Entre os muitos museus a visitar, em Londres, este Natural History Museum é ,sem dúvida, um dos mais interessantes e que vai agradar tanto a miúdos como a graúdos. O tema principal do Museu de História Natural de Londres? A vida no planeta Terra e as suas diferentes formas de vida ao longo de milhões de séculos. E o melhor de tudo? A entrada é grátis!
O edifício em si – o Waterford Building, desenhado pelo arquiteto Alfred Waterhouse – já vale a pena pela visita, de tão bonito que é. Atente nos pormenores, tanto no exterior, como no interior e nos seus tetos. Este monumento foi construído entre 1873 e 1880 – tendo aberto as portas em 1881 – que começou por receber fósseis, plantas e esqueletos de animais… a coleção começou a crescer e atualmente tem mais de 70 milhões (sim, leu bem, 70 MILHÕES) de espécies e peças que estão relacionadas com a vida no Planeta Azul.
Curiosidade: este é um dos museus mais visitados de Londres e recebe mais de 5 milhões de visitantes por ano.
Apesar de haver sempre interesses diferentes, de quem visita este museu, é certo que vai andar sempre a olhar para cima, onde estão pendurados diversos esqueletos de animais. O que chama mesmo a atenção é o esqueleto do dinossauro Diplodocus, no átrio, e a réplica em tamanho real da enorme baleia azul.
Outros pontos de interesse do Natural History Museum? Vários exemplos de animais (em tamanho real) e perceber como surgiram, como são na realidade, os que conseguiram sobreviver até aos dias de hoje (e como?!) e inclusive animais que já não existem mais e o porquê do seu desaparecimento.
O átrio do museu, o Hintze Hall’s, é um dos locais mais bonitos de todo o edifício de finais do século XIX. Tem uma sequóia gigante, com 1300 anos de história, uma estátua de Darwin, e um enorme esqueleto de Diplodocus, que domina toda a sala, e muito mais.
Para ser mais fácil de visitar e dividir por temas, o Museu de História Natural de Londres está dividido por galerias que estão dispostas por zonas com cores. Poderá ver no site do Museu o mapa do mesmo, e estas áreas por cores, de forma a organizar a sua visita e procurar os temas que mais lhe interessam. Se fosse a visitar tudo precisaria de vários dias, assim escolha o que mais lhe desperta curiosidade:
– Zona Vermelha
Vai encontrar informações sobre o planeta e as suas mudanças ao longo dos tempos. Como surgiu a Terra? Como foram formadas as plantas? Aqui vai descobrir fósseis, rochas, plantas e minerais que explicam isso tudo.
É aqui também que vai encontrar a Evolução Humana, descobrindo os nossos familiares ancestrais… É como entrar numa viagem com sete milhões de anos… Incrível, não é?
Nesta exposição é possível encontrar o fóssil (hominin) mais antigo da coleção deste Museu, um Laetoli canine com 3,5 milhões de anos, assim como um crânio… o primeiro crânio adulto Neanderthal encontrado.
Existe ainda uma área, na zona vermelha, que mostra o que se passa dentro do planeta Terra, principalmente a nível de vulcões, mas também explicando fenómenos naturais como terramotos, etc. Tem máquinas que explicam e simulam esses fenómenos. E os mais novos são os maiores fãs desta área, onde podem aprender muito.
– Zona Verde
Descobrirá aqui sobre como funciona o meio ambiente da Terra e como tem sido a sua evolução. Vai encontrar informação sobre aves e insetos, fósseis de répteis marinhos, plantas, etc.
Neste espaço vai encontrar desde o extinto Dodó até peças (meteoritos) de Marte e um meteorito enorme que caiu na Argentina, em 1783. Aliás, muito do espólio mais antigo deste museu está aqui exposto, em dezenas de armários, desde 1881, quando abriu, onde estão guardados vários minerais diferentes.
– Zona Azul
É um espaço que reflete sobre o que existe no planeta, sobre os seus animais, as suas plantas e a diversidade da vida. É aqui que vai encontrar os Dinossauros, os peixes e répteis, os mamíferos e anfíbios, entre outras espécies.
Entre os Dinossauros, veja esqueletos e recriações desses animais, para ter a noção do tamanho que tinham. É como estar dentro de um Jurassic Park.
Entre os Mamíferos, há animais tanto dissecados como recriações. No teto é impossível não ver a baleia azul (o maior animal que habita a Terra)… em tamanho real!
– Zona Laranja
Aqui vai encontrar o Jardim da Vida Selvagem (Wildlife Garden) e também onde está o Darwin Center. Este último foi inaugurado em 2009 e é onde estão laboratórios e uma exposição de plantas e insetos (precisar de marcar visita para ir a este centro).
O Darwin Center tem o Attenborough Studio, onde são realizadas palestras e conversas com cientistas, e inclui um memorial em homenagem aos que perderam a vida no Tsumani de 2004.
No Jardim da Vida Selvagem vai até esquecer que está no centro da cidade de Londres, tal é de encantar este recanto verde. O espaço é como uma casa da fauna e flora britânicas e onde foram identificadas mais de 2600 espécies, desde que o jardim abriu em 1995. Este jardim só está aberto de 24 de março até princípios de novembro, mas se quiser visitar durante o inverno poderá marcar com alguma antecedência a visita.
Desde 2011, existe a Galeria Imagens da Natureza com mais de 100 registos da Natureza da autora de cientistas e artistas, nos últimos 350 anos. Como era vista a natureza há 100 anos?
A biblioteca do Museu de História Natural de Londres é também uma das mais completas do país, com livros, jornais e coleções de arte que serviram de pesquisa.
INFORMAÇÕES
Museu de História Natural de Londres (Natural History Museum)
Morada: Cromwell Road, South Kensington, Londres
Horário: todos os dias, 10h00-17h50 (última entrada às 17h30). Encerra dias 24, 25 e 26 de dezembro
Preço: grátis (poderá ser cobrado bilhete para algumas exposições temporárias)
Estação de metro mais próxima (a cerca de 5 minutos a pé): South Kensington (linhas District, Circle e Piccadilly)
De autocarro: Rotas 14, 49, 70, 74, 345, 360, 414, 430 e C1 páram perto do museu.
Nota: no inverno (a partir de finais de outubro), ao lado deste museu, é colocada uma pista de patinagem no gelo (tem entrada paga); durante o verão é possível usufruir dos jardins em redor do edifício