Mercado do Bolhão (2023), Porto, Portugal © Viaje Comigo
Publicado em Outubro 14, 2025

“De Tapas por Galicia” traz ao Porto a melhor cozinha galega

Espanha/ Gastronomia/ Notícias

De 16 a 18 e de 22 a 25 de outubro, o Mercado do Bolhão, na cidade do Porto, transforma-se numa rota gastronómica que percorrerá as cidades de Santiago de Compostela, Vigo, Pontevedra, Ourense, Lugo, Ferrol e A Coruña.

A Xunta da Galiza e o Turismo da Galiza apresentam a campanha «De Tapas por Galicia», um evento que reúne os chefs vencedores dos concursos de tapas realizados no ano passado nas sete principais cidades galegas.

Após o sucesso em Madrid e Bilbau, este evento chega ao Mercado do Bolhão, onde todos aqueles que visitarem este espaço emblemático da cidade poderão desfrutar das propostas mais criativas da gastronomia galega em pequeno formato.

Todos os dias, os visitantes poderão provar a tapa vencedora de uma das cidades e acompanhá-la com vinhos das cinco Denominações de Origem galegas: Rías Baixas, Ribeiro, Ribeira Sacra, Monterrei e Valdeorras. Sempre das  11h30 às 16h30, a um preço de 2,5 euros por tapa e 2,5 euros por copo de vinho. Apetecível, não é?

Tapa Pontevedra

Tapa Pontevedra

Mais do que gastronomia

O evento contará ainda com um ponto de informação do Turismo da Galiza, onde os visitantes terão à sua disposição, gratuitamente, uma grande variedade de publicações através das quais poderão descobrir mais sobre este destino: natureza, cultura, património, turismo urbano e, claro, a sua excelente gastronomia.

Para completar a experiência, no piso superior do mercado, estará aberta uma exposição fotográfica composta por 48 imagens nas quais o fotógrafo galego Adolfo Enríquez capta a essência da Galiza.

Tapa Santiago

Tapa Santiago

Ficam aqui as sugestões de visitas – o que não perder! – e de gastronomia de várias localidade da Galiza: Santiago de Compostela, Vigo, Pontevedra, Ourense, Lugo, Ferrol e A Coruña.

Santiago de Compostela

Tapa: Atum-bonito, milho e camarão
Cozinheiro: Alejandro Ferreiro
Restaurante: O Sendeiro

Alejandro Ferreiro
Começou a sua carreira profissional no “O Sendeiro”, restaurante ao qual regressa como chefe de cozinha após um parêntesis de dois anos no Asador O Pazo de Padrón, onde conquistaram uma estrela Michelin.

Tapa: Atum-bonito, milho e camarão
Combina o gosto pessoal deste cozinheiro com a filosofia da cozinha de aproveitamento. No verão, a especialidade do “O Sendeiro” é o Bonito, do qual conservam as ventrescas em salmoura. Alejandro procurava o acompanhamento ideal para uma tortilha de milho frita, e as ventrescas esperavam, prontas, na despensa do restaurante. Acrescentar camarão, maionese de maracujá e mousse de foie foi o resultado de muitas provas. O resultado surpreende pelo equilíbrio entre tradição e sofisticação, com uma apresentação que convida a degustar lentamente.

Catedral de Santiago de Compostela © Viaje Comigo

Catedral de Santiago de Compostela © Viaje Comigo

Santiago de Compostela

Santiago de Compostela, destino do Caminho de Santiago e de milhões de visitantes, é sinónimo de hospitalidade e de boa mesa há dez séculos. Os seus mais de 1.100 restaurantes, bares e taperías são herdeiros de uma tradição que remonta aos peregrinos medievais e que se renovou de forma espetacular nos últimos anos. A histórica Plaza de Abastos – o segundo lugar mais visitado da cidade depois da Catedral – abastece os estabelecimentos de restauração compostelanos desde 1873 com fresquíssimos produtos do mar e da terra. Santiago torna-se assim na capital gastronómica da Galiza.

Em Santiago, o petisco é uma deliciosa experiência quotidiana, presente em todo o tipo de estabelecimentos. Desde os restaurantes mais seletos e locais de tendência até às acolhedoras casas de comida, tabernas, marisqueiras, charcutarias, enotecas, churrasqueiras, hotéis e até mesmo o próprio Mercado de Abastos. O elemento comum que se pode notar é a abundância de tapas, raciones, pinchos e tábuas. Tudo isto com produtos sazonais e de qualidade a bom preço. No centro histórico, as ruas mais movimentadas são, sem dúvida, a do Franco e a Raíña, nas cujas tabernas medievais os peregrinos consumiam vinhos da terra e sardinhas.

Não estranhem se vos oferecerem vinho da casa em malgas! Nas fachadas destacam-se as placas de ferro fundido decoradas com vieiras e cruzes de Santiago. Os locais chamam a nossa atenção com as suas montras, cheias de crustáceos vivos ao lado de peixes, costeletas, chouriços e queijos!

Os arredores do Mercado de Abastos e os bairros vizinhos de San Roque e San Pedro também são muito populares. Por toda a parte convivem a comida tradicional galega com propostas inovadoras e cozinha internacional. Fora do recinto histórico, zonas como o Ensanche, a Praza Roxa e o bairro de San Lázaro oferecem restaurantes e bares de tapas. Após a experiência gastronómica, poderão continuar a desfrutar da cidade e da sua intensa vida noturna.

O Mercado de Abastos é um lugar para comprar e também para admirar. Nasceu no século XIX para reunir, nos antigos hortos dos condes de Altamira, os mercados dispersos pelas praças. Em 1941 adquiriu o seu aspeto atual: oito naves de granito em forma de igrejas com reminiscências românicas. Não é de estranhar que esta “catedral do sabor” congregue até quatro mil visitantes em qualquer sábado.

Mercadode Abastos, Santiago de Compostela

Mercadode Abastos, Santiago de Compostela

Na “praça”, como a chamam os compostelanos, encontrarão frutas, verduras e flores vendidas diretamente pelas próprias produtoras – as “paisanas” –, que ocupam os espaços exteriores. No interior, crustáceos, moluscos e peixes oferecem um espetáculo sobre gelo.

Além disso, há uma nave inteira dedicada à famosa carne da região! Não só poderão contemplar a sua arquitetura e percorrer os postos entre montanhas de marisco ou os aromas do queijo, como também comprar os produtos e mandá-los cozinhar no momento no bar do Mercado. Também não se esqueçam de provar a cozinha de algum dos restaurantes nas imediações do Mercado.

Nas ruas históricas e no Ensanche abundam igualmente estabelecimentos com produtos gastronómicos para provar e levar. Podem encontrar as mercearias coloniais, lojas de comestíveis que se conservam praticamente como na primeira metade do século XX e que nos recordam os tempos em que ofereciam produtos exóticos de ultramar.

Nas suas prateleiras convivem queijos, vinhos, aguardentes, chouriços, grelos, conservas de peixe e moluscos das rias, algas secas e até ouriços e urtigas. A doçura é dada pelas tartas, pedras e caprichos de Santiago (doces à base de amêndoas), os croquiños do Apóstolo (bombons de chocolate e frutos secos), o mel com nozes e uma autêntica joia como o chocolate artesanal compostelano.

Mais doces artesanais são elaborados pelas cinco congregações femininas de clausura. Não se podem ir embora sem provar os almendrados, as bolachas de chá, os queques ou as tartas de Santiago das beneditinas de San Paio, nem tampouco a doçaria natalícia, as bolachas ou os mantecados das dominicas de Belvís.
Podem fazer em grupo, mediante pedido prévio, o tour gastronómico oferecido pelo posto de turismo da cidade, que vos aproximará de todos estes lugares.

Todo o calendário festivo popular reserva momentos gastronómicos inesquecíveis em Santiago. O Carnaval é tempo de cozido, orejas e filloas, mas também de lampreia. Em março ou abril é a Festa da Uña (pé de porco) no bairro de San Lázaro. Na Ascensão reina o polvo – presente em todas as festas populares da cidade – e na noite de São João, os chouriços e as sardinhas.

O verão está cheio de eventos gastronómicos nas aldeias próximas, como as do pimento de Herbón, do lacón, do escalo, do galo, da empanada ou dos cogumelos. Passado o período estival, outubro traz o Magusto, com a venda de castanhas assadas nas ruas. Já em novembro, não poderão resistir aos ossos de santo e aos sonhos fritos.
A cidade celebra um concurso anual de tapas: Santiago(é)Tapas, no qual participam numerosos locais que oferecem propostas tradicionais e criativas elaboradas principalmente com produtos autóctones galegos.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. A visita à Catedral românica, meta de peregrinos de todo o mundo.
2. A subida aos telhados da Catedral para desfrutar das espetaculares vistas da cidade histórica.
3. Um passeio pelas praças barrocas como as do Obradoiro, A Quintana e Praterías, e pelas suas ruas de pedra paradas no tempo.
4. Desfrutar dos parques de Bonaval e da Alameda, com uma bela paisagem em qualquer estação e um miradouro privilegiado.
5. Aproveitar a vida cultural com museus, teatros e auditórios, assim como visitar a impressionante Cidade da Cultura da Galiza, no monte Gaiás.

Pontevedra

Tapa: Tomatún
Cozinheiro: Rubén González
Restaurante: El Cafetín de la Alameda

Rubén González
Rubén repete a participação na gala, representando a cidade de Pontevedra com uma proposta diferente. TOMATÚN é um petisco que combina um dos seus produtos fetiche, o atum, com um acompanhamento da época: o tomate.

Tomatún
O desafio era conseguir um aproveitamento total, um estilo culinário que Rubén defende desde o negócio familiar que dirige: El Cafetín de la Alameda. A proposta consiste num cubo de atum sobre um creme elaborado com o mesmo peixe, que procura imitar visualmente uma rodela de tomate. Completa-se com um tomate recheado sobre uma base crocante, feita com água e pó do próprio fruto. O conjunto é temperado com abacate e gel de lima, conferindo frescura e um sabor doce, ácido e ligeiramente amargo ao bocado.

Igreja de la Virgen Peregrina Pontevedra - Galiza © Viaje Comigo

Igreja de la Virgen Peregrina Pontevedra – Galiza © Viaje Comigo

Pontevedra

Pontevedra é uma cidade com sabor galego, vista por onde se veja. O seu centro histórico, com praças simples e belas, com recantos que convidam à conversa e com a sua gente aberta e hospitaleira, é o cenário perfeito para viver uma viagem ao mais genuíno da cozinha da Galiza. Nos seus bares, tabernas e restaurantes esperam-vos os melhores tesouros das rias galegas, como amêijoas, santolas, navalheiras ou mexilhões, passando por peixes como o linguado, o tamboril ou o rodovalho. Mas os fogões pontevedreses também sabem obter a melhor expressão das carnes galegas ou de pratos tradicionais como o caldo ou os produtos da matança.

O traçado urbano da sua cidade velha é um labirinto de delícias. Aromas que falam de sabedoria culinária, alegria que envolve o melhor vinho albariño, conversas que falam de amizade… Tudo é possível nas ruas de uma capital acolhedora e afetuosa.

Em Pontevedra esperam-vos bons restaurantes onde desfrutar da tradição culinária da Galiza, mas também encontrarão apostas inovadoras onde provar pratos criativos e cheios de personalidade.
As ruas e praças do centro histórico tornam-se no cenário perfeito para o tapeo, com a animação de numerosos bares e esplanadas. Em acolhedoras praças como as da Leña, da Verdura, Teucro, Cinco Rúas ou no entorno do Teatro Principal, bem como nas ruas Figueroa ou Princesa, espera-vos o ambiente mais agradável para desfrutar da gastronomia e de boas conversas em qualquer época do ano, mas especialmente durante o verão.

Não podem sair de Pontevedra sem provar as empanadas de milho ou de trigo recheadas de carne, lombo com chouriço, bacalhau com passas ou marisco – vieiras ou berbigões. Saborear um queijo galego ou uma ração de pimentos de Padrón só pode ter rival no sabor do mar: lulas, polvo, choquinhos na sua tinta… Se procuram algo mais alternativo, Pontevedra também oferece estabelecimentos com produtos 100% biológicos ou com despensa gourmet.

Se os vossos passos vos levarem ao Mercado de Abastos, terão feito a escolha certa, pois desfrutarão de uma experiência única para os amantes da gastronomia. Situado na margem do rio Lérez, o edifício foi reformado em 2003 pelo arquiteto César Portela. No seu interior descobrirão uma explosão de sabores, texturas e cores com os produtos mais requintados da cozinha galega: mariscos, peixes, carnes, queijos, verduras e hortaliças.

Além da venda de produtos alimentares, é habitual encontrarem-se eventos gastronómicos organizados para promover a matéria-prima galega.

Os pontevedreses fazem a sua pequena homenagem ao tapeo diariamente, mas especialmente no outono. Desde o último fim de semana de novembro até ao feriado da Constituição, mais de 50 estabelecimentos participam no concurso “Pontedetapas”, uma deliciosa celebração em que se premiam os petiscos mais criativos e os mais tradicionais. Durante esses dias, as ruas da cidade são uma verdadeira festa de sabores.

A gastronomia é também protagonista da Feira Franca, uma curiosa festa medieval que se celebra em setembro e durante a qual se organizam almoços e jantares à moda antiga. É igualmente o eixo do Carnaval pontevedrês, uma celebração de grande tradição com pratos típicos como o lacón com grelos, o cozido galego ou as filloas.
Nas freguesias pontevedresas há uma grande variedade de festas gastronómicas que valorizam diferentes produtos e pratos.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. Fazer um percurso pelas praças e pazos do centro histórico para apreciar a riqueza heráldica da cidade.
2. Uma rota pelas margens do rio Lérez, com paragens no parque Illa das Esculturas e no mosteiro de San Salvador.
3. Visitar os seis edifícios do Museu Provincial, um dos três melhores e maiores de Espanha, bem como o CITA (Centro de Interpretação das Torres Arcebispais).
4. Aproximar-se até ao Pazo de Lourizán e ao Jardim Botânico, com mais de 500 espécies de todo o mundo, a apenas dois quilómetros do centro da cidade.
5. Um passeio pelo bairro de A Moureira, com recantos onde se aprecia o seu sabor marinheiro.

Mercado de Pontevedra - Galiza © Viaje Comigo

Estátua de vendedora à porta do Mercado de Pontevedra – Galiza © Viaje Comigo

Vigo

Tapa: Neboeira
Tiradito de vieira flambada em coulis de maracujá, com creme de seus corais e crocante de arroz e alga nori

Cozinheiro: Andrés Alfonso
Restaurante: Chemin de Fer

Andrés Alfonso
Andrés Alonso pertence a uma nova geração de chefs que reinterpretam a tradição sem renunciar às suas raízes. A sua cozinha, elaborada com produtos galegos e um toque asiático notável, combina o melhor dos dois mundos para oferecer uma experiência única, cheia de contrastes e criatividade. Em cada prato percebe-se a sua personalidade rebelde e o seu gosto pela fusão. Ele próprio define-a com orgulho como uma proposta de «cozinha canalla».

CHEMIN DE FER
O Chemin de Fer está localizado no coração do Casino de Vigo, dentro do Centro Comercial A Laxe, a poucos passos do Casco Vello. É um restaurante com um ambiente acolhedor e cuidado, que aposta nos produtos locais e sazonais, e onde ganham vida as criações do chef Andrés Alonso. A sua cozinha destaca-se pela liberdade criativa e pela personalidade que imprime em cada prato.
No Chemin de Fer poderá desfrutar de uma proposta gastronómica repleta de nuances que combinam terra e mar. Algumas criações partem de receitas tradicionais reinterpretadas com o selo da casa, enquanto outras exploram influências internacionais, com subtis referências à cozinha asiática.

Vigo, Espanha © Viaje Comigo

Vigo, Espanha © Viaje Comigo

Vigo

Vigo está construída como uma concha de pedra. No centro, os antigos edifícios e os pavimentos pétreos do bairro histórico. As suas ruelas abrem-se entre todo o tipo de construções: casas de pescadores, arcadas, escadarias, panos de muralhas defensivas e baluartes, casas senhoriais e contrafortes que salvam os acentuados desníveis.

No seu coração, o porto. À sua volta, com a solidez e versatilidade que confere um granito de grande qualidade finamente talhado, cresce o Ensanche, com as belas e ricas construções do final do século XIX. Rodeando-o – numa nova volta da concha – estende-se a cidade atual humanizada, os parques florestais, que a coroam no alto, e as praias de areia branca finíssima, que a cingem ao pé da ria.

A arte do tapeo de ostras nasceu em Vigo no bairro histórico. Ninguém sabe quando, mas já eram famosas entre as tropas francesas na Guerra da Independência contra Napoleão! Na rua Pescadería, ou rua das ostras, desfruta-se ao meio-dia destes deliciosos bivalves acompanhados de um bom albariño, um ribeiro ou uma imperial.

Observar as ostradeiras a abrir o seu fresquíssimo produto com assombrosa destreza e rapidez é um espetáculo admirado pelos numerosos clientes que, quase sem esperar, degustam estas iguarias enquanto se despacham centenas de moluscos.

O requintado e reconhecido marisco e peixe fresco, acabado de chegar ao porto de todos os mares, transformou-se em tapa, preparado segundo a tradição ou com o saber singular da cozinha de autor. Vão desfrutá-lo tanto nos restaurantes mais seletos como nas modernas taperías, nas tabernas tradicionais ou nas esplanadas de qualquer bar, ao meio-dia ou ao anoitecer. E, como se diz em Vigo, não se esqueçam do “marisco de cortello” (de curral), ou seja, das carnes tenras e saborosas, marinadas com frescos legumes dos férteis vales que rodeiam a cidade.

Como se de um ritual se tratasse, os vizinhos encontram-se ao redor das rotas de tapeo para iniciar a alegre noite viguesa. O ambiente concentra-se principalmente no casco velho ou nas zonas do Ensanche, Bouzas, Calvario ou Travesas.

Os mercados de abastos de Vigo são o melhor cartaz gastronómico da cidade, um mar de aromas e sabores onde comprar produtos frescos e tradicionais.

Em Vigo temos praças de abastos típicas, como a do Berbés, do Calvario, de Cabral, Teis e Bouzas, onde se exibem espetaculares peixes e mariscos, bem como frutas e verduras. O Progreso ou Travesas são outras praças com solera e de caráter mais urbano. Não deixem de comprar pão galego e prová-lo nas suas múltiplas variedades: de centeio ou milho, com passas e nozes, em forma de bola (circular e pouco alto) ou de barra, ou com nome próprio e cozido nos fornos de Cea (localidade ourensana famosa pelo seu pão). Delicioso!

No Ensanche encontrarão ótimos espaços gourmet, onde comprar conservas viguesas e outros produtos com denominação de origem galega, como vinhos e licores típicos. Sem esquecer as cervejas artesanais!

Em agosto, a Festa da Sardinha de Teis perfuma toda Vigo com sabor a ria, e em setembro, a Festa do Mexilhão em Castrelos enche o nobre parque com estes maravilhosos frutos das bateas. Também o porto de Vigo se veste de gala para a Vigomar, Festa do Marisco de Vigo, que surpreende todos com o mais espetacular produto típico de cada temporada de abundância, que chega após o verão com o primeiro mês terminado em “r”.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. Visitar as ilhas Cíes, joia de Vigo e do Parque Nacional Marítimo-Terrestre das Ilhas Atlânticas da Galiza. Nelas encontrarão uma das melhores praias do mundo: Rodas.
2. A Porta do Sol é o “quilómetro 0” de Vigo, a charneira que une o bairro histórico e o Ensanche. Aí situa-se a escultura de Francisco Leiro, o Sireno, símbolo da união do homem com o mar. Nesta zona concentram-se fundações de arte, centros culturais e museus modernos, bem como as lojas de moda mais exclusivas.
3. Visitar os restos arqueológicos do monte O Castro, origem da cidade nos séculos II e III a.C.
4. Passear pelos bairros históricos do Berbés e de Bouzas, onde o tempo pára, permitindo desfrutar das maravilhosas esplanadas e das vistas para a ria.
5. Apanhar sol em praias para todos os gostos: Samil, urbana e familiar; O Vao, juvenil e surfista; ou Fontaíña, naturista e alternativa. Pelo passeio marítimo chegarão ao Museu do Mar.

Islas Cies - Foto ignacioruiz

Islas Cies – Foto ignacioruiz

Ourense

Tapa: Gamba na corte
Cozinheiro: Paco Gómez
Restaurante: Pulpería A Feira

Gamba na corte
É um jogo visual que coloca uma gamba num cenário tão inesperado como um curral, fundindo dois espaços icónicos da nossa paisagem: o mar e o campo. A proposta compõe-se de uma base de bacon frito, uma gamba, crocante de alho-francês, esferificações de vinagre de pimentos de Padrón, ovas de truta, kizami e flores. Este original petisco será o encarregado de representar a cidade de Ourense nesta ocasião.

Paco Gómez
Este cozinheiro de O Carballiño começou a experimentar na cozinha desde criança, quando acompanhava a sua avó, pulpeira, pelas feiras da região. Conta com uma prolífica trajetória profissional pelo norte de Espanha e afirma que continua a participar em concursos porque desfruta especialmente do processo criativo.

Centro histórico de Ourense, Espanha © Viaje ComigoCentro histórico de Ourense, Espanha © Viaje Comigo

Centro histórico de Ourense, Espanha © Viaje Comigo

Tapa Ourense

Tapa Ourense

Ourense

Numa encruzilhada natural de caminhos históricos, Ourense conjuga na sua gastronomia o melhor da Galiza interior e costeira. Desta zona adotou o culto pelo polvo, e da terra provêm as suas excelentes matérias-primas: produtos da horta, carne de porco, caça, cogumelos ou castanhas.

A cidade conta com uma ampla oferta de restauração que vai desde pequenos bares e tabernas até restaurantes que se situam a meio caminho entre a cozinha caseira tradicional e a de vanguarda. Destaca-se a insuperável relação qualidade-preço dos seus estabelecimentos.

A principal zona de tapeo de Ourense situa-se no labirinto de ruelas compreendidas entre a Praza do Ferro e a Catedral, o espaço popularmente conhecido como Los Vinos. Neste cenário incomparável, rodeados dos principais tesouros artísticos da cidade, vizinhos e visitantes acorrem diariamente para partilhar vinho, almoço e conversas.

Podem fazer-se distintas rotas pelos mais de cinquenta estabelecimentos e assim desfrutar, em pequenas doses, das iguarias da dieta atlântica. Os principais eixos de atração são as prazas do Ferro e o Eironciño dos Cabaleiros, e as ruas de San Miguel, Lepanto, Fornos e Viriato.

Ourense tem dois mercados de abastos que continuam a ser uma referência no comércio de proximidade e na venda de produtos frescos. Situados junto à Alameda e no bairro de A Ponte, contam com bancas de talho, charcutaria, peixaria, laticínios e floristas. É de destacar a prática do “rianxo”, em que pequenos produtores privados acorrem ao mercado diariamente para vender o excedente das suas férteis hortas.

Por outro lado, nos dias 7, 17 e 26 de cada mês há feira em Ourense, uma oportunidade ideal para peregrinar até ao Campo da Feira, junto à zona termal de A Chavasqueira, e provar uma das nossas celebrações gastronómicas mais populares. É imprescindível degustar o polvo – um dos mais famosos da Galiza, a par do de O Carballiño –, a carne ao caldeiro (cozida) e a bica (doce típico semelhante ao bolo), que geralmente se acompanha de licor café.

As duas principais festas gastronómicas de Ourense são o Carnaval, época de cozidos e de saborosas sobremesas como orejas e filloas, e o Magusto, celebrado no dia de São Martinho (11 de novembro). Neste dia a tradição manda provar o vinho novo, os primeiros chouriços e as castanhas assadas nas fogueiras.

As vindimas são também datas especiais na cidade, por ser a única província que concentra quatro denominações vínicas distintas (Ribeiro, Valdeorras, Ribeira Sacra e Monterrei). Não podemos esquecer-nos do bem-sucedido concurso Sabores de Ourense, que conta com duas edições anuais: Sabores de Ourense – Pinchos de Outonoe Sabores de Ourense – Pinchos de Primavera.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. Um percurso pelo centro histórico, onde poderão visitar as principais maravilhas arquitetónicas da cidade, como a Catedral, o Pazo de Oca-Valladares, o Museu Arqueológico ou as igrejas de Santa María Nai e Santa Eufemia.
2. Para recuperar forças, nada melhor do que as privilegiadas esplanadas da Praza Maior.
3. Um banho na Estação Termal de As Burgas, uma piscina ao ar livre situada no coração da cidade e alimentada pela água quente destes emblemáticos mananciais. Podem completar a experiência com a visita à tradicional fonte e ao centro de interpretação arqueológica do local.
4. Um saudável passeio pelas margens do rio Minho. A pé ou de bicicleta, poderão conhecer as suas numerosas pontes, como a Romana ou a do Milénio, e o belo entorno natural que rodeia a cidade, com mais espaços termais como A Chavasqueira e Outariz.
5. Uma visita ao recuperado claustro de São Francisco, uma joia do Gótico situada num monte de onde se podem desfrutar de belas vistas da cidade.

Centro histórico de Ourense, Espanha © Viaje Comigo

Centro histórico de Ourense, Espanha © Viaje Comigo

Lugo

Tapa: Petisco Larpeiro
Cozinheiros: José Luis Pardo e Auriana Macías
Restaurante: Orixe do Campo

José Luis Pardo e Auriana Macías
José Luis, natural de Lugo, iniciou-se no mundo da hotelaria num restaurante familiar da cidade. Atualmente, conta com três estabelecimentos, mas o Orixe do Campo é um projeto especialmente significativo para ele, pois baseia-se numa cozinha que aposta nas raças autóctones e no produto local de mercado. Auriana, natural da Venezuela, tornou-se numa peça-chave da cozinha do restaurante, onde já integra a equipa há dois anos.

Petisco Larpeiro
É a proposta que apresentam nesta ocasião: sobre uma cama de pepino caramelizado com vinho do Ribeiro e rapadura, coloca-se uma camada de creme de abacate, seguida de um tártaro de vieira temperado com um azeite galego. O prato remata-se com uma coroa de caviar cítrico e uma emulsão de carabineiro e vieira.

Tapa Lugo

Tapa Lugo

Lugo

“… E para comer, Lugo”, reza um popular ditado galego imortalizado há anos. E é que a extraordinária qualidade das matérias-primas e a célebre mestria dos restauradores lucenses resultam numa das melhores cozinhas de Espanha.

O excelente marisco e peixe provenientes da costa norte da província; as verduras frescas do campo; as carnes de porco ou da melhor vitela galega criada nos pastos do interior; e a abundante caça e pesca fluvial são as notas de uma gastronomia capaz de reunir pratos e tapas da mais requintada tradição. Lacón com grelos, empanada, caldo galego ou o famosíssimo polvo à feira, com toques próprios das tendências culinárias mais modernas. Todos estes ingredientes fazem da cidade um lugar de culto para os amantes da gastronomia.

O casco velho é conhecido pelo seu ambiente de tapeo. Em Lugo, petiscar é mais do que uma tradição: é um modo de vida. É um prazer a que sucumbem todos os visitantes que chegam à cidade. O que noutros lugares é apenas um simples prato de batatas fritas, em Lugo transforma-se numa mini porção de lulas na sua tinta, cogumelos ao alho, lacón assado, orelha, tripas, polvo…

Em qualquer recanto da zona velha, que engloba o perímetro amuralhado, podem encontrar um bom bar onde tomar um copo de vinho e degustar uma tapa. A maior concentração de locais está ao redor da Praza do Campo (ruas Nova, A Cruz, Bispo Basulto, …) e Campo Castelo, com as ruas situadas mesmo atrás da casa consistorial e que, em bom tempo, enchem-se de esplanadas.

A grande variedade de produtos típicos de Lugo converte a comarca num ponto de referência da boa mesa, com matérias-primas de grande qualidade. Prova disso são os produtos com denominação de origem (D.O.P.) como os queijos San Simón da Costa, Tetilla, Cebreiro e Arzúa-Ulloa; os vinhos da Ribeira Sacra e os licores – Licor Café ou Aguardente de Ervas da Galiza. Também os produtos com indicação geográfica protegida (I.G.P.), como a vitela, o lacón, as batatas e o mel.

Todos eles podem ser conhecidos ou comprados no céntrico Mercado de Abastos. O piso térreo está reservado aos postos de peixe e marisco, de carne de caça e de produtos galegos: marmelada caseira, pão artesanal, empanadas ou roscas caseiras de milho, enchidos e outros derivados do porco.

Durante todo o mês de outubro, nas festas de San Froilán, declaradas de Interesse Turístico Nacional, a gastronomia lucense é dominada pela “comida de feira”, que tem como pratos mais emblemáticos o polvo à feira e a carne ao caldeiro. Aproveitem para não ir apenas nos dias grandes, de 4 a 12!

O polvo curado foi habitual na Galiza desde a Idade Média, em parte graças aos feirantes. Na preparação à feira, coze-se em grandes caldeirões de cobre, corta-se com tesoura e tempera-se com sal, azeite e pimentão picante. A carne ao caldeiro é aba de vitela cozida, temperada com azeite natural e pimentão, e acompanhada com cachelos (batatas cortadas e cozidas com pele).

Ao longo do ano, são obrigatórias datas como o Carnaval, as Catas Literárias do Museu Interativo da História de Lugo; e em junho o Arde Lvcvs, Festa de Interesse Turístico Internacional, durante a qual se celebra o Ars Culinarium, o certame de tapas e pratos típicos da gastronomia dos fundadores da cidade, em que os estabelecimentos lucenses investigam, experimentam e adaptam o receituário romano.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. Um passeio pelo adarve da Muralha Romana, declarada Património da Humanidade e única no mundo que conserva o seu perímetro íntegro (mais de 2 km).
2. Visitar os museus municipais: Domus do Mitreo, Casa dos Mosaicos, Centro Arqueológico de San Roque, Centro de Interpretação da Muralha, Sala de Exposições Porta Miñá e Museu Interativo da História de Lugo (MIHL).
3. As maravilhosas vistas sobre o rio Minho a partir do miradouro do parque de Rosalía.
4. Um passeio pelos trilhos verdes que rodeiam a cidade e atravessam as Terras do Minho, declaradas pela UNESCO Reserva da Biosfera.
5. Caminhar sem pressa pelo Lugo Romano, descobrindo autênticas joias do património arqueológico, como a Piscina Romana de Santa María; e pelo burgo velho, deixando-se surpreender pela soberba Catedral de Lugo (séc. XII) e os seus frescos conhecidos como a “Capela Sistina da Galiza”.

 

Corunha

Corunha

A Coruña

Tapa: Ravioli recheado com cebola e tâmara
Cozinheiro: Vincenzo Amaddeo
Restaurante: AMA Italiana Contemporânea

Ravioli recheado com cebola e tâmara
A sua criação, RAVIOLI RECHEADO COM CHOURIÇO DE CEBOLA de produção local de Lugo e tâmara do Médio Oriente, acompanhado de uma espuma de galmesano e um crumble de pimento da Vera, nasceu a partir de uma descoberta: alguém o convidou a provar um cozido galego com chouriço de cebola, e o seu sabor deixou-o completamente encantado.

Vincenzo Amaddeo
Nascido na Calábria e corunhês de adoção há uma década, Vincenzo descobriu a sua paixão pela cozinha nas festas dominicais da sua casa italiana, onde preparar massa era todo um ritual familiar. Após percorrer a geografia italiana e espanhola, decidiu estabelecer-se em A Coruña, onde deu vida ao AMA Italiana Contemporânea, um projeto culinário que procura fundir o melhor da tradição gastronómica italiana com a riqueza da cozinha galega.

Tapa Coruña

Tapa Coruña

A Coruña

Não é complicado adivinhar o que A Coruña nos oferece, vendo que está rodeada pelo mar por todos os lados! Esta cidade proporciona uma oferta gastronómica para todos os gostos, com uma mesa muito marcada pela sua cozinha atlântica e fruto de uma sábia mistura de tradição e vanguarda. A aposta na matéria-prima de qualidade e nos produtos de mercado são as chaves na cidade.

Nos últimos anos, A Coruña reforçou este compromisso. A sua presença em plataformas como Saborea España multiplicou a sua participação em fóruns nacionais e internacionais do setor sob a marca #SaboreaCoruña, posicionando-se como um dos grandes destinos gastronómicos do noroeste de Espanha.

Em A Coruña ama-se a cozinha e esta paixão reflete-se na celebração de importantes eventos, como o Galicia Fórum Gastronómico, que reúne na cidade os mais importantes cozinheiros do mundo, ou certames como o Concurso de Tapas Picadillo, onde bares e restaurantes corunheses mostram, ano após ano, as suas últimas e mais saborosas criações.

Os corunheses tiveram isso sempre claro. A zona mais popular de tapas e vinhos da cidade é a que compõem as ruas da Franxa, Barreira, Galera, Olmos e Estrela, sem esquecer a Praça de Espanha e arredores. Peixes e mariscos, tapas e porções, vinhos e cervejas sucedem-se ao longo destas ruas em bares, restaurantes e tascas tradicionais, onde a confusão e o bom ambiente estão garantidos. Esta zona encontra-se no coração da cidade, pelo que podem começar o vosso percurso na Cidade Velha, continuar pela Praça de María Pita ou pelas galerias da Mariña, o local perfeito para desfrutar do bom tempo nas esplanadas e de umas agradáveis vistas do porto.

Nos últimos anos, outras zonas de A Coruña juntaram-se à oferta de gastronomia de referência da cidade. O percurso continua deixando para trás a rua da Estrela e percorrendo as ruas que unem as praças de Lugo, de Galicia e de Vigo, onde encontrarão novas propostas de restauração, com um toque mais atual e moderno.

E que melhor recordação desta cidade do que um produto gastronómico? Se fazem parte daqueles para quem os mercados de abastecimento são visita obrigatória quando viajam pelo mundo, então não percam os mercados corunheses: o Mercado de San Agustín, perto da zona de María Pita, e a Praça de Lugo são dois imprescindíveis que, sem dúvida, vos oferecerão uma boa experiência. Destacar-se-ão sobretudo os produtos mais frescos do mar, recém-chegados do Leilão de A Coruña e dos muitos portos da Galícia: linguado, tamboril, pescada, robalo, percebes, nécoras, navalheiras, zamburiñas…

Também não se deve retirar protagonismo aos produtos da horta e às carnes: qualidade máxima garantida! Na zona do **Ensanche** encontrarão outros ultramarinos e lojas delicatessen onde poderão encontrar verdadeiras joias gastronómicas da cidade e de toda a Galícia.

Em A Coruña realizam-se duas festas muito populares que trazem consigo um grande espetáculo gastronómico: o Carnaval, com os seus lacóns, orejas e filloas, e São João, Festa de Interesse Turístico Nacional, que não brilha apenas pelas fogueiras nas praias de Riazor e Orzán, mas pelo sabor e tradição que rodeiam as sardiñadas.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. Subir os degraus da Torre de Hércules, declarada Património da Humanidade pela UNESCO, e desfrutar de A Coruña vista de pássaro.
2. Vistas fantásticas a partir do Miradouro do Monte de San Pedro.
3. Visita aos Museus Científicos Corunheses(Casa das Ciências, Casa dos Peixes, Domus) e ao Museu Nacional de Ciência e Tecnologia (MUNCYT).
4. Uma longa, agradável e saudável caminhada pelo Passeio Marítimo, que pode ser percorrido a pé ou de bicicleta, com vistas para as praias e espetaculares pores-do-sol.
5. Um percurso pelo Castelo de San Antón com as suas belíssimas vistas da baía e da ria de A Coruña.

Corunha

Corunha

Ferrol

Tapa: Os polos opostos
Cozinheiros: Álex Martínez e Mar Lago
Restaurante: Bacelo

Os polos opostos
Recupera um produto profundamente enraizado na tradição ferrolana: as cabeças de bacalhau. A proposta presta homenagem à cozinha de aproveitamento dos trabalhadores da PYSBE com um petisco de contrastes que funde sabores ácidos, doces e salgados, juntamente com ingredientes do mar, da horta e da terra: peixe, verdura e carne. Trata-se de um pastelinho de filloa recheado de couve fermentada, brandade de cabeça de bacalhau, paté de chouriço ceboleiro e pérolas de azeite de oliva.

Álex Martínez e Mar Lago
Há quatro anos, o Bacelo acendeu pela primeira vez os fogões da sua cozinha bilbaína, e esta é a segunda vez que representa Ferrol nesta gala. Álex e Mar conheceram-se na escola de Pontedeume, para onde chegaram – ele e ela – depois de passarem inúmeras horas entre tachos e fogões na cozinha familiar desde muito pequenos.

Tapa Ferrol

Tapa Ferrol

Ferrol

Ferrol é uma terra de matérias-primas de grande qualidade, e isso nota-se na sua deliciosa cozinha, seja numa tasca, num mesão tradicional ou em alguns dos seus restaurantes mais afamados. Na rede de restauração da Cidade Departamental encontrarão vários dos produtos gastronómicos que dão fama à Galiza e outros com selo de identidade local, como a amêijoa de As Pías, apanhada na Ria de Ferrol, e de grande valor culinário.

Também produtos das comarcas vizinhas, como os percebes de Cedeira ou o pão de Neda. Mas de forma alguma podem sair de Ferrol sem provar as suas sobremesas mais saborosas: o arroz-doce, que tem a sua própria festa – a 7 de janeiro, dia do padroeiro, São Julião – e a tarte de castanhas, típica da cidade e vendida em várias confeitarias muito bem embalada para levar na viagem.

E para beber? Os ferrolanos apreciam o bom vinho. A cidade tem merecida fama de ser o lugar onde mais se “chateia” de toda a Galiza. Aqui realizam-se eventos setoriais aos quais acorrem adegas e cozinheiros de prestígio nacional.

Em Ferrol, petisca-se em qualquer dos seus bairros históricos (Esteiro, Canido, Ferrol Vello…), nos de nova construção e, claro, no bairro da Madalena, o centro de Ferrol. De traçado racionalista da época da Ilustração e declarado Conjunto Histórico-Artístico em 1984, esta zona é um dos elementos presentes na candidatura de Ferrol a Património da Humanidade. É muito recomendável passear pelas suas ruas pedonais, uma das principais áreas comerciais e de tapeo, aproveitando para admirar os numerosos edifícios modernistas, que são verdadeiras joias arquitetónicas.

Vão surpreender-se com a enorme quantidade de mesões, tabernas, bares e adegas onde petiscar. Muitos deles são pequenos locais genuínos, enxebres, com apenas algumas mesas de madeira que se enchem nas horas de maior movimento. Vão comprovar que é muito habitual (até parte do ritual) petiscar ao balcão! As ruas com maior concentração de mesões são a Sol, María e Madalena.

A cozinha de mercado, de qualidade e com doses de inovação, encontra-se nos locais mais modernos. É altamente recomendável visitar a rua San Francisco, nas imediações do porto de Curuxeiras, origem desde a Idade Média do Caminho Inglês a Santiago de Compostela e também do caminho de peregrinação a Santo André de Teixido. Na zona contígua ao Cantón de Molíns estão as ruas Carme e Pardo Baixo, com boa oferta de mesões tradicionais e tabernas modernas.

A caminho das praias do norte e do cabo Prior, encontram-se numerosos mesões e restaurantes muito frequentados, sobretudo aos domingos, na zona rural de Covas.

A praça por excelência de Ferrol, e lugar de visita obrigatória, é o Mercado da Madalena. Situado no edifício modernista (reabilitado) da Pescadería, obra do arquiteto Rodolfo Ucha Piñeiro (1923), é um espaço para comprar e admirar. O seu bar é ponto de encontro habitual e a esplanada costuma estar muito animada nas noites de verão. Os dias de maior atividade são terça, quinta, sexta e sábado de manhã.

Os mais madrugadores podem levar as melhores peças de peixe trazidas diretamente de Curuxeiras (leilões de terça a sábado). No bairro da Madalena encontram-se também muitas mercearias e lojas gourmet com produtos de máxima qualidade vindos das hortas próximas. Tanto as suas montras como as das confeitarias ferrolanas não passam despercebidas!

Se tiverem tempo, não deixem escapar a oportunidade de viver uma experiência única navegando pela bela ria ferrolana para conhecer a cidade desde o mar.

No dia de São Julião, a degustação gratuita de arroz-doce atrai milhares de pessoas à praça de Armas. Os pratos típicos do Carnaval são o lacón com grelos, os freixós (espécie de crepes doces que se comem como sobremesa), as orejas e as torrijas.

No outono, organiza-se o concurso Tapéate Ferrol, durante o qual os restauradores dão asas à sua criatividade para criar a tapa mais saborosa e original a um preço módico.
A meio de março e na véspera de São José, tem lugar a Festa das Pepitas, declarada de Interesse Turístico na Galiza. Tão típico é comer *bicos*, um doce em forma de coração, como os próprios estabelecimentos e lojas oferecerem-nos aos clientes.

Não podem sair da cidade sem viver estas experiências:
1. Um passeio pela ria de Ferrol de barco a motor ou à vela, navegando entre castelos.
2. A Semana Santa de Ferrol, declarada Festa de Interesse Turístico Internacional.
3. As Rotas da Construção Naval, que incluem visitas guiadas ao Arsenal; à Navantia no city-tren; ao Museu Naval e Exponav (guiadas para grupos); e visitas livres ao Castelo de San Felipe ou ao Quartel de Dolores.
4. A Rota do Modernismo, com mais de vinte edifícios singulares.
5. As magníficas praias de areia branca e selvagens, como Doniños, San Xurxo, Esmelle, Covas, Ponzos…, onde praticar desportos náuticos ou aprender nas excelentes escolas da zona.

Corunha

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