Na Tailândia, o mercado flutuante pode ser algo um pouco produzido para turistas verem, mas é muito interessante e merece que passe lá, pelo menos, uma manhã. Fiz a minha visita ao Mercado Flutuante de Damnoen Saduak, a partir de um tour de Banguecoque.
Este é um local muito tradicional, já que é aqui que os locais fazem as suas compras do dia a dia. Ainda que agora o mercado esteja adaptado aos turistas (com preços mais inflacionados), é ao início da manhã que os habitantes vêm fazer as suas compras de legumes, frutas, peixes, etc.
Viver ao longo de um canal fez com que os habitantes locais aproveitassem as margens para desenvolverem negócios. Outros transformam os próprios barcos em restaurantes, com assadores e mini-fogões, cozinhando e vendendo a comida.
Os barcos são o meio de transporte mais habitual. Usam uns guarda-sóis tanto para proteger do sol, como da chuva (como foi o meu caso). Existem tantos barcos que chega mesmo a haver trânsito de barcos no canal – como pode ver no vídeo. Todos estão muitos habituados a que se fotografe e – não fosse este o “país dos sorrisos” – todos colaboram com um olá tailandês e sorridente.
Para chegar ao mercado flutuante, primeiro partimos de Banguecoque, manhã cedo, numa carrinha que apanha os vários participantes nos hotéis na área de Khaosan Road. Íamos parando e apanhamos mais algumas pessoas e, por fim, partimos para a zona do mercado flutuante.
O nosso motorista tinha o pé pesado, por isso, chegamos antes do tempo previsto ao canal. Esperamos alguns minutos (com tempo para ir à casa de banho – aqui e no mercado paga-se a entrada na casa de banho) e apanhamos um barco a motor que nos leva ao mercado flutuante. Quando lá chegamos, o guia perguntou se queríamos outro tipo de passeio: de elefante, algo com crocodilos ou o passeio de barco – que é pago à parte – de 150 baht por pessoa. Escolhi o passeio de barco.
O passeio no barco dura cerca de 20 minutos – parece inicialmente pouco tempo, mas é o suficiente para dar uma volta pelo canal – passando por várias lojas, junto da água, e pelos barcos que vendem comida, chapéus, etc.
Alguns comerciantes tentaram vender-nos coisas à passagem do barco, mas não vi ninguém a fazer-lhes compras. Nem sei como ganham a vida! O passeio é curto de mais para nos deixarmos levar por algo e a passagem é rápida demais para nos decidirmos. Depois de o barco parar vai ter muito tempo para dar uma volta pelas várias lojas – e aí sim vi muita gente a fazer compras.
Depois do passeio de barco, vai ficar cerca de duas horas a passear nas margens do canal. Ou seja, muito tempo para compras todas. Além de roupa, fruta, acessórios, objetos de decoração, os bálsamos de menta (vendidos em todo o lado para quase-todos-os-males-do-corpo), há ainda outras atrações para turistas.
Há cobras para tirarem fotografias e também os doces loris lentos… Como não gosto que explorem os animais não tirei foto com nenhum deles, mas não resisti a tirar à dona com o bichinho. Falei com ela. Apesar de o animal ter sempre aquele ar infeliz – e estar fora do seu habitat – depois de falar um pouco com a dona, acho mesmo que ela o tratava bem.
Nestas lojas, para negociar, é essencial que já tenha o termo de comparação em relação a Banguecoque.
Porque, os comerciantes dizem de tudo para vender: “é seda tailandesa”, “é feito tudo à mão”, etc E até pode ser mas os preços aqui são mais elevados. Negoceie bem. O lado onde deixam os turistas para entrarem nos barcos é também mais caro do que a outra margem. Depois do passeio de barco, faça o percurso junto à margem, atravesse a ponte e passe à outra margem. Como não recebem tantos turistas, conseguem-se melhores preços.
Se estiver farto de compras e de regatear há cafés, com esplanadas, onde pode provar gelados, fruta e até um café-bar muito “cool”, que parece deslocado de tão moderno que é.
Nota: depois de fazer o passeio de barco, comecei a caminhar na direção da ponte (de onde se tiram as melhores fotografias do canal) e vi que havia passeio de barco, a remos, por 100 baht (ou seja, menos 50 baht que o meu) mas não sei se era a mesma duração (20 minutos). No mesmo local, para ir num barco a motor era 250 baht por pessoa.
Se não quiserem gastar mais dinheiro, podem simplesmente passear pela zona, sem o passeio de barco. Mas, o mercado é feito de lojas que vendem quase todas o mesmo: roupa, souvenirs, algumas com obras de arte, como quadros, e ainda pode assistir a pinturas em porcelana e à arte de modelar sabonetes.
É nos barcos que está a maior parte dos locais com comida asiática, mas também há restaurantes em terra firme.
Neste tour, apanharam-me e deixaram-me à porta do meu hotel em Banguecoque – o preço incluía somente o transporte para o mercado flutuante: primeiro de carrinha e depois no primeiro barco. O segundo barco, a remos, é pago à parte (os tais 150 baht/pessoa).
O tour arranca cedo de Banguecoque, por volta das 7h00, para apanhar as outras pessoas (noutros hotéis), e demora cerca de uma hora a chegar ao mercado. Ficamos lá das 9h30 às 11h00. Depois do passeio de barco (20 minutos), tem ainda mais de uma hora para passear e fazer as compras.
TOURS PARA O MERCADO FLUTUANTE (E OUTROS TOURS A PARTIR DE BANGUECOQUE):
– Tour para o Mercado Flutuante
– Mercado Flutuante e Comboio de Maeklong