A viagem a Singapura ficou marcada, para Maria Magalhães, pela simpatia dos habitantes e é também por isso que elege este destino como um dos mais inesquecíveis! Aqui fica o relato da sua experiência, com dicas importantes para quem está a pensar visitar Singapura. Viaje com… Maria Magalhães 😀
“Viajar 12 horas, de um país europeu, para chegar a Singapura pode parecer um sacrilégio. Mas nada é mais reconfortante do que chegar ao aeroporto de Changi”, confessa Maria Magalhães salientando que “A organização, a simpatia, a disponibilidade dos habitantes fazem com que até os carateres chineses, escritos nas paredes, se pareçam com a nossa língua materna. E os preços para voar para o Oriente estão cada vez mais convidativos. O segredo é conseguir uma boa promoção. Por exemplo, quem tiver disponibilidade para viajar em época baixa consegue um voo Air France, Lisboa-Singapura, por 500 euros, chave na mão”, revela.
TROCAR DINHEIRO
O primeiro passo, chegando ao aeroporto, é trocar dinheiro. Uma regra fundamental quando se viaja para um país asiático: é trocar sempre o dinheiro no destino. Em Singapura a moeda é o dólar de Singapura (cada dólar vale cerca de 55 cêntimos). Há várias casas de câmbio no aeroporto: todas apresentam a mesma taxa.
Poderá levar já de Portugal algum cambiado para que tenha dinheiro para as primeiras despesas antes de chegar a uma casa de câmbio.
COMO IR DO AEROPORTO PARA A CIDADE
Sair do aeroporto para o centro da cidade é bem mais fácil do que se possa imaginar. O Terminal 1 do aeroporto de Changi tem ligação com a estação de metro situada no Terminal 2. Aí, é muito fácil comprar o bilhete de Metro: basta ir a uma das caixas automáticas de venda de bilhetes e indicar a estação de destino.
Para o centro da cidade, não são necessários mais de 2 dólares de Singapura. E há sempre um funcionário de olhos rasgados e sorriso fácil pronto a ajudar. E depois… bem-vindo à cidade mais high-tech e simultaneamente mais calorosa do mundo! (Pelo menos do meu mundo!).
ONDE DORMIR EM SINGAPURA
Em Singapura muita gente fala inglês (o se não sabe, esforça-se por ajudar) e apesar dos carateres indecifráveis, a maioria das informações é bilingue. Escolher alojamento é fácil. Há centenas de hotéis em Singapura, para todas as carteiras.
Para os viajantes com um orçamento mais confortável, a zona envolvente da Marina é absolutamente recomendável: aqui podem encontrar excelentes hotéis cujos preços não fogem aos padrões de 4 e 5 estrelas em Portugal. O ex-libris da zona, o Marina Bay Sands, vale bem a pena para os mais afortunados – uma noite por 220 euros num hotel cuja piscina tem vista privilegiada para a cidade.
Para quem tem o orçamento controlado, as zonas de Bugis ou Geyland podem ser uma boa escolha. É comum existirem comentários depreciativos acerca destas zonas, principalmente Geyland, a chamada Red Street de Singapura, mas, tal como em toda a cidade, a civilização, a organização e o bom senso imperam.
Os hotéis da cadeia Fragrance (há cerca de seis nestas zonas), têm quartos de hotel pequenos, mas limpos e funcionais, sempre perto de uma estação de metro. Recomendo o Fragrance Hotel Emerald – 40 euros por noite a 10 minutos a pé da estação de metro.
ONDE COMER EM SINGAPURA
Comer em Singapura pode ser uma experiência fascinante. Ao contrário de outras cidades asiáticas, a comida de rua não é tão usual. O forte são os buffets asiáticos,”all you can eat”, por cerca de 6 a 7 dólares de Singapura por pessoa. Nas zonas de Bugis ou Geyland e mesmo em Chinatown ou no centro da cidade, nos mercados junto à Marina, ao casino ou ao Merlion, há boas opções de comida asiática.
Para quem gosta de uma refeição mais ocidental, tem os mil e um shoppings da cidade, espalhados ou pouco por todo o lado, e as famosas cadeias internacionais de fast food, com um preço ainda mais baixo do que em Portugal.
Imperdível: um pequeno almoço tradicional de Singapura (até no aeroporto é maravilhoso), com um Chá Thai bem adoçado e Kaya Toast – um pão bem torrado com recheio de um doce verde bem típico (e com propriedades medicinais, dizem) e manteiga. Uma experiência matinal divina!
O QUE VISITAR EM SINGAPURA
Bem instalados e de barriga cheia, Singapura não é uma cidade de grande história ou monumentos. É uma cidade para se respirar, saborear e viver aos poucos. Em dois dias de passeio, os locais obrigatórios são, sem dúvida, Chinatown ou Little India, que albergam as comunidades estrangeiras mais influentes, o mítico Merlion – o leão símbolo da cidade, e os Gardens By The Bay – jardins plantados à beira mar que nos transportam para um mundo ao estilo Avatar.
É um crime não reservar um dia para conhecer a ilha de Sentosa, acessível pela estação de Metro Harbour Front, em apenas um quilómetro de caminhada – há uma ponte pedonal que o liga diretamente à ilha. Sentosa é um resort idílico criado à parte da confusão comercial e tecnológica de Singapura.
Aqui fica o “maior oceanário do mundo”, dezenas de restaurantes e divertimentos ímpares e o imperdível Universal Studios Singapura. Mesmo para os mais crescidos é uma experiência a não perder e com preços bem acessíveis.
No final do dia, nada melhor do que um pôr-do-sol junto ao Marina Bay Sands onde, diariamente, pelas 20h00, acontece o incrível espetáculo de luz e som, que deixa derretidos até os mais céticos. Dica: vá pelo menos meia hora mais cedo, para reservar lugar e sente-se nos bancos esplanada perto do Merlion. A espera, acredite, não vai ser penosa: a noite a cair em Singapura realça a beleza e a singularidade de uma Ásia que faz de tudo para agradar quem a visita.