Basileia é atravessada pelo rio Reno e serve de fronteira a três países – numa zona chamada de Dreiländerecke – França, Alemanha e Suíça. O cantão de Basileia ocupa 465 km².
Sabem aquilo que toda a gente diz da Suíça: que não há lixo no chão? É tudo verdade. As ruas estão imaculadas, tudo organizado, o trânsito perfeitamente regulado; transportes públicos impecáveis, etc
Pois, na Basileia é assim mesmo, com esse retrato fiel de limpeza e organizado. Tudo tão organizado, até arquitetonicamente falando.
Acrescente-se a isso o facto de, esta cidade, ser apelidada de capital da cultura da Suíça. Algo que vem do facto de ter mais de 40 museus, no seu pequeno espaço geográfico.
Tem destacados museus, construídos por arquitetos como Renzo Piano, Mario Botta e Herzog & De Meuron. Basileia é muito rica na arquitetura, com o estilo românico da Catedral, e estilo renascentista da Câmara.
A Língua
Basileia é maioritariamente dominada pela língua alemã, mas também se fala francês e os locais têm um dialeto – Baseldytsch – suíço-germânico, similar ao alsácio.
A História
A Basileia foi fundada no ano 44 a.C., tendo estado sob domínio dos Francos desde o século VII até ao século XI, altura em que passou a pertencer ao império germânico.
FESTAS
Basileia é uma cidade rica em museus e galerias de arte mas também acolhe várias feiras nacionais – como a Feira Comercial Suíça, que se realiza anualmente – e um Carnaval, o Fasnacht que dura três dias.
A cidade é muito artística e, uma vez por ano, decorre ArtBasel, a primeira feira para arte clássica e contemporânea que chama muitos turistas do mundo inteiro.
Há mais de cinco séculos que Basileia, em meados de outubro, celebra a Feira de Outono (Herbstmesse), numa tradição que começou em 1471. Além das diversões, há gastronomia regional e as famílias aproveitam para conviver e divertirem-se nas ruas.
O QUE VISITAR
Basileia possui uma catedral gótica, a mais antiga das universidade suíças, fundada em 1459, e um centro histórico muito pitoresco.
O rio Reno separa a cidade em duas, enquanto espreita Basilisk, o dragão mítico que protege a cidade. A sul está Grossbasel (Grande Basileia) com a sua cidade medieval no centro.
A norte fica Kleinbasel (Pequena Basileia) onde a vida noturna é mais activa. Não é Ibiza, claro! Mas tem bares de rua, com esplanadas mesmo no inverno, com aquecedores potentes e mantinhas para o frio não lhe chegar aos ossos.
A maior parte das atrações da cidade estão entre Basel Zoo e o Reno. A maior parte das lojas estão fechadas ao domingo e, por isso, muita gente aproveitar para visitar os museus neste dia: Basileia tem cerca de 40 museus, muitos deles com entrada gratuita.
Facilmente se conhece a cidade a pé, por ruas pequenas, estreitas e muito pitorescas com recantos de encantar. As ruas com lojas são na parte velha da cidade e são ruas pedestres. Basileia tem pistas de bicicletas e convida a conhecer a cidade por este meio.
Junto ao rio Reno, do lado direito, está a estátua de Helvécia que dizem ser a personificação da Suíça, com uma lança e um escudo ao seu lado – a figura está a olhar o rio. Helvécia era também o nome dado pelos romanos à região da Europa Central que corresponde à Suíça.
Caminhe pelas ruas antigas e estreitas desde Marktplatz or Mittlere Brücke to Münsterplatz (praça da Catedral) para ver a imponente Catedral, que está aberta ao público.
Construída entre 1019-1500, apresenta estilo românico e gótico. Um dos seus pontos fortes é a Galluspforte, numa fachada com um trabalho escultural. A sul da fachada também apresenta figuras, incluindo a de S. Jorge a matar o dragão.
O interior tem, entre outras coisas, a leiteira feita a partir de uma pedra do século XIX, e a cripta com as tumbas dos primeiros Bispos da Basileia. Pode-se subir até à torre, à de 62 metros que é a mais baixa das duas torres – a outra é de S. Jorge, com 65 metros, acabada em 1492, depois do terramoto de 1356. Desfrute das vistas espetaculares sobre o rio Reno, a cidade, a Alsácia e Floresta Negra à distância.
No centro da cidade fica o Marktplatz – o mercado onde se vendem frutos e vegetais, pão, pastéis e flores. Funciona em dias da semana e há mais vendedores ao sábado de manhã, porque também há mais compradores nesse dia.
Visite a Câmara Municipal da Basileia – o edifício é muito bonito. É um palácio renascentista junto do Marktplatz. Pode-se entrar para visitar gratuitamente.
O Museu Kunstmuseum reúne arte e coleção permanente com obras dos séculos XIX e XX, incluindo algumas de Picasso, também com quadros renascentistas de artistas europeus. Mesmo ali ao lado fica Museum für Gegenwartskunst, que foca a arte contemporânea.
A obra Carnival Fountain pode ser vista na praça, frente ao Restaurant Kunsthalle on Steinenberg, junto à escultura do artista norte-americano Richard Serra.
O Antikenmuseum Basel, fica frente ao Kunstmuseum e tem uma coleção de antiguidades da Europa. Inclui arte do Egito e da Mesopotânia, assim como arte grega.
A Puppenhausmuseum Basel tem maior colecção de ursinhos e bonecas, casas de brincar, construídas à escala f 1:12 e muito mais coisas que fazem delirar miúdos e graúdos.
Zoológico: é o segundo maior Zoo da Suíça e com animais que raramente se encontram noutros parques. Fica perto da SBB station.
Numa zona mais afastada do centro da cidade, está o que chamam de pequena Veneza. São muitos os canais de água (não tão grandes como os da cidade italiana) que junto a casas, obrigam os moradores a terem carro de um lado e barco nas traseiras. É uma zona residencial muito calma e com arquitetura medieval em alguns pontos.
Numa outra zona, mais moderna, perto do centro de congressos está o prédio mais alto da Basileia. É hotel e também tem salas de eventos. Basta subir até ao último andar, onde tem um bar e desfrutar das vistas do topo.
ONDE DORMIR
Fiquei num hostel e num apartamento que já não estão disponíveis atualmente.
Para selecionarem o alojamento na Basileia, sugiro que procurem pelo que está mais perto do centro. Há de tudo um pouco, desde hostels, apartamentos até hotéis de cinco estrelas, com vista para o Reno. Pesquise os vários alojamentos em Basileia.
Tenham em conta que na Suíça tudo é mais caro do que no resto da Europa. O alojamento foi um dos mais caros que já paguei e estive sempre em locais simples.
ONDE COMER
São variadas as sugestões. Quando houver festas na rua, experimente comer as tradicionais salsichas no pão. São muito saborosas.
Tem no site de turismo da Basileia, várias dicas de locais onde comer e com registo de preço médio. No centro de Basileia é tudo muito perto. Também estão lá sugestões de bares para se divertir à noite.
AEROPORTO E TRANSPORTES
O Euroairport Basel-Mulhouse-Freiburg é um aeroporto bi-nacional. Construído em solo francês, a cerca de 4 Km de Basileia, tem ligação a esta cidade por uma estrada sem portagens.
Quando se chega ao aeroporto, pode-se escolher por ir para os serviços da Suíça e ir para Basileia, ou ir pelos serviços de França.
Se quer ir para a Basileia, tem de se ter atenção para se sair somente pelo controlo de passaportes suíço, senão já estará em solo francês.
A partir do aeroporto pode alugar carro, ir de táxi, ou o autocarro nº 50, que parte junto às “Chegadas” e vai até à estação de comboios.
A maior parte dos hotéis oferece um passe grátis que dá para andar nos transportes públicos de Basileia. Estes incluem também o transporte de autocarro de e para o aeroporto.
Para conseguir tal só tem de mostrar ao condutor do autocarro o papel impresso da sua reserva (confirme com o hotel se ainda existe esse bilhete gratuito).
Se não tiver direito a esse passe gratuito, e tive de ir até ao centro de Basileia tem de comprar um bilhete de duas zonas. Este bilhete é válido em toda a Basileia e não é necessário comprar mais nenhum quando mudar para o eléctrico.
O rio Reno é navegável até Basileia e muitos são os cruzeiros de verão que vêm de Amesterdão até aqui.
Münsterfähri – é o ferry que se apanha abaixo da Catedral; através do Reno. Há também excursões ao longo do Reno, com almoço a bordo, etc.
Não é recomendado que os turistas usem carro. A cidade é pequena e pode tornar-se confusa… não há muitos lugares de estacionamento e os que existem são caros.
ONDE IR PERTO DE BASILEIA
Basileia é uma porta das montanhas suíças Jura e fica perto de cidades como Zurique e Lucerne. Assim, como está perto da região francesa da Alsácia e da Floresta Negra alemã.
Quando lá estive, atravessei a rua e já estava na Alemanha. Na estação de comboios comprei um bilhete para ir até Friburgo, colada à Floresta Negra.
Visitei aquela cidade (o centro, pelo menos, já que só fui uma tarde) que é magnífica e voltei à noite, num comboio muito confortável, a Basileia de novo.
CARTÃO DE BASILEIA
Ao comprar este cartão vai ter descontos em entrada em museus, viagem no ferry e descontos em cruzeiros, uma visita guiada à cidade, entrada no zoológico, descontos em restaurantes, etc
O cartão pode custar 17€ por 24 horas (para criança é mais barato). Há bilhete de 48 e 72 horas e ainda um outro de 24 horas que inclui transportes públicos.
Pode consultar aqui todas as ofertas e preços.
Pessoas conhecidas ligadas à Basileia
– Erasmo de Roterdão viveu na Basileia e ali morreu em 1536
– Nietzsche foi professor na universidade da Basileia em finais do século XIX
– O tenista Roger Federer nasceu na Basileia em 1981