Viagem à Bretanha, França

A ideia de conhecer algumas localidades da Bretanha, incluindo a floresta da Brocéliande, entusiasmou-me. Fui conhecer as lendas dos bosques, a história de Vannes, os milhares de menires de Carnac e ainda descobrir uma vila como La Gacilly. E isto é só uma parte do que a Bretanha oferece!

Partimos de Nantes manhã cedo, de carro, em direção a Vannes. A Bretanha (em francês “Bretagne”, em bretão “Breizh”) é uma região do oeste de França, que abarca a costa entre o Canal da Mancha e o oceano Atlântico. Tem perto de três milhões de habitantes e a sua capital é Rennes.

Este foi o programa para dois dias na Bretanha, feitos pelo Viaje Comigo:

DIA 1
MANHÃ
Partimos à descoberta de Vannes: uma vila fortificada, repleta de arte e história, nas suas ruelas medievais. Fica na entrada do golfo Morbihan, que significa “pequeno mar”.

Muitas das suas pitorescas casas, de madeira, foram (infelizmente) cobertas de cimento nos últimos anos… Apesar disso, ainda se mantêm muitos exemplares das habitações tradicionais, com barras da madeira à vista e pinturas coloridas nas fachadas.

Passeie pelo centro de Vannes e fique a conhecer o comércio tradicional – tem também um mercado para visitar – a catedral, as galerias de arte, e ainda prove os macarrons e o pão de típicas padarias.

Parámos para almoçar no À L’Aise Breizh Café com vista para a marina. Estava um bonito dia de sol e aproveitámos para descansar na esplanada, depois do passeio na vila. O restaurante tem menus diários, com entrada e prato principal. Provei uma salada de melão com presunto muito fresca e saborosa.

TARDE

Depois de almoço, conduzimos até Carnac. Se falarmos de Stonehenge, toda a gente conhece, certo? No entanto, quantos já ouviram falar do alinhamento de milhares de pedras na Bretanha? Foi o que vimos em Carnac.

São mais de 3 mil menires, erigidos entre 5000 e 2000 a.C., e estão espalhados por 4 quilómetros. Estes achados megalíticos – chamados de Rochas de Carnac – são ligados a comunidades que terão criado culto aos mortos e as pedras representariam túmulos. Na Bretanha, existem ainda outros alinhamentos como o de Kerlescan, Ménec e Kermario, por exemplo.

A maior parte das pessoas faz este passeio, entre os menires, a pé ou de bicicleta. Mas descobrimos uma forma muito mais divertida! 😀
De Segway (através da Mobilboard) pelos caminhos fora, estrada e jardins a descobrir os encantos de Carnac e a sua antiguidade. A visita é guiada: levamos auricular e o guia vai-nos dando, pelo caminho, informações.

Podem ver os vídeos dos passeios (todo-o-terreno) do Viaje Comigo na Segway aqui e aqui.

Depois do passeio em Carnac, seguimos para La Gacilly, mas fazemos o desvio até Auray.

Vamos a caminho de La Gacilly mas paramos em Auray, para mirar o porto de Bono e as suas praias. Ao longe, vêem-se as caixas para a apanha das ostras. Estava tanto calor que parámos para tomar uma bebida fresca na esplanada de um dos hotéis, com vista para a praia. Por uma cerveja pediam 5€! É mesmo um local turístico!

Ao final do dia, o descanso merecido foi feito no Eco-Hotel Spa Yves Rocher e foi lá que jantamos.

2º DIA
MANHÃ

No segundo dia, queríamos conhecer os mistérios da Floresta da Brocéliande, na Bretanha.

Antes de sairmos de La Gacilly, passamos no Festival de Fotografia, ao ar livre, e ficámos a conhecer a pequena vila – que é espetacular.

La Gacilly é povoada de galerias de arte, lojas de artesãos variados – bijutaria, sabonetes feitos com produtos da região, pinturas, trabalhos com ferro, com madeira, artigos para crianças, etc – e pequenos espaços ligados ao turismo e gastronomia. Casas de pedra, ruelas organizadas e limpas, parece mesmo um aldeia de “brincar”. E é aqui a sede da companhia internacional Yves Rocher.

Dessa visita a La Gacilly, seguimos para saber mais sobre a Floresta de Brocéliande, que na verdade é a Floresta de Paimpont, local de inspiração para escritores, desde a Idade Média.

Aqui nasceram muitas lendas e histórias de encantar. A lenda do Rei Artur é uma das que está associada a estes densos bosques, assim como Merlin, Viviane, Lancelot, Morgana e os Cavaleiros da Távola Redonda. Inspirou a literatura e a criar heróis da Bretanha.

Almoçámos em Paimpont, no Bistrot do Le Relais de Brocéliande. Um local muito bonito (tem também hotel) com um bar vintage, que conta com uma jukebox, máquina de discos com música antiga. Podem vê-la e ouvi-la aqui.

DE TARDE

E, mesmo em frente ao Bistrot, tem uma rua – ao estilo cinematográfico – onde tudo está ligado às lendas e contos que já falamos. E tem ainda uma parte interativa chamada “À descoberta da Porta dos Segredos”. Fica junto da Abadia de Paimpont. Esse quase-espetáculo revela os encantos da floresta em filmes e em formato 3D, contando com narração em off.

Esta experiência, achei eu, é mais virada para os mais novos, com todas as histórias que se podem “encontrar no silêncio da floresta”. No coração das lendas bretãs pode ir até ao centro da floresta conhecer locais que estão relacionados com as lendas.

Não ficámos muito tempo neste local porque ainda queríamos fazer uma última paragem, antes do sol se pôr. Para a última visita, deste dois dias na Bretanha, dirigimo-nos ao Château de Comper, em Concoret, que é monumento histórico.

No seguimento das histórias locais, no interior do castelo tem exposições ligadas ao imaginário Arturiano e à Tavola Redonda. Aliás, conta a lenda que o lago está relacionado com Viviane (“Lady of the Lake”) que vive num palácio de cristal, feito por Merlin, e escondido nas águas deste lago.

Os guias do Château de Comper auto-intitulam-se “contadores de histórias” e a nossa guia (com o nome de Marion, podia ser mais apropriado??) era uma verdadeira contadora. Fê-lo com emoção. As histórias… bem, têm mesmo de ir lá e ouvi-las. Boa viagem!