Macau vai receber, de 1 e 30 de outubro de 2016, o XXX Festival Internacional de Música de Macau (FIMM). Um evento que reúne músicos e agrupamentos vindos dos quatro cantos do mundo e que tem como tema “Gloriosos 30 – As Sino-Rapsódias”.
Vão estar presentes artistas da Rússia, Estados Unidos da América, Alemanha, França, Reino Unido, Mongólia, Taiwan, Interior da China, Hong Kong e, claro, Portugal.
A abrir o Festival vai ser apresentada a ópera, em três atos, de Giacomo Puccini: “Turandot”. Esta produção próprio do FIMM tem o trabalho do encenador italiano Giancarlo del Monaco e do conhecido cenógrafo a figurinista William Orlandi. “Turandot” fala sobre o romance de vida e morte entre Turandot, uma princesa chinesa, e Calaf, príncipe da Tartária
Outro destaque do FIMM é a obra “Sonho de um Aroma” do dramaturgo Tang Xianzu, tendo o Festival produzido para comemorar o 400º aniversário da sua morte a primeira ópera de câmara original de Macau a partir desta obra, uma ópera criada por artistas e personalidades ligadas à cultura do território e adaptada a partir da experiência de viagem de Tang Xianzu a Macau em 1591.
Ao longo do mês de outubro, e por diversos palcos, vai poder ouvir-se o Quinteto de Cordas da Filarmónica de Berlim que se une ao mestre contemporâneo de huqin Xu Ke para apresentar o concerto Noite Sublime, Arco Mágico, a Orquestra Filarmónica da China, que se associa ao jovem pianista local Kuok-Wai Lio na interpretação de diversos estilos musicais, e o Mongolian State Morin Khuur Ensemble que acompanha o morin khuur com o canto gutural khoomei, dando a conhecer a música deste instrumento tradicional, classificada como património cultural intangível a nível nacional.
Outro momento muito esperado do FIMM é “A História de Pipa”, pela mestre de pipa Zhang Hong Yan, e o concerto da Orquestra Chinesa de Macau, Orquestra Chinesa Nacional de Guangdong, Orquestra Chinesa Juvenil de Taipé e Associação de Música Chinesa Yao Yuen de Hong Kong que vão apresentar, em conjunto, o concerto Alegre Harmonia, dando a conhecer ao público a beleza da música tradicional chinesa.
Palco privilegiado, a Fortaleza do Monte receberá o Fado, com a portuguesa Carminho, o trompetista de jazz Roy Hargrove, que vai interpretar diversas obras de Miles Davis, e ainda um concerto de jazz por músicos de quatro regiões da China, os The Red Groove Project, Eugene Pao Group, Minyen Hsieh e Symbiosis Trio e o Quinteto Hon Chong Chan, os quais irão proporcionar seis horas de música jazz.
Também Valery Gergiev, um reconhecido maestro, vai liderar a Orquestra do Teatro Mariinsky, na interpretação de obras clássicas de mestres russos, como Prokofiev e Shostakovitch.
O maestro William Christie vai dirigir o agrupamento Les Arts Florissants num concerto que reúne instrumentos musicais de época e música vocal, e o grupo inglês Colin Currie Group que fará a sua estreia asiática com um concerto minimalista composto por obras de percussão do icónico compositor Steve Reich.
Ainda do cartaz do XXX Festival Internacional de Música de Macau fazem parte o violinista de música clássica Ray Chen e o primeiro diretor artístico do FIMM e pianista português Adriano Jordão, que vão subir ao palco do Teatro Dom Pedro V para apresentar concertos a solo.
O Coro Perosi e o Coro Dolce Voce de Macau vão unir-se no concerto Glória, revelando o talento dos coros de Macau, numa edição do Festival Internacional de Música de Macau que procura incentivar os talentos locais, continuando a apresentar os concertos Bravo Macau, permitindo assim a promissores músicos da região brilharem em palco.
No encerramento do XXX Festival Internacional de Música de Macau é recordada a magia de Charles Chaplin, com o célebre maestro norte-americano Timothy Brock a liderar a Orquestra de Macau no acompanhamento ao vivo dos filmes do génio do cinema mudo, “Luzes da Cidade” e “A Quimera de Ouro”.
Por ocasião das Bodas de Pérola do Festival Internacional de Música de Macau e a anteceder o início do Festival, o Instituto Cultural vai organizar, entre 30 de setembro e 1 de outubro, o Fórum Festival Internacional de Música de Macau, dedicado ao tema “Festival Internacional de Música e Festival de Artes como um sinal do desenvolvimento cultural de uma cidade”, fazendo parte das comemorações o lançamento de uma Edição Especial Comemorativa do 30º Aniversário do Festival Internacional de Música de Macau.
Uma publicação que, além de registar a revisão e evolução histórica de programas dos últimos 30 anos do Festival, contém comentários e artigos elucidativos da autoria de académicos locais e antigos directores do Festival de Música, oferecendo assim uma visão geral do contributo do Festival para o desenvolvimento cultural de Macau ao longo das últimas três décadas.