Museu Nacional da Resistência e Liberdade, Peniche

Em Peniche, a Fortaleza faz parte da História local e nacional e acolhe o Museu Nacional Resistência e Liberdade – que é Monumento Nacional. É um espaço museológico que é um símbolo da luta pela Liberdade, Democracia e respeito pelos Direitos Humanos.

Depois de ataques constantes por corsários ingleses, franceses, e outros, D. João III ordenou que se construísse a fortaleza de Peniche, no século XVI. A obra foi terminada no século XVII, por D. João IV, fazendo parte de uma ligação muralhada a outros fortes.
Entre 1934 e 1974 – no período ditatorial – a Fortaleza de Peniche foi convertida em Prisão Política, enclausurando figuras como Álvaro Cunhal. Existem muitas histórias de fugas e aprisionamentos que estas paredes guardam… habitualmente tem exposições para visitar e saber mais sobre a sua história.

A Praça Forte de Peniche é mais um ponto crucial nesta visita, pela sua beleza e pelo que representa. Aqui se deu a fuga de inúmeras personalidades que estavam encarceradas, distinguindo-se Álvaro Cunhal, um grande opositor ao sistema ditatorial instalado em Portugal. A sua construção ocorreu no século XVI mas, desde então, sofreu alterações significativas. Neste local, ficou agora instalado o Museu Nacional Resistência e Liberdade, instalado na antiga prisão, que alberga exposições de diferentes áreas.

A construção da Fortaleza terá sido iniciada em meados do século XVI, para defender a povoação de ataques de corsários. Mais tarde, teve várias utilizações:

1934
Prisão Política – Instalação na Fortaleza do Depósito de Presos de Peniche, destinado a opositores ao regime ditatorial do Estado Novo. Sob a direção da PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado).

1953
Início das obras de edificação na Fortaleza de um novo estabelecimento prisional, formado por de blocos prisionais segundo o modelo americano. Nasce a chamada Cadeia do Forte de Peniche.

1960 (3 de janeiro)
Dá-se a mais relevante das diversas fugas registadas da prisão política. Evade-se da ala de alta segurança do Bloco C um conjunto de membros do Partido Comunista Português, no qual se destaca Álvaro Cunhal, líder histórico deste partido.

1974 (27 de abril)
Libertação dos presos políticos após o triunfo da Revolução dos Cravos

O projeto* do museu está em expansão e, nos próximos anos, vai crescer ainda mais, sendo um lugar para não deixar esquecer a História passada. A 27 de abril de 1974 foram libertados, aqui, diversos presos políticos da ditadura.

O Museu Nacional Resistência e Liberdade “Tem como missão investigar, preservar e comunicar a memória nacional relativa à Resistência ao regime fascista português, a partir das memórias e experiências daqueles e daquelas que lutaram pela Liberdade e pela Democracia”.

Além das exposições permanentes sobre a fortaleza como prisão, e sobre a Revolução do 25 de Abril, é possível visitar outras exposições temporárias. Ver a agenda, aqui.

* Projeto de arquitetura do Museu

“O projeto de arquitetura assenta na preservação e valorização dos espaços e edifícios existentes, tendo em conta a sua importância como testemunho e memória. O antigo estabelecimento prisional organizava-se em núcleos separados e independentes, cada um constituído por bloco de celas e pátio.

A adaptação do conjunto a museu prevê a reorganização e sobreposição de percursos de diferentes naturezas, que permitem relacionar os edifícios e os pátios do núcleo central e as plataformas circundantes. Entre estes, destaca-se o próprio percurso museológico através dos edifícios e pátios da antiga prisão política e o percurso de visita aos elementos da fortaleza do século XVI, como matriz de arquitetura militar do conjunto.” Saber mais, aqui.

INFORMAÇÃO
Museu Nacional Resistência e Liberdade
Morada: Fortaleza de Peniche, Campo da República, 609, 2520-607, Peniche, Portugal
Email: geral@mnrl.dgpc.pt
Telefone: +351 262 789 159 | + 351 262 798 028
Entrada: gratuita
Horário: quarta-feira a domingo: 14h00 – 18h00 (última entrada pelas 17h30). Encerrado: segunda e terça-feira, 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio, 25 de dezembro.

Site