Arte Gráfica Kusiwa - Índios Wajapi. Crédito para Heitor Reali-Iphan Arte Gráfica Kusiwa - Índios Wajapi. Crédito para Heitor Reali-Iphan
Publicado em Agosto 6, 2016

Rio’16: 5 símbolos do Património Imaterial da Humanidade no Brasil

Américas/ Brasil/ Notícias

A pensar nos milhares (milhões?) de viajantes que vão aos Jogos Olímpicos do Rio’16, no Brasil, são destacadas as tradições classificadas como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.

Sabia que o Brasil tem 38 manifestações culturais imateriais reconhecidas pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)? Entre essas, cinco foram destacadas pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade. Quais são? Leia aqui!

1. Roda de Capoeira

É uma combinação de dança e luta que teve origem aquando da escravatura.
A capoeira desenvolveu-se enquanto ritual social e de solidariedade entre os escravos.

Acabou por ser uma forma de lidarem com a opressão e com a violência, de se manterem em forma, sem dar nas vistas, e acabou por se traduzir numa manifestação cultural que reúne canto, instrumentos, dança, artes marciais, brincadeiras, símbolos e rituais africanos.

Na roda de capoeira, os mestres transmitem o saber aos participantes. Hoje em dia é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e é praticado em mais de 160 países.

Capoeira. Crédito para Rita Barreto-Setur-BA

Capoeira. Crédito para Rita Barreto-Setur-BA

2. Frevo

Este género musical urbano alia a expressão artística, usada no Carnaval do Recife, e surgiu no final do século XIX.

Junta três campos artísticos: musical, coreográfico e poético, muito enraizados na cultura de Pernambuco e que fazem um jogo de braços e pernas e dança frenética.

As competições entre as bandas militares, a alegria manifestada pelos escravos libertados, os capoeiristas, os membros da nova classe operária e os novos espaços urbanos resultaram nesta tradição.

Frevo. Crédito para Nicolas Iacovone-Embratur

Frevo. Crédito para Nicolas Iacovone-Embratur

3. Samba de Roda

Quase que se pode dizer que o samba é alma brasileira e o samba de roda uma das mais importantes manifestações culturais.

Com origem no Recôncavo Baiano, tem componente coreográfica, poética e festiva. Foi influente no samba carioca e continua hoje a ser uma das grandes referências do samba nacional.

Está presente em toda a Baía, principalmente no Recôncavo – o rebordo da Baía de Todos os Santos. O samba de roda conta com uma herança africana, mas também com pormenores trazidos pela população portuguesa (como a viola e a pandeireta) e com a própria língua portuguesa, nos elementos que apresenta na vertente poética.

Samba de Roda. Crédito para Iphan-BA

Samba de Roda. Crédito para Iphan-BA

4. Círio de Nazaré

A celebração religiosa de Belém é considerada uma das mais imponentes do mundo. O Círio tem como auge a procissão, na qual participam mais de dois milhões de pessoas.

Foi instituída em 1793, e acontece no segundo domingo de outubro, a procissão que percorre um total de cinco quilómetros, da Catedral da Sé, na Cidade Velha, o berço de Belém, até a Praça do Santuário, no bairro de Nazaré.

Os paraenses consideram esta festa uma demonstração da devoção e solidariedade, e a renovação de laços familiares.

Círio de Nazaré. Crédito para João Paraense-Embratur

Círio de Nazaré. Crédito para João Paraense-Embratur

5. Arte Kusiwa

A pintura corporal e arte gráfica dos povos indígenas Wajãpi, com origem no Amapá, mostram a perspetiva do povo relativamente ao modo de conhecer e agir sobre o Universo.

A arte Kusiwa está presente em 48 aldeias, onde residem mais de mil índios e está vinculada à organização social, uso da terra e conhecimento e práticas tradicionais dos Wajãpi: usam composições e padrões Kusiwa nas costas, na cara e nos braços.

A pintura é utilizada todos os dias e, enquanto os adultos se pintam, os jovens observam e aprendem a replicar estas composições de kusiwarã nos seus corpos, seguindo assim de geração em geração.

Arte Gráfica Kusiwa - Índios Wajapi. Crédito para Heitor Reali-Iphan

Arte Gráfica Kusiwa – Índios Wajapi. Crédito para Heitor Reali-Iphan

Fonte de informação: Embratur

Comentários

Poderá também gostar de

Regressar ao topo