Em Marrocos, Agadir é, hoje em dia, uma verdadeira estância balnear. É o longo areal, de vários quilómetros, que faz com que tenha crescido em termos de turismo, com resorts animados e uma beira-mar que também chama pessoas de todo o mundo, a tomarem banhos de sol e de mar. Agadir é, pois, um destino para descansar e relaxar, onde há sol quase o ano inteiro. Curioso é que a sua atual aparência vem apenas dos anos 70, uma vez que um terramoto destruiu grande parte da cidade que teve de ser reconstruída.
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A 29 de fevereiro de 1960, a cidade foi destruída por um terramoto e foi reconstruída seguindo as indicações para proteger edifícios de futuros tremores de terra. Uma das áreas bastante afectada, e até abandonada, foi o Kasbah, no alto do monte, onde tem uma vista espetacular sobre a cidade e baía.
Por causa do terramoto a cidade foi reconstruída, a cerca de 2 Km mais para sul, num projeto liderado por vários arquitetos como Jean-François Zevaco, Elijah Azagury, Pierre Coldefy e Claude Verdugo. Com mais de meio milhão de habitantes, o porto de Agadir continua a ter uma importância extrema.
E é do alto do Kasbah que se percebem as diferenças da rudeza do porto comercial, e onde estão as dezenas de barcos de pescadores, e depois a marina moderna com barcos igualmente contemporâneos – alguns para aluguer e passeios turísticos – e lojas de marcas internacionais (tem Zara e Parfois, por exemplo) e cafés e geladarias. A marina traz definitivamente um ambiente muito moderno a Agadir.
E é no monte do Kasbah que sobressaem três palavras árabes, que se vêem à distância: “Deus (Alá), Marrocos e Rei”. À noite ficam iluminadas de forma a que se vejam ainda mais longe.
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SOBRE O KASBAH
Kasbah é uma palavra árabe que significa “fortificação que está no topo de uma montanha”. Esta, de Agadir, foi construída em 1541 e restaurada por volta de 1740. No entanto, sabe-se que os portugueses já teriam construído aqui uma fortaleza, na parte mais baixa, e que, entretanto, os marroquinos construíram este Kasbah, no topo, para fazerem frente ao exército português. Em 1960, com o terramoto, o Kasbah ficou bastante destruído e agora, porque não tem qualquer fiscalização, está um pouco vandalizado nas paredes. Mas, mesmo assim, vale a pena subir e ir conhecer e sobretudo pela vista. Leia mais sobre o Kasbah, no Viaje Comigo.
Apesar de esta cidade ter ficado, em parte, destruída com o terramoto, a sua reconstrução mantém a arquitectura marroquina, ainda que muito da marina e beira-mar se pareçam com algo que já vimos pela Europa fora. Uma grande avenida separa a beira-mar, com cafés, restaurantes e esplanadas, e os hotéis e resorts, de uma área mais habitacional e com centros comerciais, por exemplo, apesar de Agadir ter também souk tradicional.
Com isto, pode dizer-se que Agadir teve transformações que fizeram com que não seja uma tão tradicional cidade marroquina, mas todo o seu ambiente nos lembra diariamente onde estamos. Os marroquinos de Agadir são pessoas que sabem receber, afáveis, e estão muito habituados aos turistas que aqui procuram divertir-se nas suas férias. E com isto quero dizer que vi mulheres marroquinas, todas vestidas, a tomarem banho no mar, mas também jovens marroquinas de biquini e vi turistas a fazerem topless, na praia, sem ninguém as chatear. Há aulas de surf, numa das partes com maior ondulação, na praia de Agadir, há motas de jetsky e há imensos donos de dromedários que estão sempre a abordar-nos para saber se queremos pagar um passeio. Como digo sempre, se não querem, sorriem e dizem “Non, merci!”
Em Agadir, fiquei no Club Med: é provavelmente um dos mais antigos e um dos mais pitorescos villages e é, por isso mesmo, que a sua arquitetura e decoração estão entrosadas e refletem tudo o que é o país onde está inserido: Marrocos. A marca é indelével e logo na entrada está a Praça Hassan II (rei de Marrocos entre 1961 e 1999) com uma fonte, decorada com pétalas de flores, e um lago rodeado de azulejos azuis e brancos. Os jardins do Village são floridos e muito bonitos e estão incrivelmente bem cuidados. Leia mais no Viaje Comigo (e veja o vídeo abaixo).