Quando visitei a ilha de São Jorge, nos Açores, uma das actividades que pedi para fazer especificamente foi o trilho da Serra do Topo – Caldeira de Santo Cristo – Fajã dos Cubres. Começa, como o nome indica, na Serra do Topo e termina na Fajã dos Cubres. A passagem na Caldeira de Santo Cristo, digo-vos, é inesquecível!
É um cenário idílico que nos acompanha durante todo este percurso, classificado com dificuldade média. Como nos levam até ao topo, de carro, temos de vir a descer. Há quem se queixe dos joelhos, mas não muito e para quem faz subidas ao Pico isto é super fácil. Para quem não faz subidas ao Pico pode custar um bocadinho, mas mas vale muito a pena. Fui levada ao início do trilho e também me foram buscar ao final do mesmo.
Pelo meio do percurso, vá apreciando a natureza em redor… e as cascatas ficam apetecíveis se o calor apertar. São locais paradisíacos.
É um trilho linear, e não circular, por isso tem de ter alguma logística, uma vez que não há transportes públicos (a não ser o serviço de agências de turismo ou de táxis). Mas, podem levar o vosso carro. Como fazem? Explico mais abaixo.
O trilho tem menos de 10Km e dizem que dura cerca de 3 horas a fazer-se, mas… pode demorar 5 a 6 se for parando… e penso que é esse o objetivo. Não é uma corrida. É para ser feito com calma, para apreciar a vista e até fazer um piquenique a meio do caminho, se quiser.
– Informação Serra do Topo – Caldeira de Santo Cristo – Fajã dos Cubres
Eu fiz o piquenique no lago da Fajã Caldeira de Santo Cristo. Levei merenda e fiquei ali a descansar e a apreciar a vista. Tem também um restaurante – conhecido por servir as amêijoas pescadas na lagoa, eu vi a fazerem-no – e algumas casas que são alojamento.
Estendendo-se ao longo da costa nordeste de São Jorge, a Fajã da Caldeira de Santo Cristo faz parte da Área de Paisagem Protegida das Fajãs do Norte, que compreende cerca de 2926 hectares. É composta por altas arribas de 300 a 700 metros e diversas fajãs.
A Fajã da Caldeira de Santo Cristo é uma fajã formada por materiais decorrentes de movimentos como desabamentos ou deslizamentos e que aumentou com o sismos de 1757. A erosão fez o resto do trabalho e criou uma laguna que é separada do mar, com seixos, mas para o mar entra e se mistura e onde cresce a única amêijoa dos Açores.
O Centro de Interpretação desta fajã foi construído numa antiga casa local.
Depois daqui faz-se o caminho para a Fajã dos Cubres. O cenário aqui é lindo. De se ficar derretido com a magnitude da montanha, o reflexo na lagoa… e a pequena povoação que quase parece uma miniatura.
Para quem vai de carro: pode deixá-lo na Serra do Topo e marcar com um taxista para o encontrar na Fajã dos Cubres – junto à igreja estão táxis, mas poderão não estar quando lá chegar, por isso, aconselho a marcar antecipadamente – e depois apanha essa “boleia” do táxi até à Serra do Topo.