Tibete © Hugo Martins
Publicado em Junho 8, 2021

Tibete “descomplicado”, por Hugo Martins

Ásia/ Tibete

Como visitar o Tibete? Aqui ficam as dicas de alguém que lá esteve recentemente! Já sigo as viagens do Hugo Martins há muitos anos! É que, nisto das viagens, seguimos sempre quem nos inspira e nos faz dar mais um passo no sonho de viver disto. Disto, de quê? Das viagens. Não vos quero enganar, isto é uma “doença”. Mas uma das boas… e que nem pára durante a pandemia. Ou parou, só um pouco.

Correr o mundo já não nos satisfaz. Queremos sentir o mundo, viver o mundo, sentir as pessoas, viver naquela vila, cidade, país… viver a cultura, trabalhar lá, perceber como são através da sua História, etc. Seja em Portugal, ou noutra parte do mundo! Assim é o Hugo Martins, que vai vivendo pelo mundo, enquanto trabalha como professor. E nessas viagens, fico sempre deliciada em encontrar as suas histórias. Esta, pedi-lhe para partilhar aqui, no Viaje Comigo, assim como as suas fotografias, porque acho verdadeiramente útil para quem quer um dia visitar o Tibete. Aqui ficam as suas preciosas dicas!

Tibete © Hugo Martins

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Tibete © Hugo Martins

“Quando fui viver para a China em 2018 houve duas coisas que me propus a fazer, visitar a Coreia do Norte e o Tibete. Fiz ambas.
Em Julho de 2019 visitei o “Sistelo” da China por vezes também chamado de Tibete. Eis quase tudo o que é necessário para visitar este belo local”, refere o viajante.

Tibete “descomplicado”

O Tibete é uma região 26 vezes maior do que Portugal e sensivelmente metade do seu território chama-se TAR, sigla inglesa para Região Autónoma do Tibete. Quando se diz que só se pode ir ao Tibete em tour organizado não está totalmente correcto: só se pode ir à TAR de forma organizada mas se alguém quiser ir ao Tibete região basta ir a Chengdu e comprar um bilhete de autocarro para algumas cidades que se encontram a algumas centenas de quilómetros.

Claro que, quando ouvimos a palavra Tibete associamos a Lhasa e ao Palácio de Potala, ao Monte Evereste e aos lagos Namtso e Yamdrok, Monte Kailash entre outros, e todos estes locais localizam-se na TAR, logo precisamos de uma permissão que se obtém quando viajamos por agências autorizadas.

Tibete © Hugo Martins

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E como escolhi eu a agência?

Não tinha nenhumas referências, então fui ao Google, vi que havia maioritariamente três agências. Fui aos sites das 3, procurei feedback das 3. Todas tinham bons feedbacks, em vários sites. Perante isto, avancei para os programas e preços de cada uma. Escolhi o programa que mais se coadunava às minhas exigências, locais a visitar, duração da viagem e preço. Contactei a agência e recebi um email de volta passados alguns minutos.

Todas as dúvidas que ia tendo, durante o processo, foram respondidas em minutos. Decidi avançar e paguei metade do valor da viagem, para que a agência começasse a tratar das permissões necessárias a uma visita ao Tibete (TAR). Escolhi a agência Tibet Vista.

O programa que escolhi tinha a duração de 8 dias e contemplava as 3 primeiras noites em Lhasa e também a última, depois 4 dias na estrada com estadia em Shigatse e no acampamento base do Evereste.

Os locais visitados em Lhasa incluem o Palácio Potala, o Templo Jokhang, os mosteiro Sera e Drekung. Nos quase 1500 kms de estrada, em 4 dias, vi além do Monte Evereste a 5200 metros, o Glaciar Korola, os lagos Yamdrok e Manak Dam e passagens por locais como Tsola a 4600m, Gyatsola a 5250 e cidades como Gyantse e Shigatse.

Tibete © Hugo Martins

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E quanto custa isto? E o que inclui?

Custou 900 euros, mais 150€, por ter pago suplemento de quarto single. Este último valor é facultativo, quem viajar sozinho só paga se quiser e eu quis.

Inclui as permissões para se viajar no Tibete (TAR), 4 noites em Lhasa em hotel de 4 estrelas, 2 noites em Shigatse em hotel de 4 estrelas e uma noite no acampamento base do Evereste, local com umas 2 ou 3 estrelas negativas (as vistas, se o clima permitir fazem esquecer tudo). Inclui ainda todas as entradas em mosteiros e parques nacionais. Um jantar de boas vindas está incluido no preço. Os pequenos-almoços também estão incluídos. As restantes refeições são por nossa conta.

Correu tudo conforme o planeado, gostei do guia e de todo o processo com a agência Tibet Vista.

Tibete © Hugo Martins

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Como cheguei e saí do Tibete?

Decidi que um dos percursos queria fazê-lo de comboio para ver as vistas e assim foi, fui de comboio de Xining para Lhasa e saí de Lhasa de avião para Chongqing.

O comboio demorou 23 horas, as vistas não são nada de especial e foi a mais desconfortável viagem da minha vida. Tentei comprar bilhete soft sleeper mas o sistema de compra de bilhetes de comboio na China nas rotas mais concorridas nem sempre é fácil.

Long story short, os bilhetes podem ser comprados 60 dias antes da viagem mas só serão emitidos 30 dias antes. Entre os 60 e os 30 toda a gente submete mas só alguns conseguem, eu não consegui porqu,e em rotas mais concorridas, as agências têm prioridade. Restou-me um bilhete num lugar sentado num banco de pau-pedra, super desconfortável. A alta velocidade ainda não chegou ao Tibete, mas chegará em breve.

Nesta viagem de 23 horas um bilhete de soft sleeper custa 100 euros, sentado como eu fui custou 30 euros. Os voos são muito caros de e para Lhasa, de Pequim chegam a custar 500 euros ida e volta. O meu para Chongqing custou 120 euros.

Há bastantes check points durante o caminho, pelo que a permissão deve estar sempre no passaporte.

Vale a pena é um local deslumbrante.
Quero voltar mas a partir do Nepal”.

Obrigada, Hugo Martins, pela partilha!

Tibete © Hugo Martins

Hugo Martins no Tibete

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Tibete © Hugo Martins

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