Vou viver para o interior de Portugal: Aldeia do Juízo

Durante um mês vou ter uma experiência única: vou viver no interior de Portugal. O meu país é cheio de encantos e, quanto mais o exploro, mais percebo que este cantinho da Europa é mesmo muito especial.

Como é viver numa aldeia? Como é viver no interior do país? Cada vez são mais as histórias de gente da cidade que quer ter uma vida diferente e muda-se para o interior… Então, porque não experimentar isso mesmo? Fiz as malas e aqui estou eu!

Aldeia do Juízo – Pinhel © Viaje Comigo

Vou estar na Aldeia do Juízo, mais precisamente nas Casas do Juízo, em Pinhel. Vou trabalhar a partir de lá e também ficar a conhecer melhor esta região. Podem ir acompanhando nas stories do Instagram do Viaje Comigo e na página do Facebook do Viaje Comigo.

A Aldeia do Juízo, uma aldeia tipicamente beirã, fica na Freguesia do Vale do Côa, Concelho de Pinhel e Distrito da Guarda. Já teve uma grande importância social, noutros tempos, tendo sido Villa Romana e, hoje em dia, é o local perfeito para descansar e onde pode encontrar bastante história e sobretudo a autenticidade aldeã.

Aldeia do Juízo – Pinhel © Viaje Comigo

“Na nossa aldeia, as marcas do passado, estão bem presentes nos dias de hoje: gravações em pedra, lagares de vinho, forno comunitário, tronco, fontes, poleiros, cortelhos. Azeite, vinho e amêndoa, o melhor da nossa aldeia, acompanhados por um queijo/requeijão e um belo pão”, dizem na apresentação das Casas do Juízo, onde vou ficar alojada.

Entretanto, durante todos os fins de semana de julho podem encontrar-me nas Aldeias Históricas de Portugal a acompanhar o “Ciclo 12 em Rede – Aldeias em Festa”. Quem se junta a mim?

Igreja do Juízo – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

No concelho de Pinhel, a freguesia de Juízo tem vindo a ser recuperada últimos anos. E as Casas do Juízo fazem parte desse plano, em tornar esta pitoresca aldeia beirã, que foi Villa Romana, num ponto de passagem dos viajantes do mundo inteiro. São oito casinhas tradicionais, apetrechadas com tudo o que precisa para descansar e gozar do bom silêncio desta aldeia do interior português.

O mentor do projeto e das Casas do Juízo – que vieram dar nova vida à aldeia – é José Guerra, nascido nesta terra, que não conseguiu ficar parado, mesmo depois de reformado, e abriu as Casas do Juízo – Turismo Rural para acolher visitantes de todo o mundo. São oito casas – umas maiores outras menores, para 2, 4 ou 8 pessoas – todas remodeladas e adaptadas aos dias de hoje: a Casa da Roseira, a Casa do Telheiro, a Casa do Palheiro, a Casa das Talhas, a Casa do Museu, a Casa da Capela, a Casa do Juiz e a Casa do Forno. Os nomes são bastante sugestivos, não são? E todas têm inspiração aquilo que já foram um dia: o local para guardar animais, as talhas (onde guardavam o azeite), etc.

Antiga cadeia – Juízo – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Como área comuns a todos os hóspedes, dispõe de uma piscina exterior (coberta e aquecida no inverno) que é vizinha de uma sala com máquinas de ginásio, uma zona de lazer, jardins, churrasqueira, forno a lenha, fogão a lenha, uma horta biológica, estufa e estábulo de animais.

Todas as casas têm internet, televisão, frigorífico, casas de banho privadas, ar condicionado, secador de cabelo, sofás e cozinhas com o que necessita para fazer as suas refeições (placa elétrica microondas, máquina de café, torradeira, jarra elétrica, louça, talheres, etc). Se preferir não cozinhar, pode fazer as refeições, ali ao lado, na Taberna do Juiz, com petiscos tradicionais e com os produtos da terra em destaque, servidos pela Daniela e pelo André. Uma sala de refeições típica, bem decorada, com um toque de casa de aldeia, para acompanhar os sabores tão típicos. Tem toda uma ementa cheia de petiscos, a Taberna do Juiz.

Taberna do Juiz – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Taberna do Juíz – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Salada na Taberna do Juiz – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Taberna do Juiz – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

O nome da aldeia dá para fazer todo o tipo de piadas, principalmente relacionadas com a falta de juízo que alguns terão… Encontrarão aqui o que lhes falta? Talvez… relaxando e descansado, pode ser que ganhem mais juízo.

Se desejar, o anfitrião pode, inclusive, acompanhá-lo numa visita guiada à aldeia que ajudou em parte a reconstruir. Destaca gravações ancestrais das pedras, as antigas casas do gado, onde guardavam os alimentos, utensílios que já não são usados, a reconstrução da igreja e um futuro museu com utensílios da terra, na casa que já foi cadeia (tem ainda as grades nas janelas). É uma espécie de viagem de regresso ao passado, comentada por José Guerra.

Todas as Casas do Juízo são diferentes, apesar de todas terem um denominado comum: o toque de rusticidade. Confesso que, para mim, a que mais se destaca é a Casa do Museu que foi remodelada num antigo lagar, com bastante criatividade por parte dos arquitetos. O lagar foi tapado, em parte, para ter uma cama elevada, mas manteve-se um tronco gigante que atravessa toda a casa e que fazia parte do lagar, claro. Neste espaço pequeno, tem ainda uma moderna casa de banho e uma kitchnette. Algumas casas têm dois andares, aproveitando bastante o espaço das casas de aldeia, que antigamente eram muito pequenas. O que é hoje em dia uma casa de turismo com um quarto era uma casa para 4 pessoas, por exemplo, e espaço para os animais na loja, ou seja, no rés-do-chão. Leia mais aqui.

Casas do Juízo – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Casas do Juízo – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Piscina das Casas do Juízo – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo

Casa do Museu – Casas do Juízo – Pinhel – Portugal © Viaje Comigo