A Península de Tróia é uma linha arenosa com mais de 25 quilómetros de comprimento e 0,5 a 1,5 Km de largura, situada entre o oceano Atlântico e o estuário do rio Sado. A menos de um hora de distância de Lisboa, pertence à freguesia de Carvalhal, ao concelho de Grândola e fica em frente à cidade de Setúbal. Veja o vídeo da minha última visita:
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Seguindo a evolução do local, a península ter-se-á formado há 5 mil anos de sul para norte, desde a Comporta até Tróia. E como prova da sua ancestral ocupação restam as ruínas romanas, com o complexo de salgas de peixe que funcionou entre a primeira metade do século I e até ao século VI.
Em miúda, há muitoooossss anos, ia com a família passar férias a Tróia. Era uma altura em que tínhamos de ir num comboio pequenino para chegarmos à piscina gigante. Pelo menos, na altura, parecia-me gigante! Já não existe!
Hoje em dia, cada hotel tem a sua piscina (o Aqualuz Hotel tem também piscina interior) e as praias da península continuam a ser um paraíso de águas transparentes: as Praias de Soltróia, a Praia de Tróia, a Praia do Carvalhal e a Praia da Comporta.
E para acabar os seus dias em beleza… é ver o pôr do sol, que se esconde atrás da serra da Arrábida.
Ao caminhar pelos passadiços vai ter pontos de informação sobre a natureza envolvente e a história da península, como este: “O estuário do Sado é uma formação recente, pois durante a última glaciarão, com o nível do mar a cerca de 120m abaixo do seu nível atuações (-120m), o rio Sado corria diretamente para o oceano mais ao largo, através do vale que hoje forma o seu canhão submarino.
Então, há cerca de 15.000 anos, com o aumento da temperatura média e com a fusão dos gelos, o nível do mar começou a subir, situando-se já por volta da cota -20m há cerca de 10.000 anos, quando as águas atlânticas começaram finalmente a invadir o vale inferior do Sado, com a formação de diversas rias e um litoral bastante recortado.
A subida das águas foi desacelerando, enquanto as rias litorais eram progressivamente assoreadas com sedimentos. Na zona da Comporta, forma-se uma restinga arenosa que cresce para norte, no sentido das correntes de deriva litoral sob a proteção da Arrábida e do Espichel, até que, por volta de 4.000 anos, esse cordão arenoso em contínuo crescimento começou finalmente a isolar o, até aí, golfo do Sado. Nas águas interiores do Sado, agora mais protegidas, começaram então a instalar-se sapais, que foram ocupando gradualmente as margens em torno de todo o estuário.
Durante o período romano (há cerca de 2.000 anos) instala-se na atual zona de Tróia um centro de produção de salgas de peixe, o que significa que nesta altura ou o cordão arenoso já tinha crescido até esta zona ou estava subdividido em várias ilhas arenosas consolidadas, o que permitiu a construção e operação destas infra-estruturas durante muito tempo (entre os séculos I e V).
Após a ocupação romana, o cordão arenoso de Tróia consolida-se e assume a sua atual configuração, incluindo a formação da Caldeira de Tróia, uma depressão na ponta norte progressivamente inundada pelas águas estearinas e pelos sapais”.
ONDE FICAR ALOJADO EM TRÓIA
Das últimas vezes que fiquei em Tróia escolhi o Aqualuz Suite Hotel Tróia. Em Tróia, uma das razões para ficar no Aqualuz Suite Hotel Apartamentos Tróia Mar & Rio é a vista. Seja na torre virada para o rio ou na que está virada para o mar, a paisagem é deslumbrante na Península de Tróia. E transmite uma serenidade e paz, que são necessárias para poder relaxar. A caminhada para a praia é feita em poucos minutos (cerca de 3 a 5, dependendo o areal) num passadiço rodeado de pequenas dunas e plantas que as protegem. Tróia é um lugar único e vale mesmo a pena visitar e ficar lá uns dias a carregar baterias. Leia mais aqui.
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QUANDO IR A TRÓIA: QUAL A MELHOR ALTURA?
Claro que, a altura mais quente, de verão, é a mais concorrida, mas eu apostaria (se possível) em setembro quando está muito menos gente e ainda conseguimos bom tempo. Menos gente e muito mais barato!
Os fins-de-semana também são também as alturas mais movimentadas, uma vez que são aproveitados por muita gente das cidades vizinhas, para o momento de relaxamento.
Clima: os meses de verão são os mais quentes, mas mesmo nesses, à noite, vai sentir que está bastante fresco. Leve sempre algo para se agasalhar.

Coloque bastante protetor solar… parece que não queima, mas queima muito a pele! Nevoeiro em Tróia, Portugal © Viaje Comigo
COMO CHEGAR A TRÓIA?
Poderá ir por terra ou pela água, atravessando o rio Sado, de barco: é uma forma de chegar ao outro lado e um passeio! Existem catamarãs, que só transportam pessoas, e ferries que levam carros e pessoas.
São dois os terminais fluviais asseguram a ligação mais curta à cidade de Setúbal: Cais Sul (ferries) e Ponta do Adoxe (catamarãs) – este último fica a cerca de 5 minutos a pé do Aqualuz Hotel e o outro fica a 5 minutos de carro.
Se comprar a viagem do ferry de ida e volta tem desconto. Paguei 36,10€ – para duas pessoas e uma carro, ida e volta (preços de setembro de 2018).
Basta procurar, em Setúbal, onde diz Cais de Ferries e ir para a fila que está bem assinalada. Tem depois o guichet onde pode comprar os bilhetes e é só meter o carro dentro do ferry, quando for dada a ordem. Durante a viagem pode sair da viatura e aproveitar o passeio. Só tem de voltar para o carro quando estiver quase a chegar ao cais da península. Depois é sair e continuar a sua viagem.
Conselho: tem uma bomba de gasolina ao lado do cais, em Setúbal. Coloque aqui gasolina, porque em Tróia só existe abastecimento em Carvalhal (que fica a 25 Km do TróiaResort).
O QUE FAZER EM TRÓIA?
Eu considero que Tróia é o local ideal para descansar e… fazer muito pouco. Parece que nos afastámos de tudo (mas, na verdade, estamos bem perto de grandes cidades) para simplesmente aproveitar o que a natureza nos proporciona, com praias de águas transparentes.
– Praias
– Caminhadas
– Passeios de bicicleta
– Passeios de barco (existem muitas opções na marina) – incluindo os que fazem a observação de golfinhos
– Casino, que tem, além do jogo, música ao vivo (entrada livre só para maiores de 18 anos), bar e restaurante
– Centro de Espetáculos do Casino, consulte a agenda
– Visitar o Cais Palafítico da Carrasqueira
– Visitar as Ruínas Romanas de Tróia: o complexo de produção de salgas de peixe foi construído na primeira metade do século I e desenvolveu-se numa povoação que foi ocupada até ao século VI. Os núcleos arqueológicos abertos à visita são duas grandes oficinas de salga, as termas, o mausoléu, a necrópole do mausoléu e o núcleo residencial da Rua da Princesa.
– Golfe
– Junto ao Aqualuz Hotel, no TroiaResort, há campos de futebol e de ténis
– Passeios a cavalo na Comporta
– Observação de aves
– Desportos aquáticos: parapente, por exemplo
ONDE COMER EM TRÓIA
Na Marina há uma grande escolha de restaurantes desde marisqueiras, hamburguerias, geladarias, snack-bares, pastelarias, etc. Tem também take away e supermercado se quiser fazer as refeições no local onde estiver alojado. E o Aqualuz Hotel tem também restaurante e um Beach Bar, junto da praia, que serve várias opções.