Templo Branco - Chiang Rai © Josch13
Publicado em Outubro 14, 2025

O Templo Branco de Chiang Rai: uma obra-prima contemporânea da Tailândia

Ásia/ Tailândia [ Chiang Rai ]

A cidade de Chiang Rai, no norte da Tailândia, guarda um dos templos mais surpreendentes e fotogénicos do país: o Wat Rong Khun, mais conhecido como Templo Branco de Chiang Rai. A poucos quilómetros do centro da cidade, esta obra-prima não é apenas um templo budista, mas também uma expressão artística que combina espiritualidade, tradição e modernidade. Quem visita o norte da Tailândia rapidamente percebe que esta é uma paragem obrigatória em qualquer itinerário.

Localização:

Localizado na Phahonyothin Rd, Mueang Chiang Rai District, Chiang Rai 57100, Tailândia, o templo é facilmente acessível por transporte público ou táxi.

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Templo Branco - Chiang Rai - Tailândia © Josch13

Templo Branco – Chiang Rai – Tailândia © Josch13

A história por detrás do Wat Rong Khun

Diferente da maioria dos templos tailandeses, o Templo Branco é uma criação recente. A sua construção começou em 1997, idealizada pelo artista tailandês Chalermchai Kositpipat, natural de Chiang Rai. Movido pelo desejo de homenagear Buda e a sua terra natal, o artista decidiu investir o seu próprio dinheiro na obra, recusando financiamentos externos para manter a liberdade criativa.

Chalermchai imaginou o templo como um espaço onde a Arte pudesse transmitir mensagens espirituais. A sua intenção foi criar uma ponte entre o budismo tradicional e a sociedade contemporânea, utilizando símbolos modernos para atrair a atenção das novas gerações. Alguns super-heróis… Sabe quais?  Ainda hoje, o projeto não está concluído, e prevê-se que continue em expansão durante várias décadas.

Primeira impressão: um templo feito de luz

Ao aproximar-se do Wat Rong Khun, o visitante depara-se com um cenário quase surreal. O templo é completamente branco, simbolizando a pureza de Buda, e está adornado com pedaços de vidro que brilham sob a luz do sol. Esse efeito cria uma sensação etérea, como se o edifício emanasse luz própria.

A cor branca também contrasta com a maioria dos templos tailandeses, tradicionalmente dourados e coloridos. Chalermchai quis destacar-se dessa tradição, transmitindo a ideia de que a pureza espiritual é superior à riqueza material.

Templo Branco - Chiang Rai - Tailândia © Josch13

Templo Branco – Chiang Rai – Tailândia © Josch13

A travessia da ponte: do sofrimento à iluminação

A entrada no templo é uma experiência simbólica. Antes de atravessar a ponte principal, o visitante encontra uma escultura impressionante: centenas de mãos que parecem emergir do solo, representando os desejos humanos, a ganância e o sofrimento do ciclo da vida.

A ponte, estreita e reta, conduz até ao edifício central (ubosot), simbolizando o caminho para a iluminação. Ao cruzá-la, o visitante deixa para trás as tentações mundanas e avança em direção à paz espiritual. Esta metáfora visual é uma das partes mais impactantes da visita.

O interior: murais inesperados e contemporâneos

O interior do templo surpreende ainda mais. Ao contrário do que se poderia imaginar, as paredes não apresentam apenas imagens tradicionais de Buda. Pelo contrário, os murais criados por Chalermchai incluem referências à cultura pop e ao mundo moderno: personagens como o Homem-Aranha, Doraemon, os Simpsons, Neo de Matrix e até cenas de guerras e catástrofes.

Estas imagens contrastam com a serenidade do exterior, mostrando como o mundo contemporâneo está repleto de distrações, violência e desejos materiais que afastam o ser humano da iluminação. Para Chalermchai, estas representações funcionam como alertas espirituais para a sociedade atual.

A inclusão de personagens da Marvel no Templo Branco gerou controvérsia entre alguns budistas tradicionais que consideram a prática inadequada. No entanto, Kositpipat defende sua escolha, afirmando que o objetivo é tornar o budismo mais acessível ao público jovem e promover a tolerância e o respeito entre diferentes culturas.

A ligação entre o Templo Branco de Chiang Rai e os Vingadores é um exemplo interessante de como a cultura pop pode ser utilizada para transmitir valores universais e promover o diálogo entre diferentes culturas. A escolha de Kositpipat em incorporar personagens da Marvel em suas obras demonstra sua criatividade e seu compromisso em tornar o budismo mais relevante para o mundo contemporâneo.

Outras áreas do complexo

Embora o templo principal seja a atração central, o complexo do Wat Rong Khun inclui várias estruturas adicionais:

  • Salão de exposições: espaço que apresenta obras do artista, incluindo pinturas e esboços que ajudam a compreender a sua visão artística.
  • Mosteiro e edifícios auxiliares: usados pelos monges e para funções cerimoniais.
  • Jardins ornamentados: pontes, lagos e esculturas complementam a experiência, criando um ambiente de contemplação.
  • Casa de banho dourada: sim, até as casas de banho são uma atração! Ao contrário do templo branco, o edifício é dourado e representa o corpo humano e as necessidades terrenas, em contraste com a pureza espiritual.

Informações práticas para a visita

  • Localização: o Templo Branco fica a cerca de 13 km a sul de Chiang Rai, acessível de carro, tuk-tuk ou excursões organizadas.
  • Horário: geralmente abre das 8h00 às 17h00, mas convém confirmar localmente, já que podem existir alterações em feriados religiosos.
  • Entrada: o valor simbólico que contribui para a manutenção do templo.
  • Código de vestuário: como em qualquer templo na Tailândia, é necessário usar roupa modesta. Ombros e joelhos devem estar cobertos.
  • Melhor hora para visitar: de manhã cedo, quando a luz do sol faz brilhar os espelhos e antes que o local se encha de turistas.

O impacto cultural e espiritual

O Templo Branco tornou-se um ícone não só de Chiang Rai, mas de toda a Tailândia. Para os tailandeses, representa uma fusão entre tradição e modernidade, entre arte e religião. Para os viajantes, é um exemplo de como a espiritualidade pode ser comunicada através da criatividade.

Chalermchai Kositpipat considera o Wat Rong Khun a sua obra de vida. Acredita que, mesmo após a sua morte, outros artistas continuarão o projeto, garantindo que o templo cresça e se transforme com o tempo.

Dicas para quem viaja até Chiang Rai

  • Combine a visita ao Templo Branco com outros pontos turísticos da região, como o Templo Azul (Wat Rong Suea Ten) e a Casa Negra (Baan Dam Museum), criando um percurso cultural fascinante.
  • Reserve pelo menos meio dia para explorar o complexo com calma.
  • Traga a máquina fotográfica, mas prepare-se para respeitar as regras: fotografias são permitidas no exterior, mas dentro do templo principal é proibido.
Templo Branco - Chiang Rai - Tailândia © Josch13

Templo Branco – Chiang Rai – Tailândia © Josch13

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