Primavera em Washington DC © Direitos Reservados
Publicado em Fevereiro 10, 2015

Viver em Washington, por Paula Alves Silva

A cidade vista por dentro/ Américas/ Estados Unidos [ Washington DC ]

Foi em fevereiro de 2014 que Paula Alves Silva foi trabalhar para Washington DC. A jornalista portuguesa, de 29 anos, natural do Porto, trabalha atualmente no The World Bank e, ao Viaje Comigo, dá o seu olhar sobre a capital norte-americana. Com texto e fotos de Paula Alves Silva.

Este texto faz parte da rubrica “A cidade vista por dentro”. Mais do que sugestões de viagens, estas dicas são especiais porque são dadas por quem vive ou já viveu nas referidas cidades.

Paula Alves Silva © Direitos Reservados

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Washington DC © Direitos Reservados

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“Cheguei-lhe num domingo à tarde e atravessei as portas do aeroporto para lhe respirar o ar gélido que corta sem lâminas, de olhos postos no imenso manto branco, uma quase extensão do céu. Atravessa-a o largo rio Potomac que me transporta sem asas ao meu Porto, este sem ouro no nome, com memoriais e prédios a atravessar-lhe a vista. Pequenas canoas e iates, que chegam com o calor, deslizam sobre as águas paradas com árvores verdes a delinear-lhe as margens.”

Washington DC © Direitos Reservados

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“Washington DC é agridoce. É jazz, pop e electrónica polvilhada de multicultura. Traz à flor da pele a acidez da saudade dos muitos que chegam para a saborearem por meses, quiçá alguns anos, e partirem.
Um porto de desembarque de jovens internacionais excitados pela degustação de poder da capital americana, o mundo na palma da mão da cidade, experiência profissional no currículo, novos horizontes num espaço temporal delineado.”

Capitólio - Washington DC © Direitos Reservados

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“Assenta-lhe na perfeição o vestido rosa de flor de cerejeira na Primavera, a humidade sai-lhe pelos poros, o sol percorre-lhe a pele quase todos os dias do ano, para se encher depois de flores de cores fortes Verão fora, temperaturas que não permitem descansar o suor e os ares condicionados, ânsia de mar atenuada nas piscinas e nos pic nics no parque, cujas jam sessions domingueiras nos embrulham de satisfação, acabando por nos entorpecer os sentidos com a beleza outonal só estancada pelo gélido, branco e, quase estranhamente, belo Inverno.”

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“Perde-mo-nos hoje no indiano, amanhã no japonês, depois nas tapas ou no etiopiano, enquanto nos alimentamos de cultura na maior instituição museológica do mundo – Smithsonian – feita de uma lista de museus que parece nunca terminar.
Há sempre um e mais outro e uma outra exposição e uma outra galeria e o teatro que abre as portas à música e os artistas de renome em concertos baratos que não param de surgir nos cartazes, um boom cultural e social que as ruas de DC recebem de braços abertos.”

Capitólio - Washington DC © Direitos Reservados

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“Esta Washington são caminhadas longas, por avenidas largas, com edifícios de traço histórico marcado a tijolo de várias cores, traços parisienses aqui e acolá, terraços que se enchem de gente depois do trabalho saboreando o calor, happy hours com cerveja que não pára de chegar, verde e mais verde numa vista cuja altitude não magoa o pescoço, polvilhada de bairros que não perderam identidade entre o centro urbano.”

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“Washington DC é as cores vibrantes de Adams Morgan, o espanhol das ruas de Mont Pleasant, o pôr do sol no antigo bairro dos escravos e hoje bairro mais caro de DC – Georgetown, a rua cheia de gente quando a sexta chega na 14th Street e na U Street, as opções alternativas e cool da H Street, os turistas frente à Casa Branca, a viagem aos sabores da Ásia destacados em Chinatown, o jazz nos fins de tarde de Verão em Dupont Circle e os passeios de bicicleta que nos levam a ver a cidade do outro lado das pontes.”

“Se a poderia resumir numa frase? Pois, claro que não.
Mas, Jarod Kintz conseguiu: “I once saw a snake having sex with a vulture, and I thought, It’s just business as usual in Washington DC.”.

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– Hotéis mais aconselhados

Não sou a pessoa mais indicada visto nunca ter recorrido a hotéis em DC mas recomendo o Dupont Circle Hotel, situado no centro da cidade. Mais hotéis em DC clicando aqui.

– O que devemos mesmo visitar e que não vem nos guias?

A lagoa nas traseiras da casa de George Washington, em Mount Vernon; as sextas de jazz no Sculpture Garden; as jazz session aos domingos no Meridian Park; o pôr-do-sol na Waterfront em Georgetown; as festas de bairro que acontecem ao longo do Verão em diferentes partes da cidade e a H street.

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– Museu(s) preferido(s):

Três, na verdade: o National Gallery of Art, Holocaust Museum e o Phillip Collection.

– Onde tomar um café

Se procuram um café que seja uma aproximação do português procurem o Flying Fish, em Mount Pleasant; o Tryst, em Adams Morgan, o café Illy no Hotel Renaissance e o Big Bear Cafe. Se for verão, o Dolcezza é perfeito para um café e um gelado.

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– Onde ir jantar

A lista poderia ser imensa, mas só para dar alguns exemplos:
Para brunch: os sabores franceses do Le Diplomatic, os ovos Benedict do Mintwood, Founding Farmers, The Tavern.
Para comida italiana: Il Canale (pizza e os canelones), Mama Mia, Otello e Lupo Verde.
Sakuramen para ramen, Kintaro para sushi, Taj of India e Flavors of India com ótima comida indiana; para um regresso a Espanha, o Barcelona ou Boqueria; o hambúrguer do Pulp, Five guys e do Shake Shack, entre muitos muitos outros restaurantes e gastronomias.

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– Onde sair à noite?

18th street Lounge (no top das minhas preferências), U street music hall ou Flash para algo mais electrónico, Jack Rose, Right Proper Breing Company, Rock N Roll hotel, Little Miss Whiskey’s, o rooftop do W Hotel ou do 1905, Rock N Roll hotel, Little Miss Whiskey’s, concertos no Black Cat ou no 9:30 Club.

– Onde fazer compras de comida na cidade?

Para produtos orgânicos: Whole Foods, Trader Joe’s, The Glens Market, MOMs Organic Market e o caótico, mas com preços mais reduzidos Best World. Caso contrário, encontra-se o Giant ou o Target, por exemplo, caso se prefira um hipermercado.

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