Publicado em Novembro 26, 2015

Dicas para Viajar para Luxemburgo

Europa/ Luxemburgo

O Grão-Ducado do Luxemburgo é o país mais rico da União Europeia, em termos de rendimento per capita e, ao mesmo tempo, um dos mais pequenos. A sua disposição geográfica faz com que receba influências dos países que o ladeiam, seja a nível arquitetónico, gastronómico ou mesmo linguístico.
As zonas urbanas são acolhedoras e bem organizadas. Para os amantes da natureza existem trilhos para explorar de bicicleta ou a pé, para ficar a conhecer a faceta mais tradicional deste país.

Vista sobre a Praça da Constituição - Luxemburgo © Dalia Cavaco

Vista sobre a Praça da Constituição – Luxemburgo © Dália Cavaco

Capital: Luxemburgo

Área: 2 586 km2

População: 645.397 habitantes (2021)

Língua: Francês, alemão e luxemburguês

Moeda: Euro

Fronteiras: Bélgica, França e Alemanha

Sistema Político: Monarquia Constitucional Parlamentar

Bandeira de Luxemburgo

Bandeira de Luxemburgo

Religião: predominantemente cristã

Horário: +1h que em Portugal Continental; +3h em relação a Brasília

Clima: temperado continental

Visto: cidadãos portugueses não necessitam de visto; cidadãos brasileiros não necessitam de visto para estadias até 90 dias.

Gastronomia: a batata está presente na maior parte dos pratos como no Tierteg, puré de batatas com chucrute, e no judd mat gaardebounen (pescoço de porco com feijão). Também o bacalhau seco com azeite é bastante típico.

Ville Haute - Luxemburgo © Dália Cavaco

Ville Haute – Luxemburgo © Dália Cavaco

Telefones Úteis
Emergências: 112
Polícia: 113
Indicativo: +352

– Estás à procura de alojamentos para a tua viagem? Pesquisa aqui

Buscar hotel

Destino
Data de entrada
Data de saida

Precisas de SEGURO DE VIAGEM? Ao ires por este link tens, como leitor do Viaje Comigo, 5% de desconto! Viaja em segurança!

Iati seguros

Rochedo do Bock - Luxemburgo © Dália Cavaco

Rochedo do Bock – Luxemburgo © Dália Cavaco

Praça da Constituição e Gâlle Fra - Luxemburgo © Dália Cavaco

Praça da Constituição e Gelle Fra – Luxemburgo © Dália Cavaco

A HISTÓRIA

Texto de Dália Cavaco

O Grão-Ducado do Luxemburgo é um dos países mais pequenos da Europa (ficando só atrás de Malta) e está localizado no centro do continente Europeu, fazendo fronteira com a Alemanha, Bélgica e França.

Tem 96km de extensão, por 65km de largura e é muito fácil de ser explorado, ou não fossem os transportes públicos gratuitos para todos – sim, para os turistas também!

Encontra-se repleto de florestas, vales e colinas, cascatas, castelos, palácios e museus históricos. O Luxemburgo é o único Grão-Ducado do mundo e é um estado soberano, com democracia representativa parlamentar, representado pela figura do Grão-Duque, Henri Albert, como monarca constitucional e chefe de estado.

Praça do Teatro - Luxemburgo © Dália Cavaco

Praça do Teatro – Luxemburgo © Dália Cavaco

Pont du Chateau - Luxemburgo © Dália Cavaco

Pont du Chateau – Luxemburgo © Dália Cavaco

COMO TUDO COMEÇOU

Não é fácil dissociar a história do país à história da cidade, porque na realidade o Luxemburgo teve a sua origem na cidade, que começou no Rochedo de Bock, um promontório com uma pequena fortaleza, Lucilinburhuc – comprado em 963 pelo Conde Siegfried, descendente de Carlos Magno. Foi aqui que o nome de Luxemburgo apareceu pela primeira vez na história, nome esse que passou a ser da cidade e, de seguida, o nome do país que se desenvolveu em redor da cidade.

Uma cidade que foi sendo rodeada de fortificações ao longo dos séculos, por todos os seus “proprietários”: em 1437 foi vendido a Filipe III de Borgonha (venda originada pela falta de herdeiros masculinos na Casa do Luxemburgo) e passou a fazer parte da Casa dos Bourbons. Posteriormente, passou pela Casa dos Habsburgo, de Hohenzollern e também fez parte do território francês. Chegou ao ponto de ser considerada a “Gibraltar do Norte”.

Em 1815, com a derrota de Napoleão, foi disputado pelos Países Baixos e pelo Reino da Prússia. O Congresso de Viena “deu a vitória” aos Países Baixos, formando o Grão-Ducado do Luxemburgo e unindo-o aos Países Baixos e à Bélgica, que passaram a formar o Reino dos Países Baixos.

Ponte Adolphe e Parque Petrusse - Luxemburgo © Dália Cavaco

Ponte Adolphe e Parque Petrusse – Luxemburgo © Dália Cavaco

Place d'Armes - Luxemburgo © Dalia Cavaco

Place d’Armes – Luxemburgo © Dalia Cavaco

REVOLUÇÕES E OCUPAÇÕES

A Revolução Belga, entre 1830 e 1839, reduziu o tamanho do território do Luxemburgo em mais de metade (na Bélgica existe uma província com o nome de Luxemburgo Belga, na região da Valónia Oriental). Em 1839, com o Primeiro Tratado de Londres, o Grão-Ducado do Luxemburgo tornou-se independente, independência essa que voltou a ser reafirmada com o Segundo Tratado de Londres, em 1867, e posteriormente procedeu-se ao desmantelamento da fortaleza.

Foi invadido e ocupado pela Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, mas manteve a sua independência e os seus mecanismos políticos. Voltou a ser invadido na Segunda Guerra Mundial, em 1940, e formalmente anexado ao Terceiro Reich, em 1942. Nesta época, o país abandonou a sua política de neutralidade ao juntar-se aos Aliados contra a Alemanha.

Parque Petrusse - Luxemburgo © Dália Cavaco

Parque Petrusse – Luxemburgo © Dália Cavaco

O Luxemburgo foi membro fundador da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1946 e da NATO em 1949. Em 1957, tornou-se num dos países fundadores da atual União Europeia, juntamente com a Bélgica, Alemanha, França, Itália e Países Baixos. Aliás, um dos pioneiros envolvidos na criação da União Europeia (inicialmente CECA) foi Robert Schuman, que nasceu na cidade Luxemburgo em 1886. Podemos encontrar a casa onde ele nasceu, em Clausen – um dos distritos da cidade, onde hoje é a sede do Centro de Estudos e Pesquisas Europeias.

Casa onde nasceu Robert Schuman, o pai da Europa, em Clausen - Luxemburgo © Dália Cavaco

Casa onde nasceu Robert Schuman, o pai da Europa, em Clausen – Luxemburgo © Dália Cavaco

Devido à importância histórica no país, as fortificações existentes na cidade e o próprio centro histórico, estão inseridos na lista de Património Mundial da UNESCO, desde dezembro de 1994, há quase 30 anos. Também já foi designada de Capital Europeia da Cultura por duas vezes: a primeira em 1995 e a segunda em 2007. Em 2022, o Luxemburgo volta a ter uma Capital Europeia da Cultura, mas desta vez é Esch-sur-Alzett, a segunda maior cidade do país.

Parque Drai Eechelen, Forte Thungen e Kirchberg ao fundo -Luxemburgo © Dália Cavaco

Parque Drai Eechelen, Forte Thungen e Kirchberg ao fundo -Luxemburgo © Dália Cavaco

Palacio Ducal - Luxemburgo © Dália Cavaco

Palacio Ducal – Luxemburgo © Dália Cavaco

LÍNGUAS

Tem três línguas oficiais: o luxemburguês, o francês e o alemão. Mas facilmente encontramos alguém que fale inglês ou mesmo português, ou não fosse este país o destino de muitos emigrantes portugueses e estes serem uma das maiores comunidades de emigrantes no país (cerca de 15% do total da população que mora no Luxemburgo é portuguesa).

Grund - Luxemburgo © Dália Cavaco

Grund – Luxemburgo © Dália Cavaco

Gare Central do Luxemburgo © Dália Cavaco

Gare Central do Luxemburgo © Dália Cavaco

CIDADE DO LUXEMBURGO

A cidade do Luxemburgo, a capital do país, e o seu centro histórico são uma mistura de estilos, que vão desde o medieval até ao contemporâneo, alternados com o verde dos vales que rodeiam a cidade, do rio Alzette e das inúmeras pontes existentes, são mais de 100 no seu total. Algumas dessas pontes são imponentes e ligam os dois lados da cidade, como a Ponte Adolphe, a Ponte Grand Duchesse-Charlotte, também conhecida como ponte vermelha ou a Passerelle. É também a cidade mais populosa do país e cerca de 30% dos seus habitantes são estrangeiros.

Gâlle Fra - Luxemburgo © Dália Cavaco

Gelle Fra – Luxemburgo © Dália Cavaco

Forte Thungen - Luxemburgo © Dália Cavaco

Forte Thungen – Luxemburgo © Dália Cavaco

Forte Obergrunewald - Luxemburgo © Dália Cavaco

Forte Obergrunewald – Luxemburgo © Dália Cavaco

Dependendo do que quiser fazer, e/ou visitar, a cidade do Luxemburgo poderá ver-se bem num dia, o que faz que muitas vezes se junte com uma viagem a Bruxelas, por exemplo. No entanto, para ver tudo com calma e poder entrar em alguns museus (se gostar) dois dias são suficientes.

Para visitar as principais atrações do país, e a cidade, são necessários quatro ou cinco dias.

Dica pessoal de Dália Cavaco: como moradora nesta cidade, duas ou três vezes por semana gosto de ir passear pelo centro, simplesmente caminhar. Gosto de ir ver o movimento das ruas da capital ou simplesmente apreciar o sol (normalmente o pôr-do-sol) da Praça da Constituição.

Ver o Vallée de la Pétrusse (o vale que rodeia a Ville Haute – Cidade Alta) a ganhar as cores de outono e ver o sol a pôr-se é um espetáculo indescritível – e acredite que não sou a única à espera deste espetáculo diário. Uma cidade pequena, mas com imensa vida. Sempre pessoas na rua, sejam grupos de turistas, trabalhadores na correria do dia-a-dia, miúdos a saírem da escola ou pessoas a passear.

Catedral de Notre-Dame do Luxemburgo © Dália Cavaco

Catedral de Notre-Dame do Luxemburgo © Dália Cavaco

Abadia de Neumunster - Luxemburgo © Dália Cavaco

Abadia de Neumunster – Luxemburgo © Dália Cavaco

EVENTOS NA CIDADE DO LUXEMBURGO

Há também sempre algo a acontecer na cidade do Luxemburgo:

– ou são os mercados semanais;

– ou as festas por altura da Páscoa e o Mäertchen (um mercado com duração de duas semanas entre a Páscoa e o Pentecostes e que tem início no terceiro sábado depois da Páscoa);

– ou o Dia da Europa, que se comemora a 9 de maio com um feriado no país desde 2019, e onde as instituições europeias abrem as portas ao público em geral, com atividades e visitas;

– ou o Feriado Nacional, a 23 de junho, onde se comemora o aniversário do Grão-Duque, mas que a festa começa no dia 22, com a troca da Guarda do Grão-Duque em frente ao palácio ducal, passa pela procissão das tochas ao inicio da noite e termina com fogo de artificio, lançado da Ponte Adolphe.

– Em agosto, existe a feira mais antiga do país, que se realiza há mais de 680 anos, a Schueberfouer – aquilo que começou por ser um mercado de utensílios domésticos e produtos agrícolas, é hoje a maior feira de diversões do país, tem a duração de três semanas e recebe cerca de dois milhões de visitantes anualmente.

– E uma das épocas mais bonitas do ano: o Natal. E com o Natal chegam os mercados de Natal, espalhados pelas várias praças da cidade (e por outras cidades e vilas do país) e que têm início em novembro, a dia 18.

  • Ver mais Dicas do Luxemburgo, aqui.
    Banque et Caisse d'Epargne de l'Etat e Museu da Banca - Luxemburgo © Dália Cavacoo

    Banque et Caisse d’Epargne de l’Etat e Museu da Banca – Luxemburgo © Dália Cavacoo

    Banco Central do Luxemburgo © Dália Cavaco

    Banco Central do Luxemburgo © Dália Cavaco

 

Comentários

Poderá também gostar de

Regressar ao topo