No concelho de Pinhel, a freguesia de Juízo tem vindo a ser recuperada últimos anos. E as Casas do Juízo fazem parte desse plano, em tornar esta pitoresca aldeia beirã, que foi Villa Romana, num ponto de passagem dos viajantes do mundo inteiro. São oito casinhas tradicionais, apetrechadas com tudo o que precisa para descansar e gozar do bom silêncio desta aldeia do interior português.
O mentor do projeto e das Casas do Juízo – que vieram dar nova vida à aldeia – é José Guerra, nascido nesta terra, que não conseguiu ficar parado, mesmo depois de reformado, e abriu as Casas do Juízo – Turismo Rural para acolher visitantes de todo o mundo. São oito casas – umas maiores outras menores, para 2, 4 ou 8 pessoas – todas remodeladas e adaptadas aos dias de hoje: a Casa da Roseira, a Casa do Telheiro, a Casa do Palheiro, a Casa das Talhas, a Casa do Museu, a Casa da Capela, a Casa do Juiz e a Casa do Forno. Os nomes são bastante sugestivos, não são? E todas têm inspiração aquilo que já foram um dia: o local para guardar animais, as talhas (onde guardavam o azeite), etc.
Como área comuns a todos os hóspedes, dispõe de uma piscina exterior (coberta e aquecida no inverno) que é vizinha de uma sala com máquinas de ginásio, uma zona de lazer, jardins, churrasqueira, forno a lenha, fogão a lenha, uma horta biológica, estufa e estábulo de animais.
Mal cheguei à aldeia, estacionei o carro no largo – onde em tempos passou o rio, como mostra um quadro na receção – para ser recebida pelo senhor José Guerra. A receção fica numa pequena casinha, mais à frente, onde o anfitrião nos dá a provar a Pinga do Juízo (uma espécie de licor) e uns docinhos com amêndoa feitos pela esposa, os Ajuizados. As boas-vindas são assim dadas antes de se ir para a casa escolhida.
Todas as casas têm internet, televisão, frigorífico, casas de banho privadas, ar condicionado, secador de cabelo, sofás e cozinhas com o que necessita para fazer as suas refeições (placa elétrica microondas, máquina de café, torradeira, jarra elétrica, louça, talheres, etc).
Se preferir não cozinhar, pode fazer as refeições, ali ao lado, na Taberna do Juiz, com petiscos tradicionais e com os produtos da terra em destaque, servidos pela Daniela e pelo André. Uma sala de refeições típica, bem decorada, com um toque de casa de aldeia, para acompanhar os sabores tão típicos. Tem toda uma ementa cheia de petiscos, a Taberna do Juiz.
O nome da aldeia dá para fazer todo o tipo de piadas, principalmente relacionadas com a falta de juízo que alguns terão… Encontrarão aqui o que lhes falta? Talvez… relaxando e descansado, pode ser que ganhem mais juízo.
Se desejar, o anfitrião pode, inclusive, acompanhá-lo numa visita guiada à aldeia que ajudou em parte a reconstruir. Destaca gravações ancestrais das pedras, as antigas casas do gado, onde guardavam os alimentos, utensílios que já não são usados, a reconstrução da igreja e um futuro museu com utensílios da terra, na casa que já foi cadeia (tem ainda as grades nas janelas). É uma espécie de viagem de regresso ao passado, comentada por José Guerra.
Todas as Casas do Juízo são diferentes, apesar de todas terem um denominado comum: o toque de rusticidade. Confesso que, para mim, a que mais se destaca é a Casa do Museu que foi remodelada num antigo lagar, com bastante criatividade por parte dos arquitetos. O lagar foi tapado, em parte, para ter uma cama elevada, mas manteve-se um tronco gigante que atravessa toda a casa e que fazia parte do lagar, claro. Neste espaço pequeno, tem ainda uma moderna casa de banho e uma kitchnette. Algumas casas têm dois andares, aproveitando bastante o espaço das casas de aldeia, que antigamente eram muito pequenas. O que é hoje em dia uma casa de turismo com um quarto era uma casa para 4 pessoas, por exemplo, e espaço para os animais na loja, ou seja, no rés-do-chão.
E o que pode fazer por aqui, além de descansar? Pode aproveitar para visitar as Aldeias Históricas de Portugal que estão mais próximas, como Almeida ou Trancoso, por exemplo; visitar Pinhel; fazer passeios pedestres nas proximidades e descobrir o mundo rural; vem também muita gente para a observação de aves; visitar o Parque e Museu do Vale do Côa; fazer passeios de barco ou de comboio; fazer visitas a quintas produtoras e com provas de vinhos; e relaxar nas Termas de Longroiva. Todas as informações podem ser dadas pelos anfitriões das Casas do Juízo.
INFORMAÇÕES
Casas do Juízo
Morada: Rua de São Lourenço, 6400-145 Juízo, Pinhel, Guarda, Portugal
Telefone: +351 927 585 758
E-mail: reservas@casasdojuizo.com
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