor e que agrega vários setores. Recuperarmos um prato de bacalhau numa época tão festiva e tão importante para os portugueses é um casamento perfeito”, acrescentou Pedro Machado.
José Manuel Silva lembrou que, “havendo mais de 1000 maneiras de fazer bacalhau, estávamos a esquecer a nossa maneira de o fazer em Coimbra. Nós próprios não dávamos o devido valor à nossa gastronomia”. “Esta receita tradicional de ‘Bacalhau à Coimbra’ vai contribuir para afirmar a qualidade da gastronomia de Coimbra e para passarmos a ser também reconhecidos como uma cidade de destino para os apreciadores de bacalhau. Que este seja mais um dos muitos motivos de atração de Coimbra, uma cidade e uma região que está no bom caminho, no caminho do crescimento acelerado e sustentável”, concluiu.